[Resenha #664] Delírio – Lauren Oliver @intrinseca @OliverBooks

Delírio
Lauren Oliver
ISBN-13: 9788580571646
ISBN-10: 8580571642
Ano: 2012
Páginas: 352
Editora: Intrínseca
Classificação: 5 estrelas
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Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?

Delírio é um dos meus livros preferidos. Desde a primeira vez que eu o vi, já fiquei encantada pela capa e a sinopse me conquistou. Atualmente, a literatura possui uma infinita variedade de distopias. No entanto, sempre achei a proposta de Delírio diferente. Uma sociedade onde o amor é considerado uma doença: isso faz tanto sentido que chega a ser assustador.

“As doenças mais perigosas são aquelas que nos fazem pensar que estamos bem.” p. 7

O amor é um tema complexo. Alguns o acham clichê - eu não. É um tema que vem sendo debatido muito ultimamente e Delírio contribui de forma considerável para essa discussão. Afinal, de tão complexo, o amor é contraditório, pode te fazer feliz, assim como pode te fazer sofrer. Em Delírio, temos o retrato de uma sociedade que vive sem amor. Isso não significa que essa sociedade vive do ódio, mas sim, da apatia.

“Dizem que antigamente o amor levava as pessoas à loucura.” p. 9

O livro, como já dito anteriormente, nos apresenta a uma sociedade onde o amor é tido como uma doença. Diante disso, ao completarem dezoito anos, os jovens passam por um procedimento que os tornará imunes aos seus sintomas. Lena, uma menina de dezessete anos, está ansiosa para passar pelo procedimento, pois deseja profundamente se ver livro desse perigo.

“Corações são frágeis. Por isso, é preciso ser tão cuidadoso.” p. 12

    No entanto, poucos meses antes de sua intervenção, Lena vê sua vida mudar completamente. A jovem entrará em contato com um mundo que ela não conhecia e descobrirá que o amor pode ser bem mais do que as autoridades afirmam. Será que o amor é mesmo ruim?

 “Sabe que não é possível ser feliz a não ser que às vezes se sinta infeliz, certo?” p. 24

    Delírio é um livro muito poético. A edição e a diagramação estão maravilhosas. A narração é feita em primeira pessoa, por Lena. Os capítulos são razoavelmente curtos e as letras são grandes. A leitura é muito envolvente e, aos poucos, você se vê descobrindo um mundo diferente. Como eu já disse, é um dos meus livros preferidos. Logo, eu recomendo para todos, especialmente, para os que, assim como eu, são amantes de distopias.