1.12.16

[Resenha #1117] Neuromancer - William Gibson @editoraaleph


Neuromancer
William Gibson
ISBN-13: 9788576573005
ISBN-10: 8576573008
Ano: 2016
Páginas: 312
Editora: Aleph
Classificação: 3 estrelas
Skoob

Sinopse:
Considerada a obra precursora do movimento cyberpunk e um clássico da ficção científica moderna, Neuromancer conta a história de Case, um cowboy do ciberespaço e hacker da matrix. Como punição por tentar enganar os patrões, seu sistema nervoso foi contaminado por uma toxina que o impede de entrar no mundo virtual. Agora, ele vaga pelos subúrbios de Tóquio, cometendo pequenos crimes para sobreviver, e acaba se envolvendo em uma jornada que mudará para sempre o mundo e a percepção da realidade. Evoluindo de Blade Runner e antecipando Matrix, Neuromancer é o romance de estreia de William Gibson. Esta obra distópica, publicada em 1984, antevê, de modo muito preciso, vários aspectos fundamentais da sociedade atual e de sua relação com a tecnologia. Foi o primeiro livro a ganhar a chamada “tríplice coroa da ficção científica”: os prestigiados prêmios Hugo, Nebula e Philip K. Dick.



Resenha:

Neuromancer é um dos mais famosos livros de Cyberpunk e ganhou os três principais prêmios de ficção científica: Nebula, Hugo e Philip K. Dick. Escrito por William Gibson e publicado em 1984, o livro inspirou os irmãos Wachowski a criarem a trilogia Matrix.





Neuromancer conta a história de Case, um ex cowboy (hacher) que, após ter roubado de seus empregadores, foi punido com uma microtoxina russa que danificou seu sistema nervoso, o impedindo de voltar à Matrix. Mas o que é a Matrix? A Matrix se parece com o que, hoje, nós chamamos de internet. No entanto, no ciberespaço criado por Gibson, a consciência da pessoa é transferida, deixando para trás seu corpo.




Antes de ser punido com essa microtoxina, Case passava boa parte de seu tempo dentro da Matrix e, assim como a maioria dos cowboys, nutria certo desprezo pela carne, ou seja, preferia viver na Matrix, onde apenas a consciência era projetada. No entanto, atualmente, impossibilidade de entrar no ciberespaço, Case se vê preso ao corpo que antes desprezava e luta contra a pobreza enquanto busca, incessantemente, a cura para seu sistema nervoso.


“Para Case, que vivia até então na exultação sem corpo do ciberespaço, foi a Queda. Nos bares que freqüentava no seu tempo de cowboy fodão, a postura da elite envolvia um certo desprezo suave pela carne. O corpo era carne. Case caiu na prisão da própria carne.” p. 26



Para conseguir o dinheiro dos tratamentos, Case acaba recorrendo a crimes, incluindo homicídios, por pequenas quantias, ao mesmo tempo em que encontra novos vícios. É nesse momento crítico de sua vida que Molly surge. Ela o leva até Armitage que, por sua vez, oferece a Case a cura que ele tanto deseja. Mas por que Armitage está fazendo isso? O que ele quer em troca?

Assim começa Neuromancer. Devo dizer que esse início me deixou super empolgada e com vontade de devorar o livro. Porém, infelizmente, o livro vai ficando maçante e difícil de continuar. É tanta tecnologia, tanta novidade e tanta inovação que, apesar de ser muito interessante, foi ficando difícil acompanhar.


O livro conta com um glossário que, em minha opinião, não ajudou muito. Acontece que, por se tratar de um livro de ficção científica, muitos dos termos utilizados pertencem ao campo da tecnologia, da computação e da eletrônica. Ou seja, caso você seja leigo nessa área (como eu), provavelmente vai ter dificuldade em compreender a história. Afinal, ninguém é obrigado a saber o que significa cada termo, não é mesmo? E vamos combinar que a leitura perde um pouco a graça quando precisamos ficar com o celular ao lado fazendo pesquisas. Aos poucos, eu fui cansando, fui tentando continuar a leitura sem fazer as pesquisas e, consequentemente, fui me perdendo.



Eu achei que o livro oscila bastante. Algumas passagens são ótimas, te prendem e renovam seu ânimo para continuar a leitura. E então, de repente, você se vê cansado e sem vontade de continuar lendo. Eu gostei muito de ler sobre as alterações corporais das pessoas nessa sociedade que é super avançada no campo da medicina.

Os personagens são pouco carismáticos e dificilmente você irá conseguir se apegar a algum deles. Com exceção de Molly, que é fascinante. É fácil perceber as semelhanças entre Neuromancer e a trilogia Matrix, e essas semelhanças ficam ainda mais claras entre Molly e Trinity.


Eu compreendo a relevância desse livro para a literatura e, especialmente, para a ficção científica. A trilogia Matrix está entre os meus 10 filmes preferidos da vida e não nego que a vontade de ler o livro surgiu disso. No entanto, infelizmente, a leitura não foi prazerosa para mim.


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