Douglas Adams
ISBN-10: 8580413958
ISBN-13: 978-8580413953
Página: 240
Ano: 2015
Editora: Arqueiro
Idioma: Português
Classificação: 3 estrelas
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Sinopse: A série O Mochileiro das Galáxias consagrou Douglas Adams por sua fina ironia e sua capacidade de elaborar histórias hilárias e inusitadas. Porém, essa não foi sua única obra-prima. Também na década de 1980, ele criou o personagem Dirk Gently, cujos elementos principais surgiram quando escrevia episódios para Doctor Who, outro ícone britânico da ficção científica.
Adams morreu em 2001, deixando dois volumes sobre as aventuras do detetive carismático e arrogante. Agora, finalmente, o primeiro livro é publicado no Brasil.
Richard MacDuff é um engenheiro de computação perfeitamente normal que sempre se comportou muito bem, obrigado, até o dia em que deixa uma mensagem equivocada na secretária eletrônica de sua namorada, Susan Way. Arrependido, toma a decisão mais natural possível: escalar o prédio dela e invadir seu apartamento para roubar a fita com a gravação.
Na vizinhança, Dirk Gently bisbilhota os arredores com seu binóculo quando presencia o ato tresloucado do antigo colega de faculdade e decide entrar em contato para lhe oferecer seus serviços investigativos. Depois de uma série de acontecimentos bizarros, o detetive percebe uma interconexão obscura entre a atitude estapafúrdia do amigo e o assassinato de Gordon Way – irmão de Susan e chefe de Richard, que passa a ser suspeito do crime.
De uma hora para outra, os dois veem-se envolvidos num caso incrivelmente estranho, com elementos díspares e desconexos que, no final, conseguem se encaixar de forma perfeita e construir uma trama típica de Douglas Adams.
Resenha:
O que dizer de uma narrativa bem confusa que te deixa à deriva no início até seu desfecho? Mas como tudo na vida é assim, um emaranhado de confusão, mesclado a uma dose de curiosidade pessoal, com sutis pitadas de frustrações cotidianas resolvi terminar o livro e dar uma chance para a história. Acho que a grande beleza dessa obra consiste simplesmente em recomeçar, ou seja, se você não entender bulhufas, dá pra voltar e ler tudo novamente. Te convenci a ler?
O protagonista da história se chama Richard MacDuff, um engenheiro da computação, um cara inteligente e bem sucedido que levava uma vida normal e enfadonha. Ele namora Susan, irmã de Gordon Way, o dono de uma das mais importantes companhias de computação da Inglaterra, que coincidentemente também é seu autoritário chefe. Richard não morre de amores por Gordon, que por sua vez é assassinado no inicio da história e terá como principal suspeito o próprio Richard.
Completamente tomado por suas obrigações no trabalho ele acaba dando uma mancada com Susan e deixa um recado inconsequente na secretária eletrônica de sua namorada na noite do assassinato. Ele se arrepende e acaba em uma situação mais do que inusitada quando precisa recuperar a fita da secretária eletrônica. Quando ele está tentando invadir o apartamento de Susan, escalando suas paredes quando é flagrado pelo seu antigo amigo e detetive Dirk Gently. O detetive muito curioso com o ocorrido resolve intervir ligando para o número do apartamento de Susan mostrando uma série de erros na estratégia de arrombamento de Richard.
Logo no outro dia, Richard começa a ser procurado pela polícia como suspeito número um do assassinato de Gordon, afinal, ele teria grandes benefícios com sua morte. Richard resolve pedir ajuda a Dirk Gently e as investigações começam. Dirk é assombrosamente excêntrico, curti uma pizza e suas investigações se interligam até com viagem no tempo.
Uma leitura muito complexa e acabei demorei muito para me encaixar no estilo singular de Adams. Foi somente quando compreendi que o livro não era pra fazer muito sentido assim, foi que relaxei e consegui fisgar o humor sutil de Douglas Adams. Espero que a resenha não tenha deixado você mais confuso, mas posso garantir que se você for persistente tudo fará sentido no fim da narrativa.
A capa está linda, fonte e diagramação simples, porém muito agradável. Embora seja um livro curtinho necessitamos ficar atentos à narrativa para que a história seja minimamente compreensível. No mais é só curtir o humor ácido e escrachado de Douglas Adams.
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