10.11.16

[Resenha #1106] O Evangelho de Loki - Joanne M. Harris @BertrandBrasil



O Evangelho de Loki
Joanne M. Harris
ISBN-10: 8528620751
ISBN-13: 978-8528620757
Páginas: 336
Ano: 2016
Editora: Bertrand
Idioma: Português
Classificação: 5 estrelas
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Sinopse:
Com sua notória reputação para trapaças e enganações, Loki é um deus nórdico sem igual. Nascido demônio, é visto com profundas suspeitas por seus companheiros deuses, que jamais o aceitarão como um deles; por conta disso, Loki promete se vingar. Mas enquanto o deus-demônio planeja a derrocada de Asgard e a humilhação dos seus opressores, poderes maiores conspiram contra os deuses e uma batalha é arquitetada para mudar o destino dos Mundos. Do recrutamento por Odin do reino do Caos, através dos anos como solucionador de problemas de Asgard, até a perda do seu posto no desenrolar para o Ragnarök, este é o Evangelho de Loki, a sua longa e curiosa versão da história — e se alguém disser o contrário, não acredite!



Resenha:

O Evangelho de Loki, da autora Joanne M. Harris, conta a história do deus mais trapaceiro que já existiu a partir de seu ponto de vista, ou seja, a narrativa se dá em primeira pessoa e achei fascinante. É um entretenimento de alto nível através da mitologia nórdica. Vamos acompanhar do aliciamento de Loki por Odin, quando ele ainda vivia no submundo do Caos, a queda de Asgard em Ragnarök.





Para quem ainda não sabe, Loki era um demônio, filho de um relâmpago e de uma pilha de galhos secos. Ele foi enganado por Odin, que possuía grandes ambições e precisava de um aliado que fizesse o “trabalho sujo”. Ele prometeu mundos e fundos ao demônio, inclusive que seria visto como seu irmão e seria incluído na lista dos deuses. Ou seja, como Loki poderia ser bonzinho depois de ter sido trapaceado? Fiquei muito chateada com Odin e amando mais ainda meu subversivo causador de problemas Loki. 




Na minha opinião, Loki era apenas um menino crescido, carente de afeto e aceitação, embora autoconfiança nunca fosse um problema.  Ele até conseguiu fazer amigos, mas não conseguia mantê-los devido a seus inúmeros “tropeços”. Ele era astuto e inteligente e suas “falhas” sempre foram tidas como consequência do tratamento o qual foi submetido. Seu aparente desprezo por regras e suas inesperadas atitudes nunca o ajudaram a se enquadrar no que era aceitável, tornando sua decadência cada vez mais evidente.





Assim, grande parte das histórias abrange Loki resolvendo “problemas” para Odin e construindo animosidades. Um jogo orquestrado com maestria para o confronto final – Ragnarök. Organizado em capítulos breves, com uma narrativa envolvente O Evangelho de Loki me surpreendeu positivamente. Sinceramente, passei horas bem agradáveis com um vigarista extremamente atraente.







Sei que este livro não vai agradar a todos - Loki realmente é horrível e algumas pessoas “mimizentas” iriam odiar seu comportamento. Particularmente adoro anti-heróis, principalmente quando são tão carismáticos e visivelmente fadados a serem dramáticos e desastrados. Quanto ao leitor que se atrever a ler essa obra, constatará que Loki é um personagem muito profundo e que tudo que ele faz estava voltado única e exclusivamente para sua sobrevivência.

Amei a capa, fonte e diagramação. Tudo bem organizado e definitivamente apaixonante. Espero que Loki possa ter uma oportunidade em mostrar que ele até pode ser cruel, mas nunca enfadonho.


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