[Resenha #1055] Achados e Perdidos - Stephen King @Suma_BR

Achados e Perdidos – Trilogia Bill Hodges – Volume 02
Stephen King
ISBN-10: 8556510078
ISBN-13: 978-8556510075
Páginas: 352
Ano: 2016
Editora: Suma de Letras
Idioma: Português
Classificação: 5 estrelas
Skoob
Compre: Saraiva

Sinopse: “— Acorda, gênio.” Assim King começa a história de Morris Bellamy. O gênio é John Rothstein, um autor consagrado que há muito abandonou o mundo literário. Bellamy é seu maior fã — e seu maior crítico. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de treze anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de trinta e cinco anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex- detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.

Resenha:

Achados e Perdidos passa quase quatro anos após Mr. Mercedes, embora a história oscile entre décadas diferentes: 1978 e 2009. Dessa maneira a história se inicia com a apresentação de um grande escritor americano chamado John Rothstein, que vivia recluso do resto do mundo, numa casa isolada na zona rural de New Hampsdire e passava seus dias escrevendo em cadernos que guardava no cofre junto com dinheiro que recebia. 

Morris Bellamy é um compulsivo apreciador da trilogia Jimmy Gold, escrita por Rothstein, porém ele é um homem mentalmente perturbado e vive atormentado pelo desfecho da história; Jimmy o grande protagonista que após provocar caos em seus dois primeiros livros teve um fim comum e isso não foi visto com bons olhos por Bellamy. Ele acreditava que Rothstein tinha apunhalado seus leitores e principalmente seu personagem. Ele o odiava fortemente por isso, e dentro de sua mente doentia Rothstein não merecia mais viver.

Dessa maneira, Bellamy invade a casa do velho escritor junto com seus comparsas e de lá usurpa dinheiro, alguns escritos inéditos e a vida de Rothstein. Porém antes que ele possa usufruir do dinheiro, bem como da escrita do velho, ele é preso por outro crime realizado, mas antes ele consegue esconder seu “tesouro” embaixo do tronco de uma árvore.

O abrigo fica escondido por anos, até que um adolescente chamado Pete Saubers finalmente o encontra. O pai de Pete foi seriamente ferido pelo psicopata conhecido como Mr. Mercedes que jogou uma Mercedes contra uma multidão que fazia fila em busca de emprego. A família de Pete está falida e não consegue mais custear as despesas com comida e saúde, e o rapaz utiliza o dinheiro para ajudar sua família enquanto tenta vender as histórias inéditas de Rothstein.

Mas a boa fase da família de Pete acaba quando Bellamy finalmente sai da cadeia e percebe que foi roubado. Ele começa uma procura insana por Saubers e seus preciosos cadernos e Bill Hodges, o policial que conseguiu prender Mr. Mercedes é acionado junto com seus ajudantes, Holly e Jerome para garantir a segurança de Pete e sua família.

É aí moçada que a emoção realmente começa e uma grande história policial se faz presente capturando a atenção do leitor de maneira arrepiante. Mais uma vez gostei de como King conseguiu inserir aspectos tenebrosos de maneira sutil tornando a leitura irresistível. Foi realmente uma continuação digna de Mr. Mercedes.

Gostei bastante da capa, onde um caderno de couro está aberto, com as páginas expostas, mostrando uma escrita à mão, com sangue manchando as páginas. A imagem dá uma boa perspectiva do que vamos encontrar. Leitura recomendada e que venha O Último turno, último livro da trilogia.