30.11.15

[Resenha #695] Réquiem – Lauren Oliver @intrinseca


Réquiem
Lauren Oliver
ISBN-13: 9788580575170
ISBN-10: 8580575176
Ano: 2014
Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Classificação: 3 estrelas
Skoob

Sinopse:
No desfecho da trilogia em que o amor é considerado uma doença, Lena é um importante membro da resistência contra o governo. Transformada pelas experiências que viveu, está no centro da guerra que logo eclodirá. Depois de resgatar Julian de sua sentença de morte, Lena e seus amigos voltam para a Selva, cada vez mais perigosa. Enquanto isso, Hana, sua melhor amiga de infância, foi curada. Ela leva uma vida segura e sem amor junto ao noivo, o futuro prefeito. Às vésperas do casamento e da eleição - cujo resultado pode dificultar ainda mais a vida dos Inválidos -, Hana se questiona se a intervenção realmente tem efeito. Vivendo em um mundo dividido, Lena e Hana narram suas histórias em capítulos alternados. O que elas não sabem é que, em lados opostos da guerra, suas jornadas estão prestes a se reencontrar.




Réquiem encerra a trilogia que começou com Delírio e Pandemônio. E eu, que era uma apaixonada pela história, posso definir minha experiência com o terceiro livro em uma única palavra: decepção. Infelizmente, o tão aguardado final da história foi decepcionante.



 
“Quem sabe? Talvez eles tenham razão. Talvez nossos sentimentos nos enlouqueçam. Talvez o amor seja mesmo uma doença e ficaríamos melhores sem ele.” p 24

O terceiro livro alterna capítulos entre Lena e Hana. Hana é agora uma mulher curada e prestes a se casar. Enquanto isso, Lena e seus companheiros lutam contra o tempo e a favor do amor. Achei muito interessante ver os dois lados da moeda: a sociedade curada e a resistência.




“Meu povo anterior não estava completamente errado. O amor é um tipo de posse. É um veneno.” p. 101

Posso ressaltar dois grandes e imperdoáveis defeitos nesse livro: o primeiro é que não acontece praticamente nada antes da pagina 256 e o segundo é que o livro não tem um final de verdade. Eu até gosto de finais abertos, que nos dão a chance de imaginar. Porém, tudo tem limite e, sinceramente, não era o que eu esperava para essa trilogia. Uma trama como essa pede por um final claro e preciso.




“Olhos por olho [...] E o mundo todo fica cego.” p. 235

O ponto alto do livro é o reencontro de Lena e Hana. A melhor amiga da protagonista irá nos revelar um segredo inacreditável. Finalmente, as perguntas que nos envolvem desde o primeiro livro serão respondidas: Onde está a mãe de Lena? O que aconteceu com a família de Lena depois que ela fugiu? Como Hana está? Lena ficará com Alex ou Julian?

“Queríamos liberdade para amar. Queríamos liberdade para escolher. Agora, temos que lutar por isso.” p. 270



Assim como os dois primeiros livros, Réquiem é muito reflexivo e cheio de frases de efeito. Os capítulos são curtos e a linguagem é acessível. Um livro que fecha uma saga deve terminar a história, ligar os pontos, mas, como já disse, Réquiem não cumpre com seu papel.

Mesmo com todos os problemas, não deixo de recomendar a trilogia. Sou apaixonada pelo universo criado por Lauren Oliver. Porém, é triste ver que uma ideia tão boa foi tão mal desenvolvida. A autora finaliza o livro com uma profunda reflexão e, não fosse a frustração, eu até poderia ter me emocionado.

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