19.12.17

[Resenha #1379] A Época da Inocência - Edith Wharton @cialetras


A Época da Inocência
Edith Wharton
ISBN-13: 9788563560735
ISBN-10: 8563560735
Ano: 2013
Páginas: 416
Idioma: português 
Editora: Penguin-Companhia
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: No descompasso entre seus desígnios juvenis e as rígidas regras do Bom Gosto e do Bom Tom que balizam a velha Nova York no fim do século XIX, está o abastado advogado Newland Archer. Prestes a se casar com a inocente May Welland, ele conhece a prima de sua noiva, a condessa Olenska. Apaixonado por ela e exasperado pelas restrições do mundo a que pertence, Archer vagará em busca da verdadeira felicidade ao mesmo tempo que procura amadurecer, imerso nas tradições que se vê obrigado a seguir.



Resenha:

A Época da Inocência foi publicado em 1920, mas história se passa na Nova York de 1870. E temos o abastado advogado Newland Archer, prestes a se casar com a inocente May Welland, mas ele não estava muito satisfeito com isso. No entanto, seu mundo é jogado de cabeça para baixo pela sensacional chegada da prima de May Welland, a condessa Ellen Olenska. 

A condessa Olenska choca a aristocracia de Nova York com suas roupas reveladoras, modos despreocupados e rumores de adultério. A família da condessa, encabeçada pela poderosa Sra. Manson Mingott, optou por reintroduzi-la na boa sociedade, Newland e May acham necessário fazer amizade com ela. Mas, conforme Newland conhece melhor a condessa, ele começa a apreciar suas opiniões não convencionais sobre a sociedade de Nova York. Enquanto isso, ele fica cada vez mais desiludido com sua noiva. Ele começa a vê-la como o produto manufaturado de sua classe: educada, inocente e totalmente desprovida de opinião pessoal e senso de si mesmo.

A condessa logo anuncia sua intenção de se divorciar de seu marido. Enquanto Newland Archer apóia seu desejo de liberdade, ele se sente obrigado a agir em nome da família Mingott e tenta persuadir a condessa a permanecer casada. Na casa de um amigo perto de Hudson, Newland percebe que ele está apaixonado por ela. Ele sai abruptamente no dia seguinte para a Flórida, onde ele está com a noiva e seus pais, que estão lá em férias. Lá, ele pressiona a noiva para encurtar seu noivado, e a tranquiliza que ele esteja apaixonado por ela. Mas, de volta a Nova York, ele chama a condessa, e admite que ele está apaixonado por ela. Naquele momento, um telegrama chega, anunciando que seus pais adiantaram a data do casamento. Agora ele precisa escolher entre o que é tradicional e o que é novo, mas não aceito pela sociedade. O que será que ele vai escolher?


Esse livro é uma crítica sobre a sociedade da época. Newland Archer foi criado em um mundo onde os costumes e os códigos morais determinam como o indivíduo irá agir. Em muitos pontos ao longo do livro, Newland Archer e Olenska devem sacrificar seus desejos e opiniões para não prejudicar a ordem estabelecida pela sociedade. Um dos principais deveres do indivíduo é proteger a família e o casamento. Quando a condessa deseja recuperar sua liberdade divorciando-se de seu marido abusivo, ela é desencorajada por essa ação porque a família tem medo de fofocas desagradáveis. E, claro, a decisão da condessa e de Archer de não consumar seu amor baseia-se em grande parte no medo de machucar a família. Ostensivelmente, esse dever para com a família e para a sociedade garante que cada indivíduo se comportará de acordo com um código de moral rígido. No entanto, a autora é rápida para demonstrar o quão fácil é encontrar lacunas neste código. Outro temas é que as aparências raramente são sinônimas de realidades. A hipocrisia corre solta entre das famílias tradicionais. 

A Época da Inocência é um livro que se entende melhor quando você busca conhecer o contexto da época e até pela própria vida da autora. Esse livro ganhou o prêmio Pulitzer no ano de 1921. E é um clássico que todos deveriam ler. Recomendo. 


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