A Mais Pura Verdade
NOME ORIGINAL: The Honest Truth
AUTOR: Dan Gemeinhart
EDITORA: Novo Conceito
ANO: 2015
ISBN: 978-85-8163-633-7
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Submarino
SINOPSE: Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha.Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier.Nem que seja a última coisa que ele faça.
A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.
"A Mais Pura Verdade" é o livro de estreia do autor Dan Gemeinhart, e não poderia ter começado a sua carreira literária de um jeito melhor.
Depois de ler a sinopse do livro, fiquei imaginando se este seria mais um Sick-Lit em que o protagonista tinha câncer e queria aproveitar a sua vida a todo custo fazendo com que nos apeguemos a ele, enquanto busca a cura para sua doença. Ou uma história onde a criança foge e quando está quase chegando ao seu objetivo acontece alguma adversidade pelo caminho. Mas estava completamente errado.
"Mesmo a muitos quilômetros de distância, um amigo ainda pode segurar sua mão e estar ao seu lado."
"Viver com medo não é jeito de se viver."
A Mais Pura Verdade, é um livro sobre sonhos, persistir no que você quer e principalmente, sobre amor. E tudo isso junto em uma ótima aventura, mas não uma aventura qualquer, uma aventura planejada de última hora e que foi enfrentada pelo simples fato de querer algo.
A história gira em torno de Mark, um garoto comum como qualquer outro da sua idade, que tem pais que o amam, um cachorro no qual ele não vive sem e uma melhor amiga chamada Jessie. Mas desde a infância, Mark sofre com sua doença. A vida de Mark é normal, ele vai a escola, brinca, tem que seguir regras e possui muitos sonhos. Apesar de todas as suas internações, remédios, tratamentos, dores e falta de cabelo, Mark odeia aparentar ser diferente e principalmente fraco. Ele sabe que é como todo mundo, só não entende porque as pessoas não veem isso.
"Mentir para pessoas boas sempre dá uma sensação ruim. Mas era preciso. Então, foi o que eu fiz."
"Às vezes, chorar é mais fácil quando alguém chora com você. Mas outras vezes só torna a situação ainda pior."
Quando Mark fica sabendo que seu câncer voltou e que ele terá que enfrentar tudo novamente e que talvez ele não possa resistir a tudo isso, Mark decidi que é hora de realizar o seu sonho: escalar o Monte Rainier sozinho, somente com a companhia de seu cão. Ele se prepara e coloca em sua mochila uma câmera fotográfica antiga, um caderno de anotações junto com uma caneta para que ele possa anotar seus pensamentos em forma de poemas Haicais, dinheiro, remédios e alguns equipamentos básicos de escalada.
“O mundo inteiro é uma tempestade, eu acho, e todos nós nos perdemos em algum momento. Vamos atrás de montanhas no meio das nuvens para que tudo pareça valer a pena, como se isso tivesse algum significado. E, ás vezes, nós as encontramos. E seguimos em frente”.
E Mark segue na busca para tentar realizar o seu sonho e deixa tudo para trás.
De imediato, confesso que fiquei um pouco incomodado com a aventura em si, ou seja, a ideia de Mark escalar a montanha. Pelo meu ponto de vista, o autor forçou muito em alguns momentos, fazendo o personagem ir muito além de suas capacidades. O livro é narrado sob dois pontos de vista: o de Mark, que parte em busca da montanha para escalar na tentativa de realizar o seu sonho, e o de sua amiga Jessie, que sabe o que seu amigo está fazendo, mas mesmo assim está descontrolada e preocupada com a sua vida, sendo este parte do livro, narrada em terceira pessoa.
"– É como se, sei lá, eu levasse um pedaço de vida comigo.Todas essas coisas acontecem,todos esses pequenos momentos passam por nós e vão embora.Então você vai embora.
– Inspirei profundamente e expirei no vidro da janela.
- Mas,quando você tira uma foto,aquele momento não passa.Você o prende. É seu. Você pode guardá-lo."
Por ter protagonistas infantis, a obra abusa de uma escrita leve e descontraída que é impossível de descrever, fazendo com que o leitor sinta-se na pele do protagonista. Em alguns momentos, fui capaz de experimentar a raiva de Mark por não saber o que fazer, ou também fiquei apreensivo como Jessie por não saber ao certo como agir em relação ao seu melhor amigo.
“Os cachorros morrem. Mas os cachorros também vivem. Até um pouco antes de morrer, eles vivem. Eles têm vidas lindas e corajosas. Eles protegem suas famílias e nos amam. E tornam nossas vidas mais iluminadas. E não perdem tempo tendo medo do amanhã.”
Mas, o que me surpreendeu na obra e que para mim foi o diferencial, é o fato de que o livro não foca no câncer do personagem e sim nas experiências que Mark consegue acumular durante sua viagem. E foi com esse simples fato que o autor conseguiu me ganhar, pela forma de como o protagonista decidiu se arriscar ao se aventurar por um caminho perigoso e doloroso, aprendendo sobre a vida e si mesmo.
"Mesmo a muitos quilômetros de distância, um amigo ainda pode segurar a sua mão e estar ao seu lado".
Independente do final ter um desfecho feliz ou não, procurei me ater apenas a grande jornada de Mark, a tudo o que ele passou e principalmente ao seu amadurecimento. E como o próprio subtítulo do livro afirma: “Nunca é tarde demais para viver a maior aventura da nossa vida.”
Oi Wagner!
ResponderExcluirTenho vontade de ler esse livro. A história parece ser bem interessante por tratar a doença de uma forma diferente.
Beijos,
Epílogos e Finais
Olá Bianca,
ExcluirLeia o livro sim! É uma ótima leitura e com toda certeza você irá adorar!
Abraços! ☺
Oi Wagner!
ResponderExcluirConfesso que sempre que ouvia falar desse livro não dava lá muita moral, porque achava mesmo que era mais um sick-lit que queria nos fazer chorar a qualquer custo. Mas ler sua resenha me deixou bastante feliz, por saber que o foco do livro não é bem esse! Confesso que fiquei até mais animada pela leitura, apesar de que acho que não compraria o livro tão cedo.
Um beijo!
winterbird.com.br