31.3.18

[Resenha #1596] Amor em Manhattan - Sarah Morgan @harlequinbrasil


Amor em Manhattan
Para Nova York, com amor # 1
Sarah Morgan
ISBN-13: 9788539825394
ISBN-10: 8539825392
Ano: 2018
Páginas: 384
Idioma: português 
Editora: Harlequin Brasil
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Um romance brilhante sobre três amigas que decidem abraçar a vida – e o amor – em Nova York. Calma, competente e organizada, Paige Walker adora um desafio. Depois de passar a infância em hospitais, ela quer mais do que tudo provar seu valor – e que lugar pode ser melhor para começar sua grande aventura do que Nova York? Mas quando ela perde seu emprego dos sonhos, Paige vai descobrir que o maior desafio será ser sua própria chefe! Só que abrir sua própria empresa de organização de eventos e concierge não é nada comparado a esconder sua paixonite por Jake Romano, o melhor amigo do seu irmão e o solteiro mais cobiçado de Manhattan. Mas quando Jake faz uma excelente proposta para a empresa de Paige, a química entre eles acaba se tornando incontrolável. Será que é possível convencer o homem que não confia em ninguém a apostar em um feliz para sempre? O primeiro livro da série para 'Nova York, com amor' traz um enredo empolgante e divertido, com personagens superando situações inusitadas em busca do seu final feliz.

Resenha:

Em Amor em Manhattan, da autora Sarah Morgan, conhecemos três melhores amigas: Paige, Eva e Frankie. Elas saíram da Ilha Puffin, um lugar sem muitos acontecimentos, para perseguir os sonhos em Manhattan. Tudo estava caminhando conforme o planejado: elas moravam e trabalhavam juntas. Paige Walker, em particular, estava ansiosa com a expectativa de ser promovida. O problema surge quando elas são demitidas da Estrela Eventos, que se esqueceu de valorizar o trabalho árduo de cada uma. 


“Nova York devia ser a cidade mais empolgante do mundo. E ela amava aquela vitalidade, as promessas, o ritmo.” (pág. 7)
“Sou independente e me orgulho disso. Ganho meu próprio dinheiro e não preciso ficar dando satisfação a ninguém. Ser solteira é uma escolha, não uma doença.” (pág. 12)
“(...) o amor, na sua opinião, era a maior loteria do mundo e o único risco que ele não estava disposto a assumir.” (pág. 31)
“Você é muito controladora. Planeja sua vida passo a passo, mas às vezes precisa deixar ela acontecer por si própria. Toda mudança preocupa e dá medo, mas você precisa superar isso. Assuma os riscos. Eles podem ser divertidos.” (pág. 42)
“Todos temos motivos para ser como somos.” (pág. 44)
“Você evita os riscos demais. Você se apega ao controle como um alpinista se agarra à montanha.” (pág. 45)
Com todo o desalento provocado pelo desemprego, Paige e as amigas realmente não sabem o que fazer. Jake Romano, o melhor amigo de seu irmão, a aconselha a abrir sua própria empresa de eventos. Inicialmente, Paige fica com receio dessa ideia. Não só porque era arriscado entrar no mercado apenas com suas melhores amigas, mas porque o conselho estava vindo de Jake. Ele não era apenas o sonho de toda a mulher de Manhattan, mas também era milionário, especialista em segurança cibernética e Marketing Digital, e sua antiga paixão. Infelizmente, Jake a havia dispensado e, desde então, Paige tenta evitar maiores contatos com ele. 
“Empregos vêm e vão. Segurança quem faz é você mesma, com seus talentos e suas habilidades.” (pág. 51)
“E lembre: mesmo que uma estrada seja cansativa e esburacada, não significa que você tenha que parar de caminhar.” (pág. 67)
“O sucesso não ensina nada; o fracasso ensina resiliência. Você aprende a se recompor e tentar de novo.” (pág. 76)
“Ser romântica não é uma doença e, mesmo que fosse, eu ia querer ser curada.” (pág. 108)
“Acho que você nunca viu um final feliz de perto, é difícil acreditar que existam de verdade.” (pág. 154)
Só que entrar nessa empreitada pode trazer muitas dores de cabeça. Não só para conseguir clientes e dar conta do trabalho ao lado de Eva e Frankie, mas porque criar a própria empresa significa estar mais perto de Jake. Se não bastasse isso, antigos dramas ressurgem com mais força. Será que Paige conseguirá lutar contra o instinto de tocá-lo? E Jake? Será que aguenta ficar tão próximo da mulher que um dia rejeitou?

