6.6.14

[Resenha #385] Olympe de Gouges - HQ - Catel, Bocquet @galerarecord


Olympe de Gouges
Catel Muller / José-Louis Bocquet
Ano: 2014
Editora: Record
Gênero: Quadrinhos
Páginas: 488
ISBN: 9788501401465
Leia o 1º capítulo
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Classificação: 5 estrelas
Compre: Saraiva


Em Montauban de 1748, nasce Marie Gouze, criada sob as convenções da França setecentista. Aos 18 anos, mãe e viúva, se vê livre para expressar suas ideias e adota o pseudônimo Olympe de Gouges. Anos depois se muda para Paris, onde participará ativamente da vida política e cultural. Fiel leitora de Rousseau, inspiradas pelas ideias libertárias da França pré-revolucionária, Olympe se dedica intensamente à escrita – atividade que levaria até os últimos dias de sua vida e que a causaria muitos problemas. Conquistou inimizades e escandalizou os mais conservadores, porém jamais deixou de defender seus ideais feministas e libertários.
Em 1791, redigiu a Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, reivindicando a igualdade entre os sexos e o direito ao voto. Com muita beleza, esta graphic novel conta a trajetória de uma mulher forte e corajosa que carimbou seu nome na história da Revolução Francesa. Dos consagrados quadrinistas José-Louis Bocquet e Catel Muller, a HQ retrata através de belos traços os incríveis cenários e personalidades da França do século XVIII.


Resenha:


Eu já tinha ouvido falar vagamente de Olympe de Gouges, feminista na época da Revolução Francesa, mas meu conhecimento parou por aí. Esta HQ é uma oportunidade para popularizar não só o destino incomum desta mulher, mas também para mostrar através dela os eventos que sacudiram a França no final do século XVIII, bem como o tempo que precedeu esta efervescência.

Seu nome de batismo é Marie Gouze, nasceu em 1748, na cidade de Montauban, na França. Sua mãe teve um caso extraconjugal com um marquês, e ela é o fruto disso. Com 16 anos, se casou com um homem muito mais velho, mas um ano depois, deu à luz uma menina, mas à perdeu, e logo em seguida, ela fica viúva. Depois disso, ela se recusou a se casar novamente, dizendo que considerava o casamento "o túmulo do amor".





Marie se muda para Paris, muda de nome, passa a usar o pseudônimo Olympe de Gouges, e conhece Jacques Bétrix, e mantém um caso com ele, e ele lhe garante uma renda. Ela passa a frenquentar salões de artes, e encontra pessoas importantes nas áreas da filosofia, literatura e política. Fez várias amizades influentes, como Rousseau, Voltaire entre outros. E ela escreveu várias peças de teatro, e usou esse meio para denunciar a escravidão e os direitos das mulheres. Ela é a autora da declaração dos direitos da mulher e da cidadã, que reivindica igualdade entre os sexos e direito a votar.

Eu devorei as mais de 480 páginas dessa HQ, adorei saber sobre essa mulher incrível, admirável, forte, decidida pela luta de seus ideais. É uma mulher muito a frente do seu tempo, e que abalou muito a sociedade da época. Também gostei da parte do livro que mostra a cronologia e uma pequena biografia de alguns nomes importantes.









O que dizer da capa? Linda! E os traços desse quadrinhos são simples, mas muito bem feitos, em preto em branco. Todo o trabalho gráfico da editora ficou excelente! E a revisão perfeita!

Em suma, só posso aconselhá-lo a ler "Olympe de Gouges". Este quadrinho é ideal para descobrir a vida desta mulher revolucionária e de estrema importância para sua época. Recomendo!


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