9.12.15

[Resenha #713] No Escuro - Elizabeth Haynes @intrinseca


No Escuro
Elizabeth Haynes
ISBN: 978850572940
Ano: 2013
Páginas: 336
Editora: Intrínseca
Skoob
Classificação: 5 Estrelas.  Favorito.

Sinopse:
Catherine aproveitou a vida de solteira por tempo suficiente para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo... Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma por uma, todas se deixam conquistar por ele.
 Com o tempo, porém, o homem louro de olhos azuis, que parece o sonho de qualquer mulher, revela-se extremamente controlador e faz com que Catherine se sinta isolada.
Amedrontada pelo jeito cada vez mais estranho de Lee, Catherine tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela. Sentindo-se no escuro, ela planeja meticulosamente como escapar dele.
 Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade. Apesar de seu corpo estar curado, ela tornou-se uma pessoa bastante diferente. Obsessivo-compulsiva, vive com medo e insegura. Seu novo vizinho, Stuart Richardson, a incentiva a enfrentar seus temores. Com sua ajuda, Cathy começar a acreditar que ainda exista a chance de uma vida normal. Até que um telefonema inesperado muda tudo.



 Em No Escuro somos apresentados a frágil protagonista Catherine (Cathy) Bailey que anos atrás foi agredida por seu ex-companheiro, Lee, que a deixou com sequelas psicológicas. Ela adquiriu TOC e síndrome do pânico. A todo o momento ela imagina que Lee a está espionando mesmo sabendo que ele está preso pela agressão. Para sair de casa ela tem que fazer uma série de verificações, o que lhe toma muito do seu tempo. Tem que verificar incontáveis vezes os trincos das janelas, maçanetas e fechaduras do seu apartamento.

 É extremamente agonizante acompanhar o dia-a-dia da Cathy. Imaginar, pela visão dela, que há qualquer momento o Lee possa aparecer me deixou bastante apreensivo.


 Ele foi sentenciado a três anos pela agressão, onde ele disse que estava ajudando ela, e o júri nunca pode ouvir a parte de Cathy sobre o ocorrido pois ficou internada. Tendo em vista essa injustiça, e o medo do seu agressor voltar para terminar o que planejava, Cathy mudou de cidade. Foi fácil, pois seus pais morreram anos antes de conhecer Lee e ela não possuía nenhum parente para quem correr em busca de abrigo. Agora, ela está a quilômetros de distância do seu agressor e ele não tem como contatá-la, mesmo estando preso.



 Os capítulos são alternados com a Cathy da época em que está conhecendo Lee, onde acompanhamos a relação entre eles, e a atual, que sofre de TOC e pânico. Isso possibilita conhecer melhor a situação em que a protagonista viveu.

 Cathy se tornou uma pessoa extremamente reservada e é vista pelos colegas de trabalho como uma pessoa velha mesmo nem tendo chegado a casa dos 30. Claro que aparece alguém para atrapalhar os seus hábitos compulsivos e seu nome é Stuart, novo inquilino do apartamento acima do dela. Stuart é a pessoa que vai ajudá-la a superar, ou pelo menos minimizar, os seus problemas emocionais. Mas isso fica difícil quando um dia, perto do Natal, ela recebe a notícia de que Lee será soltou e não há nenhum mandato judicial que o mantenha distante dela.


Será que Lee virá atrás de Cathy para continuar as agressões e perseguições? Ou ele mudou e decidiu levar uma vida humilde e medíocre? Cathy conseguirá superar o TOC e enterrar o seu agressor nas profundezas da sua mente? Ou entrará em crise novamente?
 Leia esse livro e descubra!

 Catherine foi uma personagem que muito me cativou. Eu senti suas dores e torci por sua melhora no decorrer de toda leitura. Quando lemos a obra aquele pensamento de que "ah, ela podia ter colocado um basta nisso dando um pontapé na bunda dele" é extinto, pois presenciamos realmente como é o dia-a-dia de uma mulher que é torturada pela pessoa que ama incondicionalmente e percebemos o quanto é difícil fugir.
 


É o segundo personagem chamado Lee que eu odeio com todas as minhas forças (o primeiro foi o Lee, da obra O Pacto). Ele é desprezível e sua mudança de personalidade na época em que estava conhecendo a Cathy me fez odiá-lo muito rapidamente. No começo ele foi o sonho de consumo de muitas mulheres, e alguns gays, mas no decorrer da história transformou-se no pesadelo de qualquer pessoa.

Stuart é um personagem querido e fofo. É muito lindo vê-lo tentando ajudar Cathy. Não tenho nada a reclamar sobre.


A autora Haynes tem uma escrita muito fluida que te prende de uma maneira surpreendente. Você luta para não devorar o livro e desfrutar, ao máximo, a história.
 


O livro tem folhas amareladas, os capítulos são curtos no formato de datas passadas e presentes, e a fonte das letras é pequena, o que pode deixar a leitura demasiada longa para algumas pessoas.

Foi uma surpresa poder ler esse livro. Não imaginei ser tocado tanto ao ponto de chorar pela protagonista. Com certeza lerei outras obras da Haynes. Recomendo a leitura dessa obra para todos aqueles que são contra as injustiças e agressões cometidas contra as mulheres!

 P. S. = o livro foi escrito para o desafio anual National Novel Writing Month (www.nanowrimo.org). Fiquei bastante surpreso e feliz com essa informação, pois já havia tentado participar de uma das edições anuais do site. Isso é um grande incentivo para quem busca escrever um livro. ^^

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