1.8.16

[Resenha #1004] A dança da morte - Stephen King @Suma_BR


A Dança da Morte
Stephen King
ISBN-13: 9788581050546
ISBN-10: 8581050549
Ano: 2013
Páginas: 1248
Idioma: português
Editora: Suma de Letras
Classificação: 4 estrelas
Skoob
Compre: Saraiva

Sinopse:
Após um erro de computador no Departamento de Defesa, um milhão de contatos casuais formam uma cadeia de morte: é assim que o mundo acaba. O que surge é um árido lugar, privado de suas instituições e esvaziado de 99% de sua população. Um lugar onde sobreviventes em pânico escolhem seus lados — ou são escolhidos por eles. Onde os bons se apoiam nos ombros frágeis de Mãe Abigail, com seus 108 anos de idade, e os piores pesadelos do mal estão incorporados em um indivíduo de poderes indizíveis: Randall Flagg, o homem escuro. Valendo-se da imaginação sem limites que caracteriza sua obra, King criou uma história épica sobre o fim da civilização e a eterna batalha entre o bem e o mal. Com sua complexidade moral, ritmo eletrizante e incrível variedade de personagens, A dança da morte merece um lugar entre os clássicos da literatura popular contemporânea.



Resenha:


Antes de falar qualquer coisa sobre a história preciso dizer que esse é o maior livro que li até agora, 1568 páginas!!! Apesar do tamanho a leitura não foi chata para mim em nenhum ponto, li a edição de bolso, que me incomodou um pouco por causa das letras pequenas e páginas brancas, mas nada que atrapalhasse a leitura.


O livro é dividido em 3 partes, chamadas de livro I, II e III. A dança da morte nos mostra um mundo após um surto de gripe que matou 99% da população mundial, o primeiro livro começa narrando o vazamento do vírus e como a fuga de um trabalhador do centro de doenças juntamente com a sua família espalhou a doença pelos estados unidos. Muita gente pensa que seria impossível uma pessoa contaminar todo um país, mas não é, um vírus letal como o que está aterrorizando a história é perfeitamente plausível, o livro também nos dá a ideia do potencial de contaminação que um vírus tem e que a maioria das pessoas totalmente ignora no dia a dia, é incrível a visão que o King possui e retrata no livro.


No livro I também somos apresentados aos personagens principais da história, o autor nos faz acompanhar a disseminação do vírus em diferentes partes dos Estados Unidos, e à medida que acompanhamos essa disseminação somos apresentados a grupos de pessoas, onde geralmente um sobrevive ao vírus, também chamado de capitão viajante. Pessoas de idades diferentes, e ocupações diversas sobrevivem ao capitão viajante, e elas decidem separadamente sair de suas cidades, que foram transformadas em cemitérios, e migrar pelos Estados Unidos. Vários personagens bem construídos são apresentados como sobreviventes. Um deles é Nick, surdo e mudo, do bem e carismático que conquista o leitor logo de cara; Larry Underwood, músico de sucesso; Frannie Goldsmith, que começou a faculdade e descobre que está grávida no início do surto; Stu Redman; dentre outros. Ao decorrer da história também somos apresentados a personagens mau caráter que também são sobreviventes.


“ Se a gripe foi 99% fatal, isso significa que eliminou perto de 218 milhões de pessoas, somente nesse país”. Pág 878


No segundo livro, os sobreviventes passam a ter sonhos, com uma velha chamada mãe Abigail, que é representante de Deus; e com o homem escuro, também chamado de Randall Flagg, personificação do mau, e de acordo com a índole de cada um eles são levados a um dos dois, mãe Abigail fica no Nebraska e Flagg em Las Vegas, região também chamada de oeste. A medida que os personagens vão se direcionando a uma das regiões eles encontram um verdadeiro caos no caminho e também se encontram.


“ A beleza do fanatismo religioso é que ele tem o poder de explicar tudo. Uma vez que Deus (ou satã) seja aceito como causa primeira de tudo que acontece no mundo mortal, nada é deixado ao acaso”. Pág 843




No livro III, as pessoas que seguiram mãe Abigail se instalam em uma cidade chamada Boudler, e os seguidores do homem escuro se instalam em hotéis em Vegas. Os seguidores de Randall Flagg conseguem avançar rapidamente logo estabelecendo energia e procurando colocar aviões em funcionamento, e organizam um arsenal de armas. Nessa última parte do livro os grupos tomam conhecimento um do outro e se deparam com o inevitável, a impossibilidade da coexistência.


“ Ela adivinhava que por trás do mal consciente havia um inconsciente vazio. Era isso que distinguia os filhos das trevas na terra; eles não podiam construir coisas, somente destruí-las”. Pág 890


Stephen King mais uma vez nos presenteia com uma obra prima, é incrível como ele consegue escrever uma história complexa, rica em detalhes, e com personagens tão reais, você acaba se apegando a eles e sofrendo junto também. Deixo aqui meus aplausos para o autor que consegue escrever um livro com mais de oito personagens principais, todos narradores, sem priorizar nenhum deles.



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