4.7.17

[Resenha #1240] Frankenstein - Mary Shelley @cialetras


Frankenstein
Mary Shelley
ISBN-13: 9788582850190
ISBN-10: 8582850190
Ano: 2015
Páginas: 424
Editora: Penguin / Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse:
[FRANKENSTEIN, OR, THE MODERN PROMETHEUS] O arrepiante romance gótico de Mary Shelley foi concebido quando a autora tinha apenas dezoito anos. A história, que se tornaria a mais célebre ficção de horror, continua sendo uma incursão devastadora pelos limites da invenção humana.
Obcecado pela criação da vida, Victor Frankenstein saqueia cemitérios em busca de materiais para construir um novo ser. Mas, quando ganha vida, a estranha criatura é rejeitada por Frankenstein e lança-se com afinco à destruição de seu criador.
Introdução e Notas por Maurice Hindle. Este volume inclui todas as revisões feitas por Mary Shelley, uma introdução da autora e textos críticos de Percy B. Shelley e Ruy Castro. E ainda um apêndice com textos de Lorde Byron e do dr. John Polidori.




Resenha:

A história começa com as cartas do Capitão Wolton escritas à irmã, narrando sua expedição no Polo Norte. Em certo momento, resgata em seu navio um homem perdido no gelo, chamado Victor Frankenstein. A partir daí, este homem começa a contar ao capitão toda a sua história.

"Meu Deus, Margaret, se visse o homem que assim capitulara por sua própria segurança, sua surpresa seria infinita. Seus braços e suas pernas estavam quase congelados, e o corpo, terrivelmente magro pelo cansaço e pelo sofrimento."  


A história narra a vida de Victor Frankestein: seus pais e irmãos, seus amigos, e Elizabeth, uma garota que foi acolhida pela família e com quem sua mãe sempre quisera vê-lo casado. Antes de se unir em matrimônio, porém, o rapaz vai para Alemanha, onde estuda Ciências Naturais e, posteriormente, Fisiologia. É durante seus estudos e pesquisas que ele descobre como animar a matéria sem vida.

“Eu seria o primeiro a romper os laços entre a vida e a morte, fazendo jorrar uma nova luz nas trevas do mundo (...). Ressurreição! Sim, isso seria nada menos que o poder de ressurreição.”


A partir de partes de cadáveres, ele o fez. Criou a vida a partir de matéria morta. Mas ao conseguir, se revelou fraco, amoral e medroso. Quando vê o que acabara de criar, ele foge com medo e, quando volta para seu apartamento, não encontra mais a criatura. 

“Incapaz de suportar os aspecto do ser que criara, saí correndo da sala e continuei por longo tempo indo de um lado para o outro do quarto, incapaz de conciliar o sono.” 


“Eis que, terminada minha escultura viva, esvaía-se a beleza que eu sonhara, e eu tinha diante dos olhos um ser que me enchia de terror e repulsa.”


A criatura era horrenda aos olhos dos homens, e despertava reações de agressão e perseguições. No entanto, era sensível, sofria, aprendeu sozinha as lições que o mundo lhe deu.

"(...) ferido pelas pedras e toda sorte de objetos, que me arremessavam, fugi para o campo aberto e, cheio de medo, busquei refúgio numa cabana acachapada."

Durante algum tempo, acredita que nunca mais ouvirá falar de sua criação, até receber uma carta de seu pai relatando a morte de seu irmão mais novo. A partir daí, muitas outras desgraças ocorrem aos parentes e amigos da família Frankestein, vítimas da fúria daquele ser.



Mais tarde, criador e criatura se encontram frente a frente, e o monstro tem a oportunidade de contar sua própria história, de falar sobre o repúdio e a rejeição que encontrou em todos os lugares onde esteve. Pede, então, que lhe seja feita uma companheira, alguém semelhante a ele, que possa entendê-lo e ficar em sua presença sem sentir medo. Em troca, ele desapareceria da vista de Victor e todos que ele conhece.

Ler Frankenstein é questionar o sonho da imortalidade, mas é também uma história de buscas, de superação, de vencer a solidão. Uma narrativa para se comover, se revoltar, se emocionar. Recomendo!

Nenhum comentário

Postar um comentário

© BLOG ROTINA AGRIDOCE- TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Design e Programação por MK DESIGNER E LAYOUTS