15.1.18

[Resenha #1544] A Rebelde do Deserto - Alwyn Hamilton @EditoraSeguinte @cialetras


A Rebelde do Deserto
A Rebelde do Deserto # 1
Alwyn Hamilton
ISBN-13: 9788565765992
ISBN-10: 8565765997
Ano: 2016
Páginas: 283
Idioma: português 
Editora: Seguinte
Skoob
Classificação: 5 estrelas

Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. 
Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. 
Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.



Resenha:

A Rebelde do Deserto é uma fantasia que se passa no deserto e isso já foi motivo suficiente para eu querer ler o livro, já que o deserto não costuma ser plano de fundo de muitos livros. Porém, o que realmente me convenceu foi saber que o livro é protagonizado por uma mulher que está lutando por direitos em uma sociedade patriarcal e opressora.

Amani Al’Hiza é tudo o que esperamos de uma protagonista, forte, determinada e que possui um talento nada convencional: ela atira surpreendentemente bem. Nossa protagonista tem 16 anos e mora com os tios desde que sua mãe morreu. Morando em Vila da Poeira, Amani sonha em ir para Izman, a capital de Miraji, onde imagina que terá uma vida melhor, longe da tia carrasca, das primas maldosas e do tio que está cogitando tomá-la como esposa e, assim, “colocá-la nos eixos na marra”. Vale mencionar que nessa sociedade os homens podem ter várias esposas.

O sonho de ir para Izman surgiu quando sua mãe ainda estava viva e sua tia mandava cartas de lá contando sobre as riquezas e possibilidades da capital. Por isso, Izman acaba se tornando uma esperança para Amani, já que é o único lugar fora de Vila da Poeira sobre o qual Amani sabe alguma coisa.
“A única coisa de que eu gostava na Vila da Poeira era o enorme espaço ao redor dela. Indo além das casas sem graça de madeira, dava para correr por horas sem encontrar nada além de arbustos e areia. Agora eu me ressentia de como a cidade era longe de qualquer outra coisa. Mas quando eu era mais nova, correr para longe era o bastante. Tão longe que não conseguia ouvir meu pai xingando minha mãe, dizendo que al não passava de uma puta usada por um forasteiro, que não conseguia dar a ele um filho. Tão longe que ninguém conseguia enxergar uma garota com uma arma roubada, atirando até os dedos cansarem e a mira ficar boa o suficiente para acertar um copo na mão trêmula de um bêbado.” p. 37
Para conseguir o dinheiro de que precisa para fugir de Vila da Poeira, Amani se disfarça de homem e cavalga até uma cidade vizinha, Tiroteio, onde acontece um concurso de tiro em uma arena. Lá, Amani conhece um forasteiro que também possui grandes chances de ganhar o concurso. Algumas coisas acontecem, o caos se instala e Amani acaba tendo de sair fugida dessa arena e de mãos abanando. 

No dia seguinte, frustrada por não ter conseguido o dinheiro de que precisava, Amani retoma sua rotina normal, mas continua fazendo planos para sua fuga. Um reencontro inesperado e a chegada de uma criatura mágica em Vila da Poeira podem ser a passagem para Izman que ela precisava.
Paralelamente a isso, há uma rebelião acontecendo. O príncipe rebelde, Ahmed, filho do rei, quer tomar o trono do pai e todos aqueles que demonstram apoio a ele são punidos. 


O cenário em que a história se passa é um dos pontos fortes do livro e a autora soube explorar muito bem essa sociedade que mistura a cultura árabe com elementos de faroeste e um toque de fantasia. Amani é uma personagem completa, uma garota que, não satisfeita com aquilo que lhe foi oferecido, se arrisca para trilhar para si um caminho diferente.

Os personagens coadjuvantes do livro também são muito bem trabalhados. O livro me conquistou muito rapidamente, pois é muito original. Mais pro final do livro, a história acaba caindo em alguns clichês, mas, nada que tenha estragado a leitura.




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