5.1.18
[Resenha #1428] 28 Contos de John Cheever @cialetras
28 Contos de John Cheever
Coleção Listrada
John Cheever
ISBN-13: 9788535917734
ISBN-10: 853591773X
Ano: 2010
Páginas: 360
Idioma: português
Editora: Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: A obra de Cheever investiga aspectos à primeira vista específicos da vida americana de meados do século xx: a aridez espiritual dos subúrbios ricos e, concomitantemente, a possibilidade de transcendência do indivíduo numa sociedade cujo fundamento é a alienação. Colados à realidade, seus melhores contos soam como críticas inexoráveis do vazio de seus personagens, das vidas anódinas a que estão condenados. Ainda assim, em situações extremas, e por meio de rupturas líricas da narrativa realista, Cheever abre caminho para epifanias: a existência não seria só isolamento sem sentido; o amor, as relações familiares e a natureza, transformados pela arte, são motivo de alumbramento.
A consagração dos contos de Cheever serviu de alavanca para colocar a sua obra no cânone americano, na condição de clássico da literatura contemporânea. Daí Cheever ter sido rotulado de o Ovídio de Ossining (cidade onde viveu) e o Tchekhov americano.
Resenha:
28 contos de John Cheever, selecionados por Mario Sergio Conti, compõem um dos painéis mais complexos e pujantes da vida americana no período da Segunda Guerra e da Guerra Fria. Mas, o principal foco dos contos é a classe média, que ficava em suas casas confortáveis, indiferente aos perigos e da história a sua volta. São casais entendiados, viagens desastradas, vizinhos ruins, encontrosos ao acaso, divórcio, famílias problemáticas, entre outros.
Cheever escreve seus contos de forma aconchegante, e crian um cenário tão vívido e com personagens totalmente palpáveis.
No prefácio, diz que Cheever foi identificado com o que chamavam de “contos da New Yorker”. O termo previa um entretenimento suave, assim como queria o editor Harold Ross, com textos sem violência, sexo ou expressões chulas. Depois, o padrão New Yorker gerou desconfiança nas universidades e se torna sinônimo de concessão para um público conservador.
Em 1990, a New Yorker que havia publicado os contos de Cheever, deu início uma série de seis partes com os diários do autor. Eles mostravam um homem atormentado por um casamento infeliz que se debatia com a sua homossexualidade reprimida e com o seu alcoolismo.
No conto “Adeus, Meu Irmão” o autor fala da relação difícil de uma família com o filho problemático, refletindo assim os problemas que Cheever tinha com o irmão, também alcoólatra.
Cheever é referência chave para se compreender a literatura norte-americana contemporânea. Suas narrativas flagram invejas, epifanias e frustrações de gente comum. Esse livro é uma ótima oportunidade de conhecermos melhor sua obra. Recomendo.
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