29.10.15

[Resenha #668] O Chamado do Cuco - Robert Galbraith @editorarocco


O Chamado do Cuco
Cormoran Strike # 01
Robert Galbraith
ISBN-13: 9788532528735
ISBN-10: 8532528732
Ano: 2013
Páginas: 447
Editora: Rocco
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Submarino

Quando uma modelo problemática cai para a morte de uma varanda coberta de neve, presume-se que ela tenha cometido suicídio. No entanto, seu irmão tem suas dúvidas e decide chamar o detetive particular Cormoran Strike para investigar o caso.
Strike é um veterano de guerra, ferido física e psicologicamente, e sua vida está em desordem. O caso lhe garante uma sobrevida financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais ele mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrias ficam as coisas e mais perto do perigo ele chega.
Um emocionante mistério mergulhado na atmosfera de Londres, das abafadas ruas de Mayfair e bares clandestinos do East End para a agitação do Soho. O chamado do Cuco é um livro maravilhoso. Apresentando Cormoran Strike, este é um romance policial clássico na tradição de P.D. James e Ruth Rendell, e marca o início de uma série única de mistérios.



Em uma noite gelada de inverno, a super modelo Lula Landry supostamente comete suicídio ao se jogar do alto de sua cobertura luxuosa em Londres. Assim começa O Chamado do Cuco, de uma maneira abrupta e enigmática. A polícia conclui que a modelo decidiu tirar a própria vida, porém seu irmão John Bristow não acredita nisso e resolve procurar a ajuda do detetive Cormoran Strike três meses após a morte de Lula.



Cormoran Strike é um detetive particular que já teve dias melhores, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Sua situação econômica definitivamente é complicada e ele precisa urgentemente de casos para serem investigados, por isso acaba aceitando o caso de John. Junto com Robin, sua secretária temporária super eficiente, Strike dá início a investigação, que acaba revelando bem mais ao leitor do que apenas a solução do caso.




A construção dos personagens é realmente extraordinária, Strike está longe de ser o detetive “clássico”, que é bonito e impecável. Isso é uma das coisas mais admiráveis do livro, este cria um modelo do detetive contemporâneo, um detetive “real”. Já Lula, a clássica celebridade problemática, envolvida com drogas e escândalos, se mostra bem mais complexa ao descobrirmos seu passado. Robert Galbraith (pseudônimo de J.K. Rowling) torna todos os personagens dignos de atenção e curiosidade. Você acaba querendo saber mais sobre aquela amiga da Lula ou sobre Robin, a secretária de Strike. Todos os personagens, mesmo os secundários, ganham a atenção do leitor. 



Outro ponto formidável de O Chamado do Cuco é como a fama é retratada através da personagem Lula e como nós lidamos com ela:

”O que lamentamos é a imagem física que flutua por uma multiplicidade de tabloides e revistas de celebridades; uma imagem que nos vende roupas, bolsas e uma ideia de fama que, em sua morte, provou-se vazia e transitória como uma bolha de sabão. O que realmente nos faz falta, se formos honestas o suficiente para admitir, são as travessuras divertidas dessa garota de boa vida e fina como papel, de cuja existência de quadrinhos marcada por abuso de drogas, vida tumultuada, roupas elegantes e namorado perigoso e errante, não podemos mais desfrutar.”

O livro é bem descritivo quando se trata de Londres. O autor sempre cita nome de ruas e as descreve, o que pode ser bem cansativo no início, mas depois de um tempo você acaba gostando disso e se sentindo “íntimo” de tal rua. O texto é dividido em partes, cada uma iniciada por uma frase latina, o que é realmente singular.



O Chamado do Cuco é aquele livro que você quer que chegue o final logo, mas não por ele ser ruim, mas porque você não aguenta mais de curiosidade para saber o desfecho! Ele te prende do início ao fim. Se o livro é bom? Ele é maravilhoso! Você termina o livro querendo mais aventuras do detetive Strike e sua ajudante Robin.



A capa é muito bonita e reflete o conteúdo livro. A diagramação é ótima. Um livro que merece ser lido!

 "Como era fácil tirar proveito da tendência de uma pessoa à autodestruição; como era simples empurrá-las para a inexistência, depois recuar, dar de ombros e concordar que este fora o resultado inevitável de uma vida caótica e catastrófica."

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