25.10.15

[Resenha #659] Para Onde Vai o Amor? – Carpinejar @editorarecord @CARPINEJAR



Para Onde Vai o Amor?
Carpinejar
SBN-13: 9788528620160
ISBN-10: 8528620166
Ano: 2015
Páginas: 176
Editora: Bertrand Brasil
Classificação: 4 estrelas
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Compre: Submarino / Saraiva

Sinopse:
O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma transferência total para quem é amado Você que está vendo este livro com dúvida se precisa dele, você não precisa dele, precisa de si, vive caçando uma palavra que confirme o que deseja, está atrás de um escritor que possa lhe recomendar de volta para quem brigou, com capacidade de explicar o que sente e traduzir seus tormentos. Mas já sabe o que deseja, não há como convencer do contrário, os amigos mostraram que seu relacionamento não tem futuro. Não acredita neles, acredita somente no milagre. E como justificar um milagre, ainda mais para quem não tem mais fé? Eu entendo o que está passando: sua raiva, sua amargura, seu cinismo, seu desencanto. Percebeu que a razão não conforta, que a vingança ou o perdão não ressuscita a tranquilidade, que o fundo do poço nunca se equivale ao nosso fundo. Você parece normal, mas todo mundo deixa de ser normal quando se apaixona e se separa. Se sua expectativa é por uma solução, eu guardo apenas uma certeza que trará alívio mais adiante: você não vai desistir. Quando diz que acabou a relação, é que está procurando um outro jeito de recomeçar. Em seu novo livro de crônicas, Carpinejar apresenta 42 textos que sobre amor, desilusão amorosa, casamento, divórcio, saudade e outros sentimentos que compõem os relacionamentos.  Novo livro de crônicas do autor gaúcho.  Décimo sexto livro do autor publicado pela Bertrand Brasil — oitavo de crônicas.



    As crônicas são uma bela forma de se distrair e se inspirar. E é exatamente isso que Carpinejar faz: oferece-nos diversas reflexões sobre o amor, o casamento e a persistência necessária para se manter um relacionamento. A simplicidade da vida cotidiana é apresentada de forma tocante e singela.

“Se você tem um amor, segure, não pense, não pese os prós e os contras, não faça matemática.” p. 29


    Esse é um ótimo livro para se ter na cabeceira da cama, ler aos poucos e suspirar com os versos. Com analogias e descrições de situações presentes no dia a dia dos casais, o livro é leve e gostoso de ler.

“Aquilo que é nosso maior erro costuma ser o grande amor de nossa vida.” p. 63


    Em alguns momentos, o autor descreve o amor como algo leve e belo. Já em outros momentos, o amor passa a ser algo difícil e que necessita persistência. Não sei se isso foi proposital, mas, de certa forma, eu concordo com essa definição confusa e contraditória do amor. Afinal, acho que o amor é exatamente isso, um sentimento e uma escolha, um impulso e uma decisão, é leve e, ao mesmo tempo, depende do esforço diário e incansável daqueles que amam.

“Não há maio loucura do que o amor.” p. 89


    Apesar da beleza simplória do livro, algo me incomodou profundamente. Achei o livro muito sexista, há varias frases que começam com “Homem é...”, “Mulher é...”, como se todos os homens e todas as mulheres fossem iguais. Em certos momentos, o livro mais parece um manual dos comportamentos femininos e masculinos.

“O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma transferência total para quem é amado. Assim como uma carta é de quem lê, não de quem mandou.” p. 146


A capa, obviamente, precisa ser mencionada, pois, é incrivelmente bonita. A textura é aveludada, o coração estampa mapas e o alto relevo só torna tudo ainda melhor. Sem falar nas cores que foram usadas, que nos transmitem certa tranquilidade. A diagramação também está ótima. 


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