12.4.18

[Resenha #1605] Quando as Estrelas Caem - Meagan Spooner Amie Kaufman @MeaganSpooner @AmieKaufman @Novo_Conceito


Quando as Estrelas Caem
Estrelas Caem # 1
Meagan Spooner
Amie Kaufman
ISBN-13: 9788581635217
ISBN-10: 8581635210
Ano: 2018
Páginas: 416
Idioma: português 
Editora: Novo Conceito
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Tarver só tem 18 anos, mas já ocupa o posto de Major e foi condecorado como herói. Lilac é mimada e arrogante, e acha que o mundo existe somente para servi-la. A menina mais rica da galáxia e o guerreiro misterioso. Perdidos em um planeta abandonado, os únicos sobreviventes de um desastre que matou milhares de pessoas sabem que precisam aprender a conviver e não estão certos de que conseguirão voltar para casa um dia.Juntos, eles enfrentam aparições, vozes fantasmagóricas, coisas que desaparecem e a presença cada vez mais próxima da força desconhecida que ejetou do espaço a nave Icarus.Criando um vínculo que supera o clichê os opostos se atraem , Lilac e Tarver provam que a coragem e a lealdade podem ser muito maiores que o instinto de sobrevivência. Personagens que, de tão imperfeitos, nos fazem torcer por eles.Suspense arrebatador, amadurecimento e um desfecho eletrizante daquelas fantasias que nos cativam e fazem querer compartilhar a história com todo mundo... Quando as estrelas caem é apaixonante.



Resenha:

Quando as Estrelas Caem, das autoras Amie Kaufman e Meagan Spooner, conta a história de duas pessoas que se encontram ligadas da pior maneira possível. De um lado, o Major Tarver é considerado um herói de guerra sem classe, mas não quer toda a atenção que está recebendo a bordo da nave Icarus – que leva cinquenta mil pessoas pelo hiperespaço dimensional. Do outro lado, Lilac LaRoux é a garota herdeira das Indústrias LaRoux e, consequentemente, a garota mais rica a bordo da nave.
“Engraçado como eu era adulto o suficiente para beber aos dezesseis anos, mas, até mesmo dois anos depois, sou jovem demais para ser respeitado.” (pág. 15)
“Gostaria de confessar que o que digo e o que eu quero dizer nunca são a mesma coisa, porque não podem ser.” (pág. 46)
“Eu posso estar de volta ao meu mundo, mas ela está fora do dela. Essa é a uma sensação que conheço bem o bastante.” (pág. 60)
“A nave do meu pai está em ruínas. Eu a vi cair do céu. Quantas almas caíram junto com ela? Quantos não conseguiram lançar as suas cápsulas?” (pág. 69)
“Sem sombra de dúvida, Lilac LaRoux salvou as nossas vidas. Isso é um pouco duro de engolir.” (pág. 79)
“Será que mais alguém sobreviveu? Será que alguma das cápsulas de escape soltou-se da Icarus antes que ela atingisse a atmosfera?” (pág. 80)
“Eu prefiro criar a minha própria esperança.” (pág. 92)
Depois de dois embates não muito agradáveis, os dois se encontram juntos novamente em uma cápsula de escape. Ao que tudo indica, a neve foi puxada antes da hora do hiperespaço, caindo na atmosfera, e os dois aterrissam em um planeta desconhecido. Lilac e Tarver, aparentemente, são os únicos sobreviventes desse terrível acidente. 


