16.1.18

[Resenha #1561] A Biblioteca Invisível - Genevieve Cogman @edmorrobranco


A Biblioteca Invisível
A Biblioteca Invisível # 1
Genevieve Cogman
ISBN-13: 9788592795085
ISBN-10: 8592795087
Ano: 2016 
Páginas: 368
Idioma: português 
Editora: Editora Morro Branco
Skoob
Classificação: 4 estrelas

Sinopse: Irene é uma espiã profissional da misteriosa Biblioteca, uma organização que existe fora do tempo e espaço e que coleciona livros e manuscritos de diferentes realidades. Junto com seu enigmático assistente Kai, ela é enviada para uma Londres alternativa com a missão de recuperar um perigoso livro. Mas quando chegam, ele já foi roubado.
As principais facções do submundo londrino estão prontas para lutar até a morte para achá-lo, e a missão de Irene é dificultada pelo fato de que o mundo está infestado pelo Caos - as leis da natureza foram distorcidas para permitir a existência de criaturas sobrenaturais e mágicas imprevisíveis.

Enquanto seu novo assistente guarda seus próprios segredos, Irene logo se vê envolvida em uma aventura repleta de ladrões, assassinos e sociedades secretas, onde a própria realidade está em perigo e falhar não é uma opção.



Resenha:

Conheci a editora Morro Branco na bienal de São Paulo de 2016, seu primeiro lançamento A Biblioteca Invisível, da autora Genevieve Cogman, entrou na minha lista de compras assim que coloquei os olhos na capa. Entretanto foi só depois de quase um ano e meio que finalmente pude tê-lo em mãos e apreciar a leitura!



Irene é uma bibliotecária, mas não de uma biblioteca qualquer. Ela pertence a uma onde exemplares de livros e manuscritos importantes de diversas realidades do nosso mundo são guardados. Mais uma missão termina e tudo que ela deseja é se dedicar a seus projetos, mas inesperadamente é chamada para uma nova busca, e com um novo desafio, ter um aprendiz. Em uma Londres alternativa, onde o Caos está dominando, eles partem em busca de um livro dos irmãos Grimm, e nada será como costuma ser!

Cogman foi extremamente criativa em sua estrutura de mundo, alias de mundos porque aqui existem muitas possibilidades, e em cada realidade milhares de possibilidades de tecnologia, criaturas, leis e etc. Sua narrativa em terceira pessoa porém falha, pois peca na falta a cerca do local que está, sobre as criaturas que existem e até da missão em si. Passamos a estória inteira carentes de dados especialmente sobre o funcionamento da biblioteca e dos bibliotecários. E ainda existe outro problema com a narrativa o excesso de diálogos longos e um pouco redundantes, ou seja, muito é dito, especulado, e raramente resulta em algo produtivo.


Os bibliotecários são responsáveis por explorar estes lugares e encontrar as edições destes livros, pois cada realidade guarda seu exemplar que é diferente dos demais locais. Mas desde o início fica claro que trata-se de uma instituição de ética e moral questionável, que parece alimentar interesses próprios que não o bem da humanidade. Com isso a empatia pela vitória de Irene não surge, pelo menos eu não sabia se torcia ou não para que ela encontrasse o livro, visto que não fica claro a real intenção da biblioteca, e do livro em questão, apenas no fim é dada uma explicação de sua importância.

Irene, é filha de bibliotecários, o que é raro visto que eles são escolhidos, e não nascem na biblioteca. Sua personalidade é um tanto fraca já que ela se mistura demais com a instituição que trabalha, a ponto de se perder quando suas certezas a cerca da mesma se perdem. Ela busca fazer o que acredita ser certo, mas seu ponto de partida é mais uma vez o que a biblioteca quer, e não o bem. É uma mulher determinada, que não abandona a busca nem quando a morte bate em sua porta, mas seu raciocínio é um tanto lento.

Kai, é o aprendiz, e é jogado na mãos de Irene sem maiores explicações, achei isso forçado, alias todo o funcionamento misterioso da biblioteca o é! Kai guarda um segredo, e por isso acaba cheio de falas misteriosas e atos sem explicação. Mesmo assim entre todos os personagens é o mais interessante.
Vale é um investigador particular nesta Londres, é o mais inteligente e perspicaz do trio, mesmo que lhe falte informações sobre o mundo da biblioteca. É fundamental para que a missão caminhe e tenha um bom desfecho. Desfecho este que não foi tão surpreendente, pois a autora deu muitas pistas sobre culpados ao longo da trama.

Um aspecto importante no livro é a linguagem. Todos os bibliotecários pesquisam o vocabulário do local e dos objetos existentes em cada realidade, já que possuem um poder sobre a linguagem, um poder em cima das palavras quando ditas de forma literal e certa.

Outro assunto que é citado com frequência é a espionagem, já que Irene para cada mundo que entra veste uma nova persona, e é vista como espiã. Ela mesma cita em seus diálogos mais de uma vez Sherlock Holmes.


Gostaria muito que a autora em seu próximo volume se demorasse mais em explicar suas ideias sobre várias realidades, sobre a magia e todas as criaturas ( cadê os vampiros que são citados mas não aparecem? muito se teme os féericos, mas quem são eles? etc...). Aceitei a sucessão de fatos malucos que esta aventura trouxe, mas com a esperança que ela arrume o rumo no próximo volume já que a série têm cinco livros.

A Biblioteca Invisível é muito original em sua proposta, mas não foi capaz de encantar como prometia, mesmo assim conseguiu prender o suficiente para que seu próximo livro, A Cidade das Máscaras esteja na minha lista de próximas leituras. É um livro com falhas, mas mesmo assim diverte, afinal Londres com criaturas mágicas é irresistível não é?!




Um comentário

  1. Que linda a capa! A história parece ser do tipo que eu gosto, essas aventuras sempre tendem a terminar em um bom livro.
    Beijo

    falandocomaali.blogspot.com.br

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