3.1.18

[Resenha #1414] O Teste do Marshmallow - Walter Mischel @edobjetiva


O Teste do Marshmallow
Por que a força de vontade é a chave do sucesso
Walter Mischel
ISBN-13: 9788547000097
ISBN-10: 8547000097
Ano: 2016
Páginas: 272
Idioma: português 
Editora: Objetiva
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: Uma criança recebe um marshmallow e uma instrução clara: pode comer o doce imediatamente ou esperar cinco minutos e comer dois doces. O que ela vai fazer? E o que sua decisão diz sobre seu comportamento no futuro?
Walter Mischel provou, com base em décadas de pesquisa, que a habilidade de adiar a gratificação é fundamental para uma vida de sucesso. Ela pode ser indicativa de melhor cognição, estilo de vida mais saudável e maior autoestima.
O Teste do Marshmallow explica a natureza da força de vontade, além de identificar os mecanismos mentais que possibilitam a sua aplicação na vida cotidiana, desde o controle de peso até o planejamento da aposentadoria. 



Resenha:

O Teste do Marshmallow foi criado por Walter Mischel nos anos 60, como uma forma de avaliar a capacidade das crianças de conseguirem se controlar durante alguns minutos diante de uma tentação. As crianças são colocadas em uma sala por conta própria e recebem um marshmallow. Um experimentador explica que se a criança esperar 15 minutos, eles receberão um total de dois marshmallows para comer. Se eles não esperam, eles receberão apenas um. Depois que o experimentador sair da sala, a criança é observada através de um espelho unidirecional ou gravada. Quanto mais tempo uma criança é capaz de esperar, maior a capacidade de atrasar a gratificação.

Em seu livro, Mischel analisa a correlação entre o resultado no teste aos 5 ou 6 anos com habilidades sociais e desempenho acadêmico mais tarde na vida. Os resultados mostram que as crianças que podem aguardar mais por dois marshmallows têm melhores habilidades sociais e maiores resultados nos exames acadêmicos. O livro fornece várias explicações para esse fenômeno, incluindo a possibilidade de o Teste do Marshmallow acessar características, como o controle da gratificação, que estão relacionados ao desenvolvimento de habilidades sociais positivas e desempenho bom nos estudos mais tarde.


O marshmallow não tem muita relevância para um brasileiro, pois não faria nenhuma crianças daqui salivar. Mas é uma das guloseimas preferidas dos americanos e tem sido usado há mais de 50 anos, como unidade de medida de força de vontade e de autocontrole. Aqui, para o Brasil, a sugestão que deixo fica para substituir por outro doce de que as crianças daqui iriam gostar mais. 

Para aqueles que procuram um guia passo-a-passo para melhorar o autocontrole e alcançar melhores notas, este não é o livro certo. Mischel discute conceitos teóricos e resume a pesquisa. Ele explica como fatores genéticos, ambientais e sociais podem afetar o autocontrole. Ele enfatiza que o autocontrole não é predeterminado ou universal em todas as áreas da vida de um indivíduo. Alguém que mostra um grande controle na academia pode se esforçar para mostrar esse mesmo nível de controle ao superar o problema de beber.



Felizmente, qualquer um pode aprender a atrasar a gratificação. As observações de Mischel revelaram que as pessoas podem estudar seus lapsos em autocontrole e desenvolver estratégias de desenvolvimento pessoal. A distração, por exemplo, pode afastar o foco de um lanche doce ou de um cigarro. A reavaliação cognitiva - na qual reinterpretamos nossa resposta emocional a algo - pode nos ajudar a pensar em nossa maior tentação como uma toxina em vez de um deleite. E imaginar como nosso eu futuro avaliará nossas decisões pode manter os desejos de curta visão sob controle.

O Teste do Marshmallow é um livro maravilhosamente rico em si mesmo, carregado de conselhos e pesquisas detalhadas. Mischel apresenta todas as suas conclusões com nuances, lembrando os leitores da grande variação no comportamento humano. Ele também reconhece que o lapso ocasional de autocontrole pode ser bom. A vida passada apenas trabalhando e esperando pode ser tão prejudicial quanto se gasto com cada recompensa ou vício. Ainda assim, na maioria dos casos, a ciência do autocontrole é clara: as coisas boas realmente vêm para aqueles que esperam.

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