Eles precisam deixar as diferenças de lado para tentar encontrar o caminho para casa, descobrir se alguma coisa ou pessoa pode ser salva dos destroços da Icarus e procurar formas de sobreviver em um planeta coberto por florestas e planícies. E, mais do que tudo isso, Lilac e Tarver precisam estar juntos para enfrentar outros perigos que os esperam. 
“Não se menciona a morte quando ela está pairando perto de alguém que a gente ama. Não se deseja atrair a atenção do ceifador.” (pág. 101)
“Eu costumava pensar que o meu nome sempre me manteria em segurança. Que essas duas palavras, Lilac LaRoux, seriam a única senha de que eu precisaria, não importando onde eu fosse parar.” (pág. 111)
“Quando Lilac sorri, parece alguém que eu poderia conhecer. Nós dois precisamos disso.” (pág. 130)
“Ele precisa que eu me mexa, e, para seguir em frente, é necessário que ele me mantenha sã.” (pág. 141)
“O que isso diz do quanto eu mudei? O fato de eu sentir mais pela perda de uma minúscula flor do que pela perda do meu vestido?” (pág. 153)
“Ela já teve mais doses de realidade desde que caímos aqui do que no resto de sua vida.” (pág. 168)
“Fui treinado para fechar a minha mente de modo a mantê-la em funcionamento. Fui treinado para continuar em movimento.” (pág. 174)
A narração em primeira pessoa é realizada por Lilac e Tarver. É uma escrita tão imersiva que torna a leitura instigante. Você não consegue parar, mas quando precisa dar um tempo, fica com vontade de voltar a ler. É um vício que não tem volta. Se agora eu pudesse escolher apenas uma obra para levar a uma ilha deserta, com toda a certeza do mundo seria Quando as Estrelas Caem. 
“Esta nave não é um labirinto – é um túmulo.” (pág. 210)
“Este mundo não contém tantas coisas assim. Nem coisas, nem outras pessoas, nenhuma ideia, nenhuma esperança. Apenas ela.” (pág. 215)
“Você não é culpada por alguém amar você.” (pág. 252)
“Quando se tem tão pouco a perder, até mesmo a menor das perdas parece um golpe no corpo.” (pág. 304)
“Como se vive de novo quando se sabe o que o espera no fim?” (pág. 312)
“Eu a escolho. Escolho qualquer que seja o mundo em que ela esteja.” (pág. 338)
Em todo o livro, entre um capítulo e outro, existe uma página com diálogos. É um interrogatório realizado com o Major Tarver. Pelas poucas informações que temos durante a leitura, essa conversa está no futuro, depois dos acontecimentos finais do livro. E o mais legal dessa investigação é que ela bate com o que acontece em cada capítulo, como se antecedesse o que estamos prestes a ler. 

Os mistérios e dúvidas que permeiam a história são o outro motivo para a leitura ser instigante. Por que a Icarus foi puxada para fora do hiperespaço dimensional? Qual é o planeta que eles aterrissaram? Será que alguém sobreviveu além dos dois? Por que a Lilac tem tanto medo do pai ficar sabendo que ela estava com o Major? Eles serão resgatados? Não se preocupe, grande parte dessas perguntas recebe suas respostas. E tudo é muito surpreendente, são surpresas atrás de surpresas. 

Durante a leitura, senti muitas coisas. Medo ligado às novas experiências que os dois compartilham; tristeza por toda a situação envolvendo as pessoas que estavam dentro da Icarus, e alegria ao ver como, de pouquinho em pouquinho, o gelo que plana entre os dois começa a quebrar. Posso citar alguns exemplos, como quando as autoras descrevem a queda da nave e os primeiros corpos que os dois encontram pelo caminho, e quando a Lilac sente a chuva pela primeira vez – sua reação é muito engraçada, já que ela estava acostumada com a manipulação do clima em sua terra de origem. 

Ainda sobre a leitura, pensei que as descrições de florestas, planícies e seus principais componentes fossem ser cansativas. Isso porque sempre tive experiências péssimas com livros que se passam em sua grande parte em lugares repletos de plantas, flores e vastidão verde. As descrições são detalhadas e desnecessárias, o que torna a leitura muito exaustiva. Aqui, as autoras fizeram uma ambientação imersiva e necessária, como comentei anteriormente, para entendermos a imensidão desse planeta desconhecido. As exposições são objetivas, super rápidas e na medida certa para a gente entender os caminhos que eles fazem. 


Os dois personagens, Lilac e Tarver, são o sonho de todo leitor: gostamos de protagonistas profundos. Eles são bem construídos, sendo que cada um altera sua personalidade e modo de agir por conta de todas as situações que enfrenta. Lilac, por exemplo, é apenas mais uma garota que tem tudo e não tem nada. Nossa primeira impressão é que ela é mimada, filhinha de papai e etc. Aos poucos ela demonstra que é muito mais do que as aparências apontam, e seus conhecimentos e pensamentos rápidos são notáveis. Ao fim da leitura, Lilac até parece outra personagem. 

Por fim, também adorei a construção do relacionamento dos dois. Por serem de lugares e culturas diferentes, existe aquele desprezo no começo, mas, com o tempo, enquanto eles vão se conhecendo em uma situação peculiar, os dois começam a criar uma forte ligação que vai muito além da questão de sobrevivência, mas também algo mais íntimo e novo, uma coisa que eles nunca experimentaram antes. 

Quando as Estrelas Caem é eletrizante, instigante e incrivelmente apaixonante. Recomendo para todos os leitores que esperam um livro repleto de surpresas, um romance belamente construído e uma aventura épica. Se você o leu, por favor, recomende para todas as pessoas que existem. O mundo precisa ficar sabendo das descobertas realizadas por Lilac LaRoux e Tarver Merendsen.  




2 comentários

  1. Não vejo a hora de ler esse livro!

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  2. Começando a ler, mais já sinto que o livro é daqueles que viciam, sofri para parar de ler, estou gostando bastante da escrita das autoras que até então não conhecia, na página 50 e não vejo a hora de conhecer mais sobre essa história.

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