“Meu novo hobby é tirar o batom da sua boca.” (pág. 175)
“É assim que são feitos os sonhos: sedimentados em esperança.” (pág. 175)
“Às vezes acho que nos prendemos ao presente e não levantamos a cabeça para ver o que está acontecendo à nossa volta. Achamos que aquilo que sabemos é seguro, mas, muitas vezes, o desconhecido acaba sendo a melhor opção.” (pág. 223)
“(...) escolhas seguras se fundamentam em medo.” (pág. 224)
“Se deixarmos as grandes decisões para os homens, o mundo para de girar.” (pág. 248)
“Esperar um final feliz para todo o sempre é inverossímil.” (pág. 252)
“O amor era uma loteria. Às vezes se acertava. Às vezes não.” (pág. 254)
“A vida é feita de altos e baixos. De gargalhadas e de lágrimas.” (pág. 257) 
O livro não é apenas sobre amor e amizade, descrevê-lo dessa forma seria errado. Ele também é uma homenagem à Manhattan, distrito de Nova York (Estados Unidos), e todas as suas possibilidades. A autora exalta a área sempre que possível, principalmente com seus personagens citando lugares para comer, passear, dançar e fazer compras. Além de um romance, Amor em Manhattan também é um belo guia de tudo o que tem de mais bonito e prático por lá. 
Falando em personagens, eu diria que eles são o ponto forte do livro - bem construídos e com profundidade. A autora deixa claro o histórico de vida, a personalidade e as características físicas de cada um. Seus diálogos são grandes e demonstram o vocabulário rico de todos eles. Por conta disso, os personagens aparentam ser espertos e inteligentes (incluindo aqueles que não aparecem tanto). Assim, todo o livro gira em torno de experiências profissionais e amorosas. 

Os momentos entre Paige e Jake soltam faíscas das páginas. Não literalmente, é claro. A química que a autora criou entre os dois personagens é quase palpável. Fiquei imaginando a todo mundo os atores perfeitos que poderiam retratar o casal na televisão ou no cinema. Por favor, vamos fazer isso acontecer. Outro exemplo da excelente construção da relação entre personagens está nas três melhores amigas. Elas são bem entrosadas no âmbito pessoal, cada uma consegue dar excelentes conselhos de acordo com suas personalidades, e no âmbito profissional também, sendo que Eva consegue se dar bem com a gastronomia, e Frankie com a jardinagem. 


Por conta da romântica Eva, o livro é recheado com referências do cinema. Precisamente, das comédias românticas. Um momento em particular, que será o favorito dos leitores que vão torcer para Paige e Jake, reencena involuntariamente aquelas partes clichês de filmes desse gênero, como se o livro estivesse criando sua própria comédia romântica. Para quem gosta de cinema, essas referências são extremamente bem-vindas. 

O motivo para eu dar quatro estrelas para o livro está na Paige. Não em sua personalidade, pelo contrário, acredito que ela seja uma personagem incrível. O problema está no drama dela. Não consegui sentir nenhuma empatia. Compreendo que o passado de Page afetou a forma como ela vive, mas não comprei os problemas e dilemas que ela enfrenta. Em muitos momentos, Paige foi infantil e demonstrou que não sabe como a vida realmente pode ser difícil. 

Recomendo Amor em Manhattan para todo o leitor que queira ser levado para um lugar repleto de sonhos, possibilidades e recomeços. De brinde, o livro ainda tem um grupo de personagens experientes, criativos e que valorizam o poder da amizade. Aliás, ele também apresenta uma relação ardente que todo romance deveria ter.   




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