14.2.17

[Resenha #1164] Todo Mundo Vê Formigas - A.S. King @gutenberg_ed @AS_King


Todo Mundo Vê Formigas
A.S. King
ISBN-13: 9788582354117
ISBN-10: 8582354118
Ano: 2016
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Gutenberg
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: A 1ª coisa que você precisa saber é que tudo o que eu fiz foi uma pergunta idiota. A 2ª coisa que você precisa saber é que essa pergunta idiota me trouxe muitos problemas com Nader McMillan, o cara que faz bullying comigo desde que eu tinha 7 anos. E uma semana atrás ele pegou bem pesado comigo. Foi aí que eu comecei a ver formigas. A 3ª coisa que você precisa saber é que meu avô Harry desapareceu durante a Guerra do Vietnã e nunca foi encontrado. Então, todas as noites, eu tento resgatá-lo da sua prisão na selva em meus sonhos. Mas nunca consigo. A 4ª coisa que você precisa saber é que minha mãe é uma lula e meu pai, uma tartaruga. Ela tenta afogar os seus problemas nadando o dia todo em uma piscina pública, e ele nunca está por perto e desaparece dentro da casca no primeiro sinal de confronto. Então, se juntarmos Nader McMillan, a minha pergunta idiota, vovô, e tudo o mais na minha vida, somos só eu e as formigas. “A grande sacada de Todo mundo vê formigas é que ele vai ajudá-lo a entender que as pessoas que parecem muito diferentes de você, na verdade são muito parecidas. Faça um enorme favor a você mesmo e leia este livro!” - James Patterson, autor da série best-seller Bruxos e Bruxas.


Resenha:
 "Todo mundo vê formigas?                                                      Meu avô olha para mim e diz: Bem, quantas pessoas você acha que vivem vidas perfeitas, filho? Todos nós somos vítimas de algo uma hora ou outra, não?"


Todo mundo vê formigas é uma história poderosa e emocionante com temas sérios. Nosso protagonista é Lucky, um adolescente de quinze anos que tem uma família marcada pelo trágico desaparecimento de seu avô durante a Guerra do Vietnã, seu pai está emocionalmente distante como resultado direto de crescer sem um pai e sua mãe passa seu tempo na piscina em uma clara tentativa de evitar seus problemas conjugais. Além disso, Lucky é intimidado por seu colega de classe, um babaca chamado Nader, desde que ele pode se lembrar e ninguém faz nada a respeito, apesar dos sinais claros de que ele está sob coação.

"Sei que vai haver momentos melhores na minha vida, e que talvez eu até mesmo me torne alguém importante, mas se o tempo todo eu tiver que ficar aguentando gente cretina, então qual é o sentido disso tudo?"





Os pais de Lucky sabem que ele está sendo alvo de bullying, mas seus esforços iniciais para fazer algo a respeito disso são infrutíferos. Eventualmente, eles desistem. A maioria das pessoas na vida de Lucky fecham os olhos para o abuso de Nader, porque eles não sabem o que fazer sobre isso. Sem ninguém para guiá-lo nisso, Lucky evita Nader o quanto possível. Depois de um ataque particularmente desagradável de Nader, sua mãe o leva para passar algumas semanas com seu irmão e sua esposa no Arizona. É lá que Lucky vai entender um pouco mais sobre a vida e aprender a lidar com seus problemas.






Ao longo dos anos Lucky aprendeu a escapar para um mundo onde ele está salvando seu avô de seus captores. Em seus sonhos ele é mais poderoso do que na vida real, e ele encontra uma maneira de trabalhar com as questões que o incomodam. A pergunta é, Lucky será capaz de descobrir como resgatar-se sem fazer algo drástico?




Este livro trata de questões muito importantes. O bullying que Lucky sofre é horrível e mesmo que ele diga que está ok,  é claro que não está. Não há apenas um grau de estresse e medo, mas também de trauma profundo. Há coisas que ele não diz, nem mesmo para si mesmo. Ele repete que não é suicida e o simples fato de que ele repete isso constantemente é bastante revelador. Acima de tudo, há a frustração de Lucky com seus pais. Embora seus pais, obviamente, acreditam que ele está sendo intimidado, a sua inação ou mesmo o fato de que eles não vão ouvi-lo e discutir o problema é perturbador. Mas, se pararmos para pensar, os pais de Lucky não agem, não é porque não o amam ou não se importam com ele, simplesmente eles não agem porque não sabem o que fazer. Este livro explora o fato de que não há respostas fáceis e nenhum manual de como ser uma mãe e um pai - sua sugestão mais acessível é seguir com a vida e passar por ela até que esta fique melhor. Eventualmente, há uma percepção de que às vezes não há nada que alguém possa fazer e tudo o que você tem é você mesmo. Com a ajuda de amigos recém-encontrados e até mesmo de sua família, Lucky encontra força para defender a si mesmo da melhor maneira possível. O final pode ser um pouco perfeito, mas é tão cheio de compaixão e calor que os personagens precisavam que eu acabei gostando. Também gostei de como os sonhos desempenharam uma função importante para Lucky, lhe dando algum controle sobre sua vida e as formigas ofereceram uma pausa bem-vinda da seriedade do livro.




Adorei a capa, e posso dizer que a editora está de parabéns pelo belo trabalho feito nesse livro, desde a diagramação, quanto a revisão e tradução, tudo perfeito.


Todo mundo vê formigas é cativante, envolvendo personagens que crescem, mudam, se desenvolvem e aprendem conforme a história avança. Lucky é um personagem incrível. Os temas do bullying, problemas familiares, problemas de identidade, de crescimento foram bem desenvolvidos. Achei que a autora explorou a história de uma forma profunda e significativa. Recomendo a todos.
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