2.11.17

[Resenha #1321] As primeiras vítimas de Hitler - Timothy W. Ryback @cialetras



As Primeiras Vítimas de Hitler
A Busca Pela Justiça
Timothy W. Ryback
ISBN-13: 9788535929003
ISBN-10: 8535929002
Ano: 2017
Páginas: 336
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 3 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: Combinando uma extensa pesquisa historiográfica a uma narrativa em ritmo de thriller, Timothy W. Ryback conta em As primeiras vítimas de Hitler a impressionante história de Josef Hartinger, um jovem promotor alemão que lutou para esclarecer a controversa morte de quatro jovens judeus inocentes no campo de concentração de Dachau, a poucos quilômetros de Munique, em abril de 1933. O caso, que teria sido uma reação dos guardas a uma suposta fuga, já indicava os primeiros sinais do projeto brutal de extermínio que marcaria o regime de Adolf Hitler e que encontraria em Hartinger um dos primeiros opositores a arriscar a própria vida e a carreira em busca de justiça.
Resenha:

Diferente de os outros livros que li sobre a segunda guerra mundial e o holocausto, em “As primeiras vítimas de Hitler” Timothy W. Ryback nos apresenta aos primórdios do holocausto, e informa sobre os primeiros judeus que foram mortos em Dachau, o primeiro campo de concentração construído pelos nazistas.



Timothy nos apresenta uma série de provas jurídicas obtidas pelo promotor Hartinger acerca dos assassinatos em Dachau; naquele ano de 1933, Hitler ocupava o cargo de Chanceler, e os membros da SS eram obrigados a reportar qualquer tipo de morte que acontecia no campo de Dachau, a poucos quilômetros de Munique, às autoridades locais, uma delas o promotor Hartinger.
“ Também me vi obrigado a incluir em minhas considerações o fato de que todos os baleados eram judeus” pág. 39
A primeira comunicação de assassinato que chegou para o promotor, foi de quatro homens, judeus, que foram mortos a tiros em Dachau devido a uma tentativa de fuga. Quando ele se encaminhou para o campo com o médico legista, viu que a história não era bem assim; os tiros foram disparados à uma curta distância, incompatível com a história relatada pelos nazistas. A partir desses casos, Hartinger começou a acompanhar os assassinatos cada vez mais frequentes no novo campo com uma certa desconfiança.
“ Himmler ordenou a transferência de quarenta detidos em “custódia preventiva” da prisão de Landsberg para Dachau, e realizou uma coletiva de imprensa para anunciar a abertura do primeiro ‘campo de concentração’ da Baviera”. Pág. 104
Com o passar dos meses os nazistas encaminhavam a Dachau mais prisioneiros políticos, considerados comunistas, em sua maioria judeus. Os assassinatos e torturas ficaram mais frequentes, os relatos dos SS eram os mais variados, porém, quase sempre mascarava a verdade assustadora que se passava naquele local. Hartinger continuou acompanhando os casos junto com o legista, e eles passaram a observar que muitas vezes os corpos eram manