14.10.15

[Resenha #647] Zac & Mia – A. J. Betts @Novo_Conceito @a_j_betts


Zac & Mia
A. J. Betts
ISBN-13: 9788581637716
ISBN-10: 858163771X
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Novo Conceito
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Submarino / Saraiva

Sinopse:
A última pessoa que Zac esperava encontrar no quarto de hospital ao lado do seu era uma garota como Mia - bonita, irritante, mal-humorada e com um gosto musical duvidoso. No mundo real, ele nunca poderia ser amigo de uma pessoa como ela.
Mas no hospital as regras são diferentes. Uma batida na parede do seu quarto se transforma em uma amizade surpreendente. Será que Mia precisa de Zac? Será que Zac precisa de Mia? Será que eles precisam tanto um do outro? Contada sob a perspectiva de ambos, Zac e Mia é a história tocante de dois adolescentes comuns em circunstâncias extraordinárias.

 
    Zac Meier é um garoto de 17 anos que está no quarto 1 da ala 7G do hospital, fazendo o tratamento contra a leucemia. Seus vizinhos de quarto, até agora, foram idosos desinteressantes. No entanto, no seu vigésimo dia, faltando 15 dias para ele receber alta, uma novata se instala no quarto 2, ao seu lado.

“Nunca me alistei para essa guerra. A leucemia me convocou, essa filha da puta.” p. 51




    A vizinha é Mia, uma jovem que tem a mesma idade de Zac e está fazendo tratamento para um osteossarcoma localizado na perna. Para Zac, Mia é uma garota bonita, com um péssimo gosto musical e, acima de tudo, sortuda, pois suas chances de sobrevivência são ótimas.

“Merda, se eu fosse ela, não ficaria emburrado. As estatísticas dela são maravilhosas. Será que ela ainda não olhou no Google? Ela não sabe a sorte que tem? “Pare com isso”, eu quero dizer. “Você logo vai estar em casa. Ouça sua porcaria de música e conte os dias.”” p. 29




    Zac e Mia são pessoas completamente diferentes. Ela sempre quis ser diferente, mas, atualmente, só deseja ser uma garota normal. Já Zac, um menino muito doce, luta contra as estatísticas e inveja a menina que tem “apenas” um osteossarcoma. Mia esconde de todos seus amigos a condição em que se encontra e vê Zac como um possível confidente.

“Eles dizem que o câncer deixa você mais forte. Não deixa. Bagunça sua cabeça. Cria uma coceira que você não pode coçar e um coração que não para de doer.” p. 169




    As diferenças entre os dois não param por ai. Mia é popular e possui uma vida agitada, repleta e festas e curtição. No entanto, Mia se vê completamente sozinha quando sua aparência é prejudicada por conta do câncer. Sua relação com a mãe é muito ruim e ela sente muita raiva por estar doente. Enquanto isso, Zac segue sua vida de forma simples, cercado pela família e com o apoio incondicional da mãe, ele lida com o câncer de forma leve e com muito bom humor.

“São três da manhã. Sei que, ao redor do mundo, 1.484 pessoas vão receber nesta hora o diagnóstico de câncer. Quase cinte e cinco neste minuto.” p. 177

Como a história se passa na Austrália, o livro possui diversas notas de rodapé que explicam algumas menções feitas ao longo do texto e isso foi de grande ajuda. Zac é apaixonado pela lindíssima Emma Watson e a atriz é mencionada muitas vezes no livro.

“No mundo normal, “doente” quer dizer uma gripe. Uma dor de cabeça. Uma dor de garganta. Uma reclamação: estou de saco cheio disso. Ela me deixa doente. Mas em nosso mundo é outra coisa.” p. 250
   

    O livro é uma fusão de drama e humor. A narrativa é feita em primeira pessoa, ora por Zac, ora por Mia. A diagramação está ótima e a capa é linda e muito delicada. Infelizmente, o livro me entediou um pouco, pois o ritmo é muito lento. A história é muito singela e delicada, e as comparações com A Culpa é Das Estrelas são inevitáveis. Afinal, assim como acontece no livro de John Green, aqui temos o câncer como plano de fundo. 




Os personagens são reais e palpáveis, imperfeitos e com medos justificáveis. Além disso, é possível acompanhar o amadurecimento de Zac e Mia e isso foi realmente importante para o desenvolvimento da história. Enfim, o livro não é grandioso, mas, rende ótimas reflexões a partir de sua narrativa leve e despretensiosa.

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