Madeira-arcana é um tipo de madeira dotada de consciência. Trata-se da mercadoria mais valiosa do mundo, encontrada apenas nos Ermos Chuvosos — e é dela que os navios-vivos são feitos. Arriscar-se nas perigosas águas do Rio da Chuva para chegar aos Ermos Chuvosos é uma audácia praticada por poucos e incautos navegadores na ânsia de possuir um navio-vivo. Mas essas embarcações são difíceis de encontrar – e mais difícil ainda é navegá-las. Raros e valiosos, os chamados navios-vivos têm uma ligação íntima com a família que os comprou originalmente, e sua vida só é despertada depois que três membros de gerações seguidas morrem em seu convés.
Ao longo dos anos, os Velhos Mercadores de Vilamonte tiveram sua riqueza dilapidada pelas guerras ao norte e pelas pilhagens dos piratas ao sul, e agora ainda precisam lidar com o aparecimento de Novos Mercadores, que pretendem abalar o tênue equilíbrio existente entre Vilamonte e os Ermos Chuvosos. A única esperança de renovar a prosperidade da família Vestrit, uma das mais antigas de Mercadores da região, é Vivácia, uma embarcação que está com eles há gerações e prestes a se tornar um navio-vivo. A bordo dela navega a filha do capitão, Althea Vestrit, abalada com o estado de saúde do pai, mas ansiosa pelo despertar do navio que tanto ama. Enquanto isso, o ardiloso pirata Kennit anseia por obter seu próprio navio-vivo. Já bem familiarizado com o poder da madeira-arcana, ele tem planos bem específicos para sua futura embarcação... E não medirá esforços para conquistá-la.
Num reino de culturas e magia peculiares, O navio arcano exibe um deslumbrante elenco de personagens muito bem caracterizados, tanto física quanto psicologicamente, numa aventura fantástica de piratas, navios falantes, serpentes-marinhas, escravos em rebelião, heróis espirituosos e sangrentas batalhas. Robin Hobb tece uma trama envolvente e complexa, com fortes relações pessoais, que seduz o leitor a cada página.
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