15.1.18

[Resenha #1543] Suicidas - Raphael Montes @cialetras


Suicidas
Raphael Montes
ISBN-13: 9788535929447
ISBN-10: 8535929444
Ano: 2017
Páginas: 432
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 4 estrelas

Sinopse: O PRIMEIRO ROMANCE DO JOVEM AUTOR QUE SE FIRMOU COMO PRINCIPAL NOME DO NOVO SUSPENSE BRASILEIRO.
Antes que o mundo pudesse sonhar com o terrível jogo da baleia azul, que leva jovens a tirara própria vida, ou que a série de televisão 13 Reasons Why fosse lançada e set ornasse o sucesso que é hoje, Raphael Montes, então com 22 anos,já tratava do tema do suicídio entre jovens, com a ousadia que virou sua marca registrada. Em seu primeiro livro, que a Companhia das Letras agora relança acrescido de um novo capítulo, conhecemos a história de Alê e seus colegas, jovens da elite carioca encontra dos mortos no porão do sítio de um deles em condições misteriosas que indicam que os nove amigos participaram de um perigoso e fatídico jogo de roleta russa. Aos que ficaram, resta tentar descobrir o que teria levado aqueles adolescentes, aparentemente felizes e privilegiados, a tirar a própria vida. Para isso, contamos com os escritos deixados por Alê, um narrador nada confiável.



Resenha:

Eu já tinha pleno conhecimento do potencial das histórias do Raphael Montes. No entanto, mais uma vez, fui surpreendida. Suicidas é o romance de estreia do autor, mas não deixa nada a desejar em comparação às suas obras mais recentes. Assim como Jantar Secreto e Dias Perfeitos – ainda não tive a oportunidade de ler O Vilarejo – Suicidas é cheio de reviravoltas e plot twists – típicos do Montes – capazes de tirar o fôlego de qualquer leitor. 

Alessandro é um jovem estudante de direito, que almeja ser um escritor de sucesso e está disposto a coisas inimagináveis para conseguir o que deseja. Ele é amigo de infância de Zak, filho de grandes milionários cariocas. Suicidas trata dos acontecimentos que levaram nove jovens – Alessandro, Zak e mais sete amigos – a participarem de uma roleta-russa, um jogo em que todos os participantes cometem suicídio. Um ano depois do ocorrido, a polícia ainda investiga o caso, depois de encontrarem anotações feitas pelo Alessandro. O livro é conduzido em três linhas narrativas, uma que conta em detalhes os acontecimentos da roleta-russa, escrita pelo Alessandro; outra, que são anotações diárias, também feitas pelo Alessandro, em que somos apresentados aos outros personagens da história; e uma terceira, que se trata de uma reunião com as mães dos jovens, com o objetivo de tentar desvendar alguns mistérios acerca do caso Cyrille’s House.



Logo de início, no prólogo, o leitor já é impactado e instigado a continuar. Para mim, essa é uma das melhores e mais marcantes habilidades do autor. Os fatos são narrados com tanta destreza que dificilmente é possível prever o que vai acontecer em seguida. E claro, como é típico do Raphael, possui um tema ousado e carregado de cenas angustiantes – certas vezes eu me perguntei se conseguiria continuar, mas a tentação e curiosidade foram maiores que qualquer atrocidade. Já o final da trama, como é de se esperar, mostra-se totalmente surpreendente. Não vou revelar detalhes, pois acredito que o leitor deve apreciar cada detalhe seguindo o fluxo da história. 
“Sou curioso. Assim como você leitor, que percorre com avidez estas linhas, eu queria saber exatamente o que ia acontecer. Por mais macabro que fosse. Por mais louco. E não me importo. Não se importe você também. Ninguém está olhando… Ninguém vai nos condenar por estes segundinhos de sordidez.”
Mesmo já sendo um artista completo desde o início da sua carreira, a escrita do Raphael Montes evoluiu bastante. Fico em completo estado de ansiedade e êxtase para conhecer suas próximas obras.

O principal ponto negativo de Suicidas, foi a quebra de ritmo na história, quando as mães estavam reunidas para discutir cada passagem do livro deixado por Alessandro, narrando a roleta-russa. Além disso, achei que alguns detalhes ficaram muito “soltos”, mas nada que atrapalhasse a leitura. 

A editora fez um ótimo trabalho nesta edição. A diagramação está perfeita, a capa está linda, e em resumo, a obra está nota 10. 




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