14.1.18

[Resenha #1531] A Rainha de Tearling - Erika Johansen @Suma_BR @cialetras


A Rainha de Tearling
A Rainha de Tearling # 1
Erika Johansen
ISBN-13: 9788556510280
ISBN-10: 8556510280
Ano: 2017
Páginas: 352
Idioma: português 
Editora: Suma de Letras
Skoob
Classificação: 5 estrelas

Sinopse: Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda... ou uma tragédia.



Resenha: 

Num futuro pós-apocalíptico. Uma heroína feroz e determinada. Um futuro pintado de sangue. Este impressionante romance de estréia de Erika Johansen cria um mundo exuberante e vívido, uma tela para uma história que é intrincada com seus muitos personagens complexos, desafios aterradores e, finalmente, a brutal promessa de morte para a nova rainha. O romance é uma fusão corajosa de fantasia e distopia, com uma sensação medieval, apesar de se passar no tempo contemporâneo após o colapso da humanidade. Temos dois reinos: Tearling, que é uma monarquia, regida sempre por mulheres e Mortmesne, reino rival de Tearling, que é reinado por uma feiticeira poderosa, a Rainha Vermelha. No reino de Tearling, as rainhas só podem governam se estiverem como a Safira Tear, um colar com uma magica muito poderosa, e que este colar se relaciona com quem estiver usando como um tipo de conselheiro telepático. 

A Rainha Vermelha no passado, invadiu Tearling e para que ela deixasse o reino, a então rainha na época Elissa, fez um acordo que acabou subjulgando o seu próprio povo, mas com a morte da rainha, muitos querem se apossar da Safira Tear, e matar a princesa. Mas a rainha, já preocupada com essa possibilidade, já havia enviado sua filha para ser educada e criada bem longe, sob os cuidados de um casal de confiança da rainha, assim Kelsea cresceu em meio a floresta. 


Agora, Kelsea de 19 anos, atingiu a idade de ascensão, o que significa que chegou a hora de ser levar ao trono de Tearling. A Guarda da Rainha vai buscá-la no chalé onde ela viveu para conduzí-la para a Fortaleza na capital, para que seja coroada rainha, mas a viagem se mostrará ardua e um verdadeiro desafio. 

Kelsea Raleigh nunca conheceu nada além da casa em que ela foi criada e do casal que a criou. Isso, e o fato de que ela é herdeira do trono de Tearling. Depois que sua mãe morreu, Kelsea foi escondida para ser protegida e educada até o décimo nono aniversário, quando ela seria devolvida ao castelo e assumiria o papel de rainha. Agora, esse dia finalmente chegou, e ela é varrida para um mundo desconhecido, sem amigos e totalmente ignorante do estado atual de seu reino, sem a menor noção do que ela deveria fazer. 

Tearling tem sido governado pelo tio de Kelsea por dezenove anos, e ele é um hedonista, pensa apenas em si mesmo, e pior, ainda é um alido da Rainha Vermelha, que quer Kelsea morta, e para isso contratou mercenários para dar fim na princesa. A única proteção de Kelsea é a Guarda da Rainha. Com recursos limitados e inimigos tão formidáveis, Kelsea pode esperar proteger seu reino do exército da rainha vermelha, ou ela não será senão a causa de mais destruição?

Kelsea é uma heroína admirável. Mesmo vivendo isolada na floresta, o casal que cuidou dela, a ensinou a pensar criticamente, a aprender com a história. Kelsea alimentou o amor pela leitura, devorando tantos livros quanto pudesse. No entanto, quando chegou a hora, ela rapidamente aprendeu que a decisão exigia muito mais do que lições de história. Kelsea teve que provar a si mesma para sobreviver. Para merecer o título de Rainha. Para ganhar o respeito das pessoas. Foi fascinante ver Kelsea controlar sua raiva, seu medo e ainda tomar decisões. Ela começa por livrar o reino do legado de sua mãe - pobreza, medo e desespero. Através dessas ações, ela começa a ganhar o respeito de pessoas como Lázaro (capitão da guarda), Andale (sua dama de companhia), e o Fetch (um ladrão misterioso, mas infame e possível futuro interesse amoroso). Ganhar respeito é uma parte crítica da jornada de Kelsea para o trono.

Como uma fantasia centrada em torno de uma infra-estrutura de governo e relações entre reinos, eu esperava que o livro fosse uma leitura bem lenta, mas este livro realmente tem um ritmo muito bom, tanto porque há uma quantidade razoável de ação misturada com a cenas políticas.

Outro elemento que eu realmente gostei foi o elemento da biblioteca. Sério, qualquer livro que incorpore bibliotecas ou encoraje a sociedade a ler, adoro. Gostei da maneira como a autora homenageou alguns do autores de livros, com uma frase ou duas ao longo da história, foi um toque agradável e uma ótima maneira de honrar autores que inspiraram o amor das pessoas pela fantasia.


Esta é uma história que é maravilhosamente viciante e original. Não há romance nesta primeira parcela, mas estou disposto a adivinhar que haverá romances subseqüentes. A noção de beleza também é amplamente explorada. E embora eu aplauda a autora por contrariar a noção onipresente de uma heroína bonita, o rosto simples de Kelsea é mencionado um pouco demais para o meu gosto. 

Quando a escolha da capa para a edição brasileira, tenho que confessar não ter gostado muito não, preferia que tivessem mantido a capa original americana. 

Com temas de poder e liderança, beleza e força, magia e valor, A Rainha de Tearling foi um dos livros mais cativantes e inesperados do ano. Pode ser comparado a Game of Thrones, e certamente há uma batalha semelhante para o trono - por dominação -, mas as semelhanças terminam aí na minha opinião. O que mais gosto dessa história é a nossa heroína ser muito real e que trabalhou para conquistar suas inseguranças, medos, responsabilidade, solidão e as conseqüências de suas decisões. Este é um mundo de fantasia único e uma promessa de uma trilogia incrível. Altamente recomendado!


Nenhum comentário

Postar um comentário

© BLOG ROTINA AGRIDOCE- TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Design e Programação por MK DESIGNER E LAYOUTS