Autor: Lucia Santaella
Editora: Paulus
Ano: 2004
Páginas: 183
Páginas: 183
Sinopse:
O cibernauta coloca em ação habilidades de leitura muito distintas
daquelas que são empregadas pelo leitor de um texto impresso como o
livro. Por outro lado, são habilidades também distintas daquelas
empregadas pelo receptor de imagens ou espectador de cinema e televisão.
Conectando na tela, por meio de movimentos e comandos de um mouse, os
nexos eletrônicos dessas infovias, o leitor vai unindo, de modo
a-sequencial, fragmentos de informação de naturezas diversas, criando e
experimentando, na sua interação com o potencial dialógico da
hipermídia, um tipo de comunicação multilinear e labiríntica. Por meio
de saltos receptivos, esse leitor é livre para estabelecer sozinho a
ordem textual ou para se perder na desordem dos fragmentos, pois no
lugar de um volume encadernado com páginas em que as frases e/ou imagens
se apresentam em uma ordenação associativa que só pode ser estabelecida
no e mediante o ato de leitura. Que habilidades perceptivas e
cognitivas estão por trás desse modo remarcavelmente novo de
comunicação? Que operações mentais, perceptivas e sensórias guiam os
comandos do leitor quando movimenta e "clica"o mouse?
Resenha:
Navegar no ciberespaço move três tipos de leitores:
1- Contemplativo:
que conserva a cultura livresca do século XII, cujas
modificações intelectuais e sociais, estabelecendo uma relação com o livro e as
palavras, penetrando os pensamentos do leitor e permitindo comparações
de memória com outros livros, criando a possibilidade de ler mais e de
ler textos mais complexos. A invenção da escrita mudou a aparência de
impressão dos livros possibilitando a fabricação em grandes quantidades,
rapidamente e com facilidade, assegurando um tempo mínimo de difusão de
idéias. Também fragmentou as idéias, pois foram surgindo publicações
precárias, proliferando os livros de bolso graças à industrialização
surgindo um novo leitor, capaz de comunicar oralmente o texto a outros
que não sabem decifrá-lo, cimentando as formas de sociabilidade nos
espaços comunitários.
2- O movente:
as grandes transformações sociais mudaram o modo de viver,
pois os camponeses e artesãos não conseguiam competir com a produção
capitalista marcado pelo avanço tecnológico, concentrando o capital nos
centros urbanos demarcando claramente duas classes sociais distintas, os
operários e a elite dona co capital. Nesse universo a isenção do
telefone e telégrafo e as notícias chegavam rápidas e imediatas
implantando a moda e o consumismo.
O ser humano moderno preocupa-se mais com a vivência que com a memória e o passado cede lugar a necessidade urgente de se adaptar ao novo estilo de vida, cuja publicidade transformou tudo em mercadoria e a vida povoou-se de imagens fugidias do cotidiano, que reduz e hipnotiza pelas aparências.
As fotografias, os cinemas, a tecnologia possibilitam trocas constantes de imagens através de jornais, revistas, panfletos, vitrinas, letreiros que fazem parte de uma cultura organizada sob o signo do choque, e o homem vai adaptando o olhar a essa congestão de informações que atravessam a consciência e desaparecem em seguida, numa instabilidade que marca o homem moderno pela tensão nervosa, velocidades, superficialismo, a efemeridade do imediatismo. Nesse contexto surge o leitor fugaz, novidadeiro, de memória curta mas ágil que não tem tempo de reter informações.
O ser humano moderno preocupa-se mais com a vivência que com a memória e o passado cede lugar a necessidade urgente de se adaptar ao novo estilo de vida, cuja publicidade transformou tudo em mercadoria e a vida povoou-se de imagens fugidias do cotidiano, que reduz e hipnotiza pelas aparências.
As fotografias, os cinemas, a tecnologia possibilitam trocas constantes de imagens através de jornais, revistas, panfletos, vitrinas, letreiros que fazem parte de uma cultura organizada sob o signo do choque, e o homem vai adaptando o olhar a essa congestão de informações que atravessam a consciência e desaparecem em seguida, numa instabilidade que marca o homem moderno pela tensão nervosa, velocidades, superficialismo, a efemeridade do imediatismo. Nesse contexto surge o leitor fugaz, novidadeiro, de memória curta mas ágil que não tem tempo de reter informações.
3- Imersivo, virtual século XXI, era digital, sons, textos, imagens,
programas informáticos cria uma linguagem universal, via computador, que
permite a comunicação do ser humano no globo e só é preciso um toque
leve no mouse para ter acesso a uma rede gigantesca de transmissão.
Surge então o leitor imersivo que tem à sua frente uma tela onde o texto
eletrônico permite organização e estruturação do texto; cujo fluxo
seqüencial e continuidade possibilita embaralhar, entrecruzar, reunir
textos na mesma memória eletrônica.
A Internet tornou-se assim uma máquina de encontro de pessoas, um laboratório de novas práticas culturais, um compartilhar de arquivos como os blogs, mudando a forma se propagação e expectativas, produza ferramentas eficientes que não exigem conhecimentos de programação, é grátis e disponível ao mundo, mas que precisa ser selecionado, pois o direito a liberdade de opção do sistema operacional, provedor, companhia telefônica e cabo podem-se ter acesso a múltiplos pontos de vista sobre notícias de um jornalismo independente.
"A leitura do livro é, por fim, essencialmente contemplação e ruminação, leitura que pode voltar as páginas, repetidas vezes, que pode ser suspensa imaginativamente para a meditação de um leitor solitário e concentração." pág 24
O livro é de fácil leitura, apesar do tema técnico, e é compreendido por pessoas que não fazem parte da área de comunicação,
psicologia e sociologia.
Nunca tinha ouvido falar neste livro, mas nao faz mto meu estilo nao ;s
ResponderExcluirBeijos
http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/