16.11.16

[Resenha #1108] As Letras do Amor - Paula Ottoni @Novo_Conceito


As Letras do Amor
Paula Ottoni
ISBN-10: 8581638430
ISBN-13: 978-8581638430
Páginas: 224
Ano: 2016
Editora: Novas Páginas
Idioma: Português
Classificação: 3 estrelas
Skoob
Compre: Saraiva

Sinopse:

Bianca acabou de largar um curso de graduação de que não gostava, seus pais vão se divorciar e seus irmãos pequenos estão cada dia mais barulhentos. A oportunidade perfeita de escapar surge quando seu namorado, Miguel, resolve ir a Roma abrir uma empresa para o pai. Bianca decide que aprender italiano, arrumar um trabalho temporário e ajudar Miguel em seu negócio será um bom começo. O que parecia um sonho, porém, torna-se uma incerteza ainda maior quando Miguel fica sempre fora de casa, os empregos de Bianca não duram mais que uma semana, e, cada dia mais próxima de Enzo – o melhor amigo de Miguel, com quem moram –, ela começa a questionar seus sentimentos. Perdida em conflitos amorosos e angustiada por não saber o que será de sua vida ao fim daqueles seis meses, Bianca passa por uma série de situações de crescimento pessoal que vão testá-la e ajudá-la a descobrir o que fazer com o futuro, que vem chegando depressa demais.



Resenha:

“Triângulo” e “amoroso” não são palavras que configurem como minhas preferidas no dicionário. Geralmente fujo de romances assim, mas motivada pela curiosidade resolvi dar uma oportunidade a escritora Paula Ottoni.
As letras do amor é um romance contemporâneo, que fugiu da pegada mais hot, mostrando um lado mais doce e trivial. Porém não conseguiu escapar do clichê: namorado esquisitão + mocinha correta + melhor amigo certinho. A leitura não me decepcionou, mas também não foi uma história que me arrebatasse tendo em vista o final totalmente previsível.


“Miguel foi a minha primeira escolha, e talvez minha vida pudesse ser uma pilha de erros que surgiram dela. Ou eu poderia escolher o caminho alternativo, Enzo, e enfrentar as dificuldades.”


Falando um pouco da história em si, vamos conhecer Bianca que está indo morar na Itália com seu namorado. Sua vida estava monótona, ela tinha desistido do curso de graduação, seus pais estavam em processo de separação e seus irmãos estavam torrando a paciência. Viu então a oportunidade de mudar, ajudar o namorado por quem era completamente apaixonada com seu novo empreendimento e conhecer novos lugares.  Bianca só não esperava que a mudança viesse a ser tão radical e ela fosse se sentir atraída pelo último carinha que ela poderia gostar: o melhor amigo do seu namorado.


Vamos acompanhar então toda essa aventura de Bianca na Itália. A história tinha tudo pra funcionar, mas a falta de crescimento da personagem, hesitações, inércia e dificuldade em tomar decisões me deixaram desconfortável em relação a protagonista. Embora ela fosse jovem e inexperiente, faltou vivacidade e coragem comum aos jovens. A imagem de boa moça não agradou e toda a coragem que ela possuía acabou quando ela decidiu viajar com o namorado para a Itália.


 “...Talvez o que me prenda a Miguel seja sempre essa esperança de que amanhã vai ser melhor, a expectativa de que ele enfim consiga enxergar o que eu enxergo.”




O triângulo amoroso Miguel – Bianca – Enzo, não convenceu. Miguel, o namorado ausente, Bianca a boa moça solitária e Enzo o bom amigo, lindo e extremamente atencioso com a mocinha. Para vocês terem uma ideia, Bianca só tomou alguma atitude quando ficou sabendo da traição no namorado e meio que resolveu dar o troco, e isso só aconteceu no final do livro. O “acerto de contas” foi tão estranho quanto à história. De namorado relapso, Miguel quase que “adivinhou” que Bianca o tinha traído e posou de bom moço, colocando a culpa no trabalho sua falta de carinho para com a namorada, enquanto que Enzo assistia a tudo estático. Faltou realmente um bom desenvolvimento e quando as coisas pareciam que iam acalorar, a narrativa acabou.



Quanto à parte gráfica, achei o trabalho perfeito. Amei a capa, fonte e diagramação. Os capítulos são curtos e rapidinho a leitura é realizada. No início de cada capítulo, duas músicas alimentavam a história. 


Se recomendo a leitura? Talvez para aqueles que curtem uma leitura bem juvenil, sem grandes pretensões de ler uma história de tirar o fôlego e que não gostem de sair da linha de conforto.


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