12.4.17

[Resenha #1189] Sally e a Maldição do Rubi - Um Mistério de Sally Lockhart - Philip Pullman @objetiva @cialetras


Sally e a Maldição do Rubi 
série Um Mistério de Sally Lockhart - #1
Philip Pullman
ISBN-10: 8539000016
ISBN-13: 9788539000012
Páginas: 216
Ano: 2009
Editora: Objetiva
Idioma: Português
Classificação: 3 estrelas
Skoob 
Compre: Submarino 
Sinopse: Sally Lockhart tem 16 anos, é órfã e acabou de matar um homem. Não com uma arma, apesar de estar com uma pistola e possuir a coragem de usá-la. Sally matou Sr. Higgs com apenas três palavras – "as Sete Bênçãos".
Ainda não sabe o significado delas, nem por que o colega de seu pai, desaparecido em alto mar, morreu de medo quando as ouviu. Sally sabe apenas que fará qualquer coisa, será qualquer coisa, dirá qualquer coisa para descobrir. Em busca de pistas, Sally se aventura no submundo sombrio da capital inglesa. Perseguida por vilões, esta mocinha intrépida acaba revelando dois mistérios, e descobre que ela mesma é a chave para ambos.
Ambientado em Londres, no tempo da rainha Vitória, quando o Reino Unido era o maior império do mundo, Sally e a maldição do rubi desvenda os segredos em torno de um uma joia banhada em sangue.




Resenha:

Sally tem apenas 16 anos, perdeu o pai há pouco tempo e está atrás de respostas após receber um bilhete misterioso vindo do último lugar onde seu pai esteve antes de morrer dentro de um barco que naufragou. Sua investigação começa na firma Lockhart & Selby Agentes Marítimos e lá ela acaba matando um senhor após dizer três palabras: AS SETE BÊNÇÃOS.


No decorrer dos capítulos, acompanhamos a trajetória de Sally que insistentemente continua a procurar respostas para suas perguntas, ela sente que algo de muito ruim a ronda e o desenrolar da história leva tudo a crer que seu pai não morreu por uma fatalidade natural.

De pistas em pistas, presenciamos a pequena Sherlock Holmes adentrar o mundo do contrabando de ópio em território inglês para tentar entender o envolvimento do pai no meu disso tudo.



Com uma sorte incrível, Sally concretiza amizades admiráveis! Quem me dera topar com pessoas tão caridosas e prestativas a ajudar, mas engana-se quem pensa que Sally vive um mar de rosas com tudo sendo desvendado. Uma vila está tramando sua morte, quer uma pedra poderosa que acredita ser sua por direito e não descansará até ver a vida esvair do corpo jovem de Sally.

Com certos acontecimentos de tirar o fôlego, Philip Pullman recria um Reino Unido no quase do final do século XIX e nos mostra que os governos podem e são corruptos, que nem um lugar vive alegremente e que o desemprego assola a vida das pessoas não abastadas.


Foi uma leitura agradável, esse foi o meu primeiro contato com o Pullman mas confesso ter esperado mais, queria cenas marcantes e algo que torna-se inesquecível essa leitura. Infelizmente, não tem.

Sally Lockhart é uma personagem que plantou em mim sentimentos contraditórios, em certos momentos amava suas atitudes mas em outros condenava por se colocar tão em perigo à toa.

Alguns dos personagens amigos da protagonista que me cativaram bastante foram Rosa, com sua vida de atriz, e seu irmão Frederick, com sua vida de fotográfo. Ambos foram dois anjos da guarda que entraram, de repente, na vida de Sally para lhe ajudar a sobreviver enquanto a maioridade não chegasse para administrar totalmente o testamento.

A forma como o autor trouxe reviravoltas no clímax me surpreendeu muito, mas não chegou a suplantar a vontade de ler algo incomum. É somente mais um livro policial recheado de mistério, mas voltado para o público juvenil.


A capa do livro é minimalista, proporciona um efeito legal ao ser fotografado. As páginas são amareladas, os capítulos e a fonte das letras são medianas, proporcionando uma leitura agradável e não prejudicial aos olhos.

Sem sombras de dúvida voltarei a ler Philip Pullman, mas não agora. Deixarei a curiosidade aflorar novamente para acompanhar as aventuras de Sally nos próximos volumes da série.

Quem gosta de aventuras bem estilo Sherlock Holmes, "Sally e a Maldição do Rubi" é uma boa pedida.

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