1.11.21

[Resenha #1778] De Natura Florum - Clarice Lispector @globaleditora

De Natura Florum

Clarice Lispector

ISBN-13: 9786556121055

Ano: 2021 / Páginas: 56

Editora: Global

Skoob

Classificação: 4 estrelas

Compre: Amazon 

Sinopse: De Natura Florum foi publicado pela primeira vez em 3 de abril de 1971, no Jornal do Brasil (Rio de Janeiro). Já em 1984 foi incluído no volume “A Descoberta do Mundo”. Hoje, é lançado no Brasil pela Global Editora, com projeto internacional desenvolvido por Elena Odriozola que Prêmio Nacional de Ilustração, e Alejandro G. Schnetzer. O texto, à maneira de um herbário em verso, é estruturado a partir de vinte e quatro verbetes. As cinco primeiras são definições botânicas gerais, as dezenove restantes são descrições de flores, com uma poética particular. O livro é uma espécie de introdução às obras e estilo literário de Clarice, com fácil entendimento e assimilação. Por ser uma obra que originou do artigo publicado no Jornal do Brasil e por ser de uma escritora muito querida nacionalmente, o lançamento pela Global, casa da literatura brasileira, é de suma importância.


Resenha:

Chaya Pinjasovna Lispector , mais conhecida como Clarice Lispector, foi uma autora brasileira e ucraniana de origem judaica nascida em Chechelnik na Ucrânia em 10 de dezembro de 1920. Atualmente, é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras do século 20, pertencente à terceira fase do modernismo. Lispector definiu sua escrita como "sem estilo", e não é à toa, pois suas obras são extremamente difíceis de classificar. Embora seja verdade que sua especialidade eram contos, Clarice Lispector deixou um legado importante em romances, como em "A Hora da Estrela".



Para começar, é preciso dizer que "De natura florum" é uma obra formidável, este livro é muito difícil de classificar em um gênero ou estilo próprio porque, pessoalmente, acho que é uma mistura bastante grande entre poesia, prosa poética, herbário, dicionário, e haicai, mas levando em conta a famosa trajetória da autora no mundo literário, nas suas ideias e na sua vida pessoal, acho que este livro lhe faz muita justiça e reflete perfeitamente a personalidade de Lispector. Entre as páginas desta obra ímpar encontramos descrições poéticas, sem qualquer tipo de rima ou medida.

Nesta obra literária não existem personagens propriamente ditos, mas, claro, creio que as flores e plantas que Lispector nos mostra nas páginas do "De natura florum" merecem ser tratadas com a importância que merecem, visto que são, não só nos descreve as flores como tais, mas também são humanizadas, ou seja, a autora deu-lhes emoções, sentimentos e inúmeros adjetivos, como se fossem gente e, porque não dizer, dá até a sensação de que cada flor é uma pessoa que poderíamos conhecer, ou nós mesmos, um amigo, ou um parente.  Sinceramente acredito que se você gosta de flores e plantas tanto quanto eu, você vai gostar desse livro.





Acho que a Clarice se reflete nesse trabalho. Depois de ler todo este livro, este herbário peculiar, pude apreciar como nossa amada autora conseguiu, mais uma vez, capturar todo o seu amor, paixão e desejo pela natureza sem descuidar de seu estilo característico.

Concluindo, "De natura florum" é uma obra literária muito preciosa, apesar de tão curta. Se você é fã da natureza, das plantas, das flores, tem que ler este livro com toques poéticos que, sem ser uma coleção de poemas, é preciso lê-lo aos poucos, vivendo cada uma das descrições que o o autor nos deu e desfrutando, por sua vez, dos belos e coloridos desenhos. Com este livro você vai pensar, sentir e imaginar. 

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