7.5.16

[Resenha #878] Tudo Que um Geek Deve Saber - Ethan Gilsdorf @Novo_Conceito


Tudo Que um Geek Deve Saber
Ethan Gilsdorf
ISBN-13: 9788581635538
ISBN-10: 8581635539
Ano: 2015
Páginas: 432
Editora: Novas Ideias
Classificação: 3 estrelas
Skoob

Sinopse:
O que significa ser um geek? Por intermédio das suas reflexões e da viagem que decidiu fazer, Ethan Gilsdorf conta não somente a sua história, mas a da cultura pop. Jogador, na adolescência, de Dungeons & Dragons e fã de J. R. R. Tolkien, ele pegou a estrada para ir ao encontro de sua família . Nesse incrível tour, o autor viaja para a cidade natal do criador de D&D, Gary Gygax, veste uma fantasia para participar de um RPG e usa trajes medievais para encenar uma guerra em um encontro de nerds.
Ao longo de sua jornada, Ethan ainda visita as obras do castelo francês Guédelon, uma incrível fortaleza medieval que está sendo construída hoje com os mesmos recursos utilizados no passado, e viaja para a Nova Zelândia, onde conhece as locações das filmagens de O Senhor dos Anéis. Acompanhe Ethan Gilsdorf nesta jornada sem precedentes, que traz para a realidade a paixão pela fantasia e pelos jogos.



    A primeira coisa que você deve saber sobre Tudo Que um Geek Deve Saber é que esse título é totalmente inadequado e enganador. A primeira vista, podemos pensar que trata-se de um tipo de guia, com informações sobre jogos, filmes, livros, enfim. Bom, pelo menos, foi essa a minha impressão quando eu li o título. Porém, não se deixem enganar. Tudo Que um Geek Deve Saber é, na verdade, uma autobiografia de Ethan Gilsdorf.





A história que Ethan nos conta começa no verão de 1979, quando ele tinha 12 anos e vivia assombrado por uma mãe-monstro (como ele e seus irmãos a chamavam). Acontece que a mãe de Ethan teve um aneurisma cerebral e, depois disso, nunca mais foi a mesma pessoa.






Ethan encontrou refugio em Dungeons & Dragons, um jogo de RPG que se tornou mais que um hobbie, um estilo de vida. Com o passar do tempo e com a chegada da adolescência, Ethan deixou D&D de lado. Porém, já adulto, se viu lançado nesse mundo de fantasia novamente quando, em 2001, o primeiro filme de O Senhor dos Anéis foram lançados.


“Jogos de fantasia, livros de fantasia e filmes de fantasia são infinitamente mais permissíveis hoje em dia do que quando eu explorava masmorras no interior de New Hampshire.” p. 47

Diante da tentação que o mundo geek oferece, Ethan se vê frente a um dilema: Será que ele, um homem adulto, deveria estar interessado por “coisas de criança”? O autor considera isso um escapismo, ou seja, uma forma de fuga da vida real, um escape. 






Ethan decide sair em uma jornada cujo objetivo é responder a seguinte pergunta: Como conciliar desejos escapistas e o mundo adulto? Mesmo negando, de todas as formas, seu interesse pelo mundo geek, Ethan não consegue conter seu interesse crescente por tudo o que esse Universo oferece.

“Será que eu estava preso em uma espécie de adolescência perpétua, ou estava encantadoramente/inocentemente em contato com a minha criança interior?” p. 168






Começando pela Tolkien Society em Chester, passando pela Oxford University, onde Tolkien estudou e viveu, Lake Geneva, West Allis, Nova Zelândia, entre tantos outros lugares, Ethan conhece pessoas, lugares e muito sobre a cultura pop. Há muito sobre O Senhor dos Anéis, muitas informações interessantes sobre Tolkien, também tem um pouco de Harry Potter, muito D&D, World Of Warcraft e outros jogos. Enfim, pra quem curte esses assuntos, o livro pode ser um prato cheio.







Infelizmente, eu não gostei do livro. Algumas coisas me incomodaram profundamente. Especialmente, o início do livro, quando Ethan fala sobre sua mãe e sobre como ele e seus irmãos a tratavam e a trataram até sua morte. Por outro lado, eu gostei dos capítulos sobre o Tolkien, pois é um autor que eu gosto muito e foi interessante saber mais sobre ele.




O livro possui muitas ilustrações e fotos e eu achei isso muito interessante. Foi o mais próximo de um guia que o livro chegou. O restante é só autobiografia, diário de viagem e muita crise da meia idade.




3 comentários

  1. Livros com ilustrações são maravilhosos!
    É uma pena que você não tenha gostado... também acho que eu não ia gostar.

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  2. Já tive o prazer de ler esse livro e me diverti bastante! Grande beijo!

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  3. Tinha outra ideia por causa do título, como você disse ele engana bastante! bjs

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