6.10.15

[Resenha #633] Vermelho Como o Sangue – Salla Simukka @Novo_Conceito @SallaSimukka


Vermelho Como o Sangue
Salla Simukka
ISBN-13: 9788581635798
ISBN-10: 8581635792
Ano: 2014
Páginas: 240
Editora: Novo Conceito
Classificação: 5 estrelas
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Sinopse:
No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue. Aos 17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas perfeitos. Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus negócios. Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.


Lumikki Andersson é uma jovem de 17 anos que vive sozinha em uma quitinete na cidade de Tampere. A casa onde mora é mobiliada apenas com o necessário: um colchão no chão, uma escrivaninha, um laptop e uma poltrona velha. Suas roupas também são o mais simples possível. Lumikki estuda em uma conceituada escola de arte e se mantém longe das festas e da agitação, não tem amigos e é solitária por opção. Melhor sozinha do que mal acompanhada, como ela mesma afirma.

“Ela sabia que os papéis que muitas pessoas representavam eram apenas máscaras que ela colocavam no começo do dia escolar para que fosse mais fácil encontrar seu lugar na multidão.” p. 27







    A única coisa que Lumikki quer é ser invisível. No entanto, no dia 29 de fevereiro, ela encontra, na câmara escura da escola, várias notas de quinhentos euros manchadas com sangue seco. Intrigada, ela acaba se envolvendo com algo muito maior do que ela imaginava.


“Não procure o poder por vingança. Procure o poder para evitar situações que a fariam querer vingança.” p. 57





Lumikki gosta de sua solidão, pois acha as pessoas entediantes. Ela é muito madura, inteligente, curiosa e observadora, quase uma investigadora profissional. Inclusive, ela se diz a “filha ilegítima secreta de Hercule Poirot e Lisbeth Salander”. No início, ela pode parecer arrogante, mas, ao longo da leitura, vamos descobrindo algumas coisas sobre a vida dela que nos fazem entender o porquê de ela agir sempre defensivamente, se esquivando dos contatos e eventos sociais.

“Por algum motivo, a inteligência não era algo atraente no final do ensino primário. Se você quisesse ser atraente, tinha de evitar a inteligência como uma praga. Ser inteligente significava o mesmo que ser chato, incômodo, irritante e, se não verdadeiramente feito, pelo menos não muito interessante de se olhar.” p. 99




Nos primeiros capítulos, o livro é bem confuso e foi difícil entrar no clima da leitura. Personagens surgem na trama e nada é explicado. Porém, depois de mais alguns capítulos, tudo começa a se relacionar, a fazer sentido e é impossível parar de ler. É aquele tipo de livro que você investiga junto com a personagem, tentando desvendar os mistérios. Os capítulos são curtos e a narrativa é feita em terceira pessoa.

“Havia coisas sobre as quais era melhor não falar. Havia coisas que ficavam piores se você as nomeasse em voz alta.” p. 90






Eu gostei muito do livro. No início, achei chato e nem iria dar 5 estrelas, mas, ao longo do livro, fui me envolvendo na história e gostando cada vez mais de Lumikka. Percebi que ela não é arrogante, ela só se defende, com medo de sofrer.

“Era uma vez uma menina que não tinha medo. A menina corria como correm as pessoas que não têm medo de cair. [...] A menina ria como riem aqueles que ainda não conhecem a humilhação. [...] A menina confiava como confiam aqueles que a terra nunca destruíra, que nunca foram traídos por ninguém. Era uma vez uma menina que aprendeu a ter medo. Contos de fadas não começam assim. Outras histórias, mais sombrias, sim.” p. 87

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