18.9.15

[Resenha #615] Eu Te Darei o Sol – Jandy Nelson @Novo_Conceito @jandynelson




Eu Te Darei o Sol
Jandy Nelson
ISBN-13: 9788581636467
ISBN-10: 8581636462
Ano: 2015
Páginas: 384
Editora: Novo Conceito
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Submarino

Sinopse: Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia. Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém. Contado em perspectivas e tempos diferentes, EU TE DAREI O SOL é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.





    Eu Te Darei o Sol é um livro denso que, narrado em diferentes perspectivas e tempos, conta a história de Noah e Jude, irmãos gêmeos que sempre tiveram uma relação muito forte, uma ligação que apenas gêmeos entendem. Apesar disso, os dois são muito diferentes, como personalidades opostas.





"Sempre sei o que se passa na mente da Jude. Não é tão fácil para ela saber o que se passa na minha mente, porque eu tenho persianas mentais e as fecho sempre que acho necessário. Como ultimamente."


    Nos momentos em que Noah é o narrador, os irmãos têm entre 13 e 14 anos. Já quando Jude assume a narrativa, eles já estão com 16 anos. As narrativas se alternam ao longo do livro, nos fazendo viajar no tempo e descobrir os acontecimentos aos poucos. Nesse período de dois anos entre uma narrativa e outro, Noah e Jude mudaram muito e temos a sensação de que estamos conhecendo quatro personagens diferentes. Porém, aos poucos, o livro vai revelando como essa mudança ocorreu.



"Às vezes, quando se surfa, você pega uma onda e percebe que está “sem chão”, e de repente, sem aviso, você se vê caindo diante da parede de água.
Sinto-me assim."


"Permito-me sentir o horror e me rendo a ele em vez de fugir, em vez de me convencer que tudo pertence a Noah, e não a mim, em vez de colocar todo um índice de temores e superstições entre mim e este horror, em vez de me mumificar em camadas e mais camadas de roupas para me proteger, e caio com a força de dois anos de luto contido, o sofrimento de dez mil oceanos finalmente rompendo diques dentro de mim... Deixo que meu coração se parta.  E Noah está aqui, forte e firme, para me segurar, para me abraçar durante a queda, para ter certeza de que estou segura."






    Esse é o típico livro que fala sobre nada e sobre tudo ao mesmo tempo. Um livro que fala da vida, dos relacionamentos, das famílias e, principalmente, de amor. Além disso, o livro mostra como os ciúmes e a inveja podem destruir os relacionamentos mais importantes.

"E tudo dentro de mim está em silêncio, em paz e certo. Respiramos e nos deixamos levar. Imagino nós dois nadando sob o céu noturno até a Lua brilhante e espero me lembrar dessa imagem pela manhã, para poder desenhá-la  e lhe dar de presente. Antes de dormir, ouço-a dizendo:  - Ainda te amo muito. E digo: - Eu também."                                                                       

    As narrativas de Noah me agradaram mais, ele possui uma visão diferente do mundo e isso foi me conquistando pouco a pouco. Além disso, ele enfrenta um dilema que é gostoso e intrigante de acompanhar.


    Noah e Jude são como meios para conhecermos uma realidade bem maior, com discussões a respeito de tudo. Dilemas pessoais e existenciais são postos como plano de fundo no livro. A arte também está muito presente e a filosofia da arte permeia todas as ações e pensamentos dos protagonistas. Noah e Jude, apesar da idade, possuem uma narrativa muito madura e isso me deixou um pouco incomodada em certos momentos. A relação dos irmãos com os pais e a relação dos pais entre si é muito interessante. A forma poética como os gêmeos descrevem as situações também é muito rica. É um livro longo, repleto de reflexões, superstições e filosofias. A história é simples e, ao mesmo tempo, complexa.


    A diagramação está perfeita e o livro é muito bonito. Minha dica é: se for ler, leia com calma, saboreando cada detalha. O livro não me prendeu completamente e eu precisei me forçar a ler. Os capítulos são extremamente longos e isso tornou a leitura ainda mais difícil. No entanto, se você quer um livro para refletir, esse é o livro ideal.



6 comentários

  1. Primeira resenha que leio desse livro e eu fiquei bastante intrigada...
    Única coisa negativa são os capítulos longos. Eu sempre me perco e tenho de ficar voltando...
    Adorei as fotos do livro com os bonequinhos. Super fofo
    Beijos
    Balaio de Babados

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    1. Ah, eu não gosto quando os capítulos são longos. Também me perco.
      E, nesse livro, os capítulos são muito longos. Foi difícil. kk'
      Mesmo assim, é um livro bom.

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  2. Oi Priscila!

    Menina do céu, esse livro é um querido viu. A única coisa que me irritou também foi o tamanho dos capítulos. Sou daquelas que não para de ler até o capítulo ter acabado, então já viu. Também gostei mais do Noah, ele é muito fofo! Mas fiquei torcendo pelos dois o tempo inteiro, principalmente para tudo voltar ao normal!

    Beijo!
    http://www.roendolivros.com/

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    1. Eu também sou assim. Tenho que ler até o capítulo acabar. Não gosto de parar na metade de um capítulo. kkk
      Ah, Noah é fofo mesmo.
      Beijos!!

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  3. achei a história inteira singela, delicada, tratando de diversos temas atuais com extrema delicadeza, falando de sentimentos que são tão reais que parece que a história ganha mais vida!
    felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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