E. Lockhart
ISBN-13: 9788555340512
ISBN-10: 8555340519
Ano: 2017
Páginas: 273
Idioma: português
Editora: Seguinte
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Sinopse: Jule West Williams é uma garota capaz de se adaptar a qualquer lugar ou situação. Imogen Sokoloff é uma herdeira milionária fugindo de suas responsabilidades. Além do fato de serem órfãs, as duas garotas têm pouco em comum, mas isso não as impede de desenvolver uma amizade intensa quando se reencontram anos depois de terem se conhecido no colégio. Elas passam os dias em meio a luxo e privilégios, até que uma série de eventos estranhos começa a tomar curso, culminando no trágico suicídio de Imogen e forçando Jule a descobrir como viver sem sua melhor amiga. Mas, talvez, as histórias das duas garotas tenham se unido de maneira inexorável — e seja tarde demais para voltar atrás.
Resenha:
O livro Fraude legítima é minha segunda leitura da autora E. Lockhart, a primeira foi “Mentirosos” que me agradou bastante. Porém comecei a ler esse livro sem muitas expectativas, uma vez que vi muita gente falando mal dele, dizendo que a leitura era muito confusa e etc. Confesso que acabei me surpreendendo, e o enredo me agradou bastante; não achei a leitura confusa, ela lhe faz pensar, e outra coisa que me agradou muito foi a distribuição não convencional dos capítulos; o primeiro capítulo que é introduzido ao leitor é o penúltimo, o capitulo 18, a autora joga a frase: “comece aqui” e nos joga no mistério dessa história.
Logo no início, acompanhamos a personagem Jule, 18 anos, que está há mais de um mês em um hotel no México, durante sua rotina de exercício no hotel, ela encontra uma estranha que mostra ter interesses semelhantes ao seu. Desconfiada que pode está sendo perseguida ela acaba fugindo com a ajuda de um funcionário do hotel.
“Jule acreditava que quanto mais se suava no treino, menos se sangrava na batalha. Ela acreditava que a melhor forma de evitar ter o coração partido era fingir não ter coração”.Mas quem é realmente Jule? Como ela foi parar em um hotel no México? Nossas perguntas só vão começar a ser esclarecidas à medida que os capítulos avançam e o tempo da narrativa retrocede. A história nos é apresentada na terceira semana de junho de 2017, e vamos acompanhando de forma retrógrada até a primeira semana de junho de 2016.
“Jule não sabia se era capaz de amar seu próprio coração, estranho e deformado. Queria que outra pessoa fizesse aquilo por ela”.A medida que vamos lendo o livro, conhecemos a relação de Jule com uma menina milionária, Imogen, que aparentemente retomaram a amizade após o longo período de afastamento depois que estudaram no mesmo colégio. Imogen é aquela personagem privilegiada, que tem vários bens materiais, e que devido a sua personalidade e carisma atrai várias pessoas a sua volta, despertando diversos sentimentos.
Jule é uma personagem contraditória, durante a leitura é possível desenvolver vários sentimentos por ela; e claro questionamos suas atitudes a cada momento revelado. O que mais me interessou nesse livro foi o fato de as coisas nunca serem o que realmente aparentam.
“-Você acha que normal é conseguir o que quer o tempo todo- disse Jule- Ter tudo de mão beijada. Mas não é. A maioria das pessoas não consegue o que quer, tipo, nunca”.Os personagens são bem escritos com caráter duvidosos, o que os torna mais humanos no meu ponto de vista. A leitura fluiu super rápido, daqueles livros que dá para ler em um dia.
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