16.4.18

[Resenha #1608] O Enigma de Blackthorn - Kevin Sands @EditoraLeya @kevinsandsbooks


O Enigma de Blackthorn
Christopher Rowe # 1
Kevin Sands
ISBN-13: 9788544102978
ISBN-10: 8544102972
Ano: 2017
Páginas: 352
Idioma: português 
Editora: Leya
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Após uma série de assassinatos, um aprendiz de boticário precisa solucionar enigmas e decifrar códigos na busca por um segredo que pode destruir o mundo.Poções, quebra-cabeças e uma ou outra explosão. Tudo isso pode acontecer em um dia normal de trabalho do jovem Christopher Rowe, aprendiz de boticário. Mas o que ele não sabe, e logo vai perceber, é que este é um péssimo momento para ser assistente de Benedict Blackthorn. Uma série de assassinatos abala Londres, e Christopher está na mira. Seus únicos aliados são seus melhores amigos. Suas únicas pistas são uma mensagem codificada sobre o projeto mais perigoso de seu mestre, e um aviso criptografado: “Não conte a ninguém!”. Agora, resta a ele desvendar o código e descobrir o segredo que pode destruir a humanidade. Ou se tornar a próxima vítima.Uma história que faz perder o fôlego, repleta de suspense, mistério, e personagens inesquecíveis.



Resenha:

Não tem nada pior do que ler um livro com tempo para acabar em mente, isso acontece, as vezes temos metas pessoais a cumprir e nos colocamos nessas ciladas, mas também não tem nada mais gostoso do que devorar um livro rápido e nem se dar conta das suas páginas. O Enigma de Blackthorn, escrito pelo autor Kevin Sands, publicado pela editora Leya, é um destes livros que devoramos sem perceber!



Christopher Rowe é um aprendiz de boticário, por três anos ele tem aprendido com seu mestre não só o ofício de criar poções como também a resolver enigmas e códigos complexos. Mas uma misteriosa seita ameaça os boticários de Londres, o rastro de mortes chega muito próximo a botica Blackthorn, e Christopher terá que usar seus dons e habilidades para descobrir o grande segredo por trás destes assassinatos.

Sands foi muito feliz em sua narrativa em primeira pessoa através de Rowe, tudo se desenvolve de maneira muito rápida e inteligente, e a leitura passa muito ligeira sem esforço. O mistério e as maneiras como ele se esconde através de pistas e enigmas também ajudam a prender a atenção, e fazer com que a leitura nos prenda e também querer chegar logo ao fim. Mas essa mesma característica que fez tudo fluir bem acabou pecando ao seu final. Sim o desfecho acontece e nele faltam dados para explicar como o jovem conseguiu chegar a suas conclusões de quem era o mentor dos assassinatos.





Christopher é órfão, viveu até os onze anos fugindo de tapas e trabalhando na cozinha do orfanato até ser aceito pela guilda dos boticários, e ir trabalhar com o mestre Blackthorn. Muito esperto e inteligente ele aprende rápido o que seu mestre o ensina, além daquilo que não é dito ou proibido. É essa perspicácia que o ajuda a sobreviver e desvendar o mistério. Por ainda ser jovem ele ainda não teme de forma muito realista por sua vida, apenas quer desvendar o mistério que lhe foi confiado. 

Seu melhor amigo, Tom, é filho de um padeiro, e é seu fiel escudeiro em todas suas aventuras, mesmo depois que ele fica com sua cabeça a prêmio. A lealdade entre os meninos é muito legal, e é a partir das divagações de Tom que Rowe acaba conseguindo chegar a muitas conclusões, além de suas ajudas factuais.




O Mestre de Rowe tem breve atuação, e lamento por isso, porque adoro personagens sábios e mais velhos que tem muito a transmitir. Gostaria muito que ele tivesse tido mais espaço, embora ele acabe por aparecer indiretamente durante todo o livro. E temos até uma personagem pomba, Bridget, é uma das pombas que moram na casa de Rowe e que parece sempre aparecer para ajudar o garoto. 

Os demais boticários e aprendizes que aparecem não ficam tempo suficiente para nos apegarmos a nenhum deles, seja positivamente ou negativamente. A narrativa é bem focada em Christopher e Tom, e claro a todo o enigma que é o carro chefe do enredo.

A edição da Leya está bem interessante, com muitos símbolos em toda parte, ficou bem bonita. Durante a narrativa os enigmas que aparecem através de símbolos também aparecem desenhados, isso nos aproxima do mistério, e nos convida a desvendá-lo junto com Christopher.


Ainda há muita estória a ser explorada neste universo na Londres do século 17, com seu realismo dos dias medievais e seus humores para descrever doenças, mas com um pequeno toque fantástico quanto a arte desenvolvida pelos boticários e alquimistas. E de fato a estória continua com mais dois livros lançados Mark of the Plague e The Assassin's Curse lançado esse ano lá fora. Espero que os livros não demorem a serem lançados por aqui!

O Enigma de Blackthorn é um infanto-juvenil muito gostoso de ler, feito com muitos detalhes e com um excelente ritmo. Surpreende na sua franqueza e no seu universo tão colado ao real. É divertido, é misterioso e nos impede de largar até que o fim se descortine. 

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