17.2.16

[Resenha #806] O Rouxinol – Kristin Hannah @editoraarqueiro


O Rouxinol
Kristin Hannah
ISBN-13: 9788580414677
ISBN-10: 8580414679
Ano: 2015
Páginas: 432
Editora: Arqueiro
Classificação: 5 estrelas
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Sinopse:
“Neste épico passado na França da Segunda Guerra, duas irmãs se afastam por discordarem sobre a ameaça de ocupação nazista. Com temperamentos e princípios divergentes, cada uma delas precisa encontrar o próprio caminho e enfrentar questões morais e escolhas de vida ou morte.” - Christina Baker Kline, autora de O trem dos órfãos França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes. Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva. Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.



    O Rouxinol é mais que um livro, é uma obra de arte. É difícil falar sobre um livro que mexeu tanto comigo, é difícil encontrar palavras que possam traduzir tudo o que eu senti enquanto lia O Rouxinol. Tudo o que eu posso dizer é: leia. Por favor, leiam O Rouxinol e eu garanto que, quando vocês virarem a última página, vocês não serão mais as mesmas pessoas que eram antes de ler.

“Se há uma coisa que aprendi nesta minha longa vida foi o seguinte: no amor, nós descobrimos quem desejamos ser; na guerra, descobrimos quem somos.” p. 7




    O livro conta a história de duas mulheres, duas irmãs, Isabelle e Vianne. Vianne é uma mulher comprometida com suas obrigações de esposa e mãe. Sua vida é tranquila, singela e feliz. Porém, quando seu marido é convocado para lutar na guerra, Vianne vê sua vida virar de cabeça para baixo.


“Por que era tão fácil para os homens fazer o que quiserem no mundo e tão difícil para as mulheres?” p. 43




    Para piorar, a casa de Vianne é requisitada por um soldado nazista. Com Beck aquartelado em sua casa, Vianne acaba tendo de colaborar com o inimigo para proteger sua filha, Sophie. Porém, Isabelle não concorda com isso e está sempre se revoltando com a presença do capitão Beck.

“Se o amor é uma doença, acho que fui contagiada.” p. 140


    Isabelle é jovem, linda e está decidida a fazer algo realmente significativo, quer ser lembrada e admirada. Apesar de parecer uma moça forte e independente, tudo o que Isabelle sempre quis foi se sentir amada. Rejeitada pelo pai e pela irmã, Isabelle sente que precisa encontrar seu lugar no mundo.


“Com todos os riscos que estavam correndo, talvez o amor fosse a escolha mais perigosa de todas.” p. 214


    O desejo revolucionário de Isabelle acaba fazendo com que ela se junte à Resistência. A partir daí, os destinos das duas irmãs se separam e nós, leitores, acompanharemos a luta dessas duas mulheres durante uma guerra de homens. À sua maneira, cada uma luta para alcançar o que parece inalcançável.

“Nós, os homens, talvez sejamos rápidos demais em apelar para as armas.” p. 247

    A narrativa, apesar de ser feita em terceira pessoa, é bastante introspectiva e sensível e faz com que o leitor se sinta na pele de cada uma das heroicas irmãs. O livro é denso, triste e comovente. A diagramação está muito boa, as letras são um pouco pequenas e os capítulos são médios.

“Era mais um golpe terrível naquela situação: elas não tinham tempo sequer para sofrer.” p. 251


    Por se tratar de um livro longo e com letras pequenas, a leitura pode se tornar um tanto quanto densa. Porém, esse é um livro para ser admirado e vivenciado. Portanto, leiam com paciência e dedicação. Eu encontrei alguns erros, mas, nada que comprometesse a leitura.

“... mas de que adianta a segurança para crescer em um mundo onde as pessoas desaparecem sem deixar vestígios por rezarem a um Deus diferente?” p. 253


    Como eu disse, não há palavras para descrever o quão sensacional é esse livro. Eu chorei muito, me sensibilizei, me senti triste e desolada, perdi minhas esperanças na humanidade e, em seguida, me senti plena e renovada, acreditando no amor e na bondade das pessoas. É um livro para refletir, sentir e amar.


“Sophie iria crescer já sabendo demais. Conhecendo o medo e a perda e, provavelmente, o ódio.” p. 259


    Eu amo livros que falam sobre a Segunda Guerra Mundial e sei que muitas pessoas também gostam da temática. Antes de ler, eu pensei que esse seria apenas mais um livro que teria como plano de fundo esse episódio tão triste da história da humanidade. Porém, eu estava completamente enganada. Esse não é apenas mais um livro. O Rouxinol é incrível e único.

“Essa guerra pôs todos nós em lugares onde não queremos estar.” p. 260


    Kristin Hannah fez um trabalho memorável e, além de nos dar um retrato realista e cruel da vida em tempos de guerra, ela ainda nos proporcionou uma reflexão profunda e tocante sobre o papel das mulheres na sociedade. O livro possui passagens desoladoras e outras encantadoras. O ser humano em sua pior forma é explorado de forma magistral pela autora. 


“Feridas cicatrizam. O amor perdura. Nós continuamos.” p. 425

3 comentários

  1. Que resenha apaixonante! Sinceramente nunca coloquei fé nessa autora, mas depois de tão belas palavras a tentação ficou grande. Adoro livros com temáticas fortes e apaixonantes! Um beijo!

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  2. Preciso desse livro! Já li outros livros dessa autora e gostei muito! Esse parece incrível, daquelas leituras que conquistam! bjs...

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  3. Parece ser um livro bem tocante.
    Não sei se conseguirei ler mas fiquei com vontade!

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