Estamos Bem
Nina LaCour
ISBN-13: 9788592783341
ISBN-10: 8592783348
Ano: 2017
Páginas: 224
Idioma: português
Editora: Plataforma21
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Marin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o corpo de Mabel e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida. Nada se sabe sobre a verdade devastadora que destruiu sua vida. Agora, ela vive em um alojamento vazio e está sozinha no inverno de Nova York. Marin está à espera da visita de sua melhor amiga e do inevitável confronto com o passado. As palavras que nunca foram ditas finalmente se farão presentes para tirá-la das profundezas de sua solidão.
Resenha:
Marin fica devastada com a morte de seu avô, que a criou desde que sua mãe morreu quando Marin tinha três anos, e pai ela nunca teve ou conheceu, ela teve somente seu avô. Isso aconteceu durante o verão antes dela ir para a faculdade. Ela não quer falar com ninguém, especialmente com Mabel ou os pais dela, que sempre apoiaram Marin. Ela usa um pouco do dinheiro que seu avô havia economizado e voa para Nova York. Essencialmente desaparecendo de sua vida na Califórnia.
"Tentei sorrir, mas falhei. O problema da negação é que, quando a verdade chega, você não está pronta."
"O desconhecimento é um lugar escuro. É difícil se render a ele. Mas acho que é onde moro a maior parte do tempo. Acho que é onde todos nós vivemos, então talvez não precise ser tão solitário. Talvez eu consiga me acomodar, me aconchegar, construir um lar na incerteza"
Agora, Marian está sozinha em seu dormitório na faculdade de Nova York, só tentando sobreviver a cada dia seus fantasmas do seu último verão. Marian vai passar as férias de inverno no dormitório, mas está esperando pela visita de Mabel, que ela não falou. Ninguém sabe o que aconteceu com Marin nos últimos meses. Mas Mabel tem três dias para passar lá com ela antes que ela volte para casa.
"Sei que estou sempre sozinha, mesmo quando estou cercada de pessoas, então deixo o vazio entrar. "
“Eu me pergunto se tem uma corrente secreta que une as pessoas que perderam alguma coisa. Não da forma que todo mundo perde alguma coisa, mas da forma que destrói sua vida, te destrói, e quando você olha para o próprio rosto, não parece mais seu.”⠀
"Eu tinha afastado a dor. E a encontrara nos livros. Chorava pela ficção em vez de chorar pela verdade. A verdade era irrestrita, sem enfeites. Não havia linguagem poética nela, nem borboletas amarelas, nem inundações épicas. Não havia uma cidade presa embaixo d'água nem gerações de homens com o mesmo nome, destinados a repetir os mesmos erros. A verdade era ampla o bastante para se afogar nela."
O mistério desse livro é o motivo que fez Marin sair tão abruptamente de sua cidade. Por que ela recusou o apoio de seus amigos e foi morar tão longe. Esta informação é revelada em flashbacks, permitindo que a poderosa metáfora do clima contrastante com a psique devastada de Marin.
“A vida é fina e frágil como papel. Qualquer mudança repentina pode rasgá-la”.
É dezembro em Nova York. Há uma tempestade de inverno prevista, e a atitude confusa de Marin com a neve reflete seu senso de deslocamento e alienação. Tudo sobre esta vida parece surreal - faculdade, pessoas estranhas, a cidade grande e o frio.
Nos capítulos que se passam na Califórnia, podemos sentir o calor, segurança, proteção. Mesmo que a antiga vida familiar de Marin seja estranha, também é maravilhosamente familiar. A vida com seu avô tem o seu ritmo natural de dia-a-dia, e Mabel é uma presença constante. Elas são melhores amigas, confidentes, e os pais de Mabel tratam Marin como se fosse da família.
O sofrimento de Marin é profundo. Mas percebemos que é mais do que apenas a morte de de seu avô; É o que ela descobre sobre sua vida que a sacode. A autora nos mantém no escuro sobre esses fatos por grande parte da história, até que Marin esteja pronta para revelá-los. A autora nos faz sentir cada tristeza de Marin, mas quando ela confronta a confusão de Mabel, também vemos como sua perspectiva muda, como ela vê as conseqüências de seu desaparecimento e como ela tenta entender seus erros. O título é usado poderosamente para retratar uma verdade que esperamos seja real.
Esta é uma leitura imersiva. Você se afoga na tristeza de Marin, você respira a felicidade do verão. Nas últimas páginas, você pode estar chorando e rindo simultaneamente. Mas eu desafio você a ter terminado este livro sem ter sentindo alguma coisa. É uma experiência tão forte de emoções. As idéias e as mudanças de Marin são claras e verdadeiras. Ela ficará bem.
Com uma bela escrita e uma história que fará com que você sinta as emoções do fundo do seu coração, "Estamos Bem" se passa durante um período de três dias - três dias com as mesmas duas personagens, resolvendo um conflito que as deixaram devastadas em seus próprios caminhos.
Este é um livro que se desenrola com bastante rapidez, o li em apenas poucas horas. A autora dividiu os capítulos entre passado e presente. Foi divertido e doloroso ver como os eventos do passado afetaram diretamente os eventos do futuro, além de conectar a linha de tempo de Marin. A história entre Marin e Mabel é uma bela - uma de história de auto descoberta e primeiro amor, e você pode sentir o quão reais são seus sentimentos uma com a outra.
Toda a atmosfera que a autora criou foi incrivelmente fácil de se perder e me relacionei com todo o sentimento de isolamento e depressão, por eu mesma já ter passado pela perda de alguém que eu amava. Por ser apenas as duas personagens juntas, elas foram obrigadas a finalmente confrontar seu passado e tentar fazer as coisas bem entre elas novamente. Tudo sobre este livro foi incrível, mas a escrita levou foi incrível com a suas descrições cativantes e adorável personagem principal, Marin. Do início ao fim, a escrita me atraiu e me fez engatar, e é facilmente o destaque deste livro.
"Estamos Bem" é um livro lindo que explora o sofrimento, o amor, a família e o perdão. O que eu mais amei sobre isso foi como a autora mostrou a mudança de dinâmica dos relacionamentos de uma forma que foi doloroso por às vezes, mas real e contada com tanta empatia possível.
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