15.12.17

[Resenha #1365] Véu do Tempo - Claire R. McDougall @grupopensamento


Véu do Tempo
Claire R. McDougall
ISBN-13: 9788555390661
ISBN-10: 8555390664
Ano: 2017
Páginas: 368
Idioma: português 
Editora: Jangada
Skoob
Classificação: 3 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: A medicação para a epilepsia mantém Maggie num estado permanente de torpor, mas não consegue aliviar sua dor por ter perdido a filha em decorrência da mesma doença. Com o fim do seu casamento e o filho mais velho num colégio interno, Maggie se muda para uma casa de campo nas ruínas de Dunadd, o local histórico que um dia foi a sede da realeza da Escócia. Tudo muda em sua vida após uma convulsão, e Maggie desperta num vilarejo dentro dos muros de Dunadd do século VIII. Mesmo sem saber se isso realidade ou apenas uma alucinação causada pela doença, ela é atraída pela presença de Fergus, irmão do rei e pai de Illa, uma menina que tem uma semelhança impressionante com a sua falecida filha. Mas, com as demandas do presente chamando-a de volta, conseguirá Maggie deixar para trás o príncipe escocês que já a chama de meu amor?



Resenha:

Nossa protagonista Maggie perdeu sua filha e essa perda, combinada com sua própria epilepsia descontrolada, eventualmente levou ao fim de seu casamento. Seu filho mais velho está num internato. Completamente sozinha, Maggie decide que precisa de um tempo para si mesma, pois em breve ela terá que fazer uma Lobectomia, enquanto isso, ela se refugia nas ruínas de Dunadd, na Escócia.



Maggie fica bastante sozinha em Dunadd. Suas únicas interações reais parecem estar com seu gato e com seu vizinho semi-recluso, um viúvo mais velho que é uma fonte de informações históricas, já que ela começa a pesquisar para a sua tese sobre bruxas, druidas e sobre o povo que viveu ali 

As crises de epilepsia começam a agravar, e acaba por enviá-la para viagens temporárias de volta a Dunadd do século VIII. No início, Maggie acredita que tudo o que ela está vendo é um sonho. O que mais poderia ser? Mas acordando em uma Escócia diferente, encontrando pessoas vestidas de outra era - e depois ela fica atraída por Fergus - ela começa a acreditar que ela realmente está viajando no tempo. 

Fergus MacBrighde é o irmão do rei de Dunadd, e ele é viúvo e tem uma filha de oito anos, Illa, e nunca havia pensado em casar novamente, até conhecer Maggie, ambos ficam atraídos um pelo outro, e Maggie também se apega a filha dele, que se parece com a sua filha falecida, e ela acaba se apegando muito a eles, e a também ao povo do lugar. E com as interações com eles, Maggie aprende pouco a pouco sobre a vida do século VIII. E com tudo isso, Maggie já não quer mais voltar para o seu tempo, querendo permanecer ao lado de Fergus, e fará o que pode ficar lá, mas se não conseguir, pelo menos ela quer salvar o povo de Dunadd. 



Com sua cirurgia se aproximando rapidamente, o dilema de Maggie não é apenas decidir onde ela pertence, mas também o quanto ela deve dizer a Fergus sobre seu tempo e o que acontecerá. Então suas convulsões se tornam cada vez menos frequentes, mantendo-a em casa e longe de seu amor. Agora, o que dizer do final? Totalmente não funcionou para mim. Não gostei da decisão de Maggie. Se pelo menos, a autora escreve uma continuação, seria interessante de se ler. Mas, acho que a autora poderia ter feito um final melhor. 

As viagens no tempo foram fascinantes, e a autora incluiu muitos detalhes da cultura do século VIII. É uma época que muitas vezes não é descrita por romances históricos ou ficção em geral, e essa época é intrigante. A autora habilmente soube descrever também as paisagens de Dunnad e de seus arredores, o que permitiu ao leitor se sentir parte do cenário. O tópico subjacente da tese de Maggie sobre o tratamento das bruxas é um elo inteligente na compreensão do papel das mulheres e do papel dos Druídas em Dunadd. Os temas de religião, sexo e família são uma constante na narrativa. A posição das mulheres na sociedade não mudou, na realidade, para muitas mulheres em todo o mundo e, na referência de Maggie a sua própria educação cristã, vemos muitos paralelos com a nova vida que ela se encontra vivendo. A educação um tanto puritana de muitos escoceses de classe média é insinuada e é uma maneira de explicar as ações e as respostas de Maggie. 


Véu do Tempo é uma história completamente interessante, maravilhosamente bem trabalhada, só peca no final. Mas, gostei do romance de Maggie e Fergus, e foi realmente cativante ler a entrega e dedicação de Maggie de salvar um povo que ela pouco conhecia, mas que se apegou em pouco tempo. Pode ser comparada com Outlander, mas só em pequenos aspectos como por ter viagem no tempo, se passar na Escócia, e pelo fato da autora se concentrar em detalhes e cenários históricos exuberantes para um grande efeito, criando um cenário muito realista para sua história. No geral, foi um bom livro, e recomendo.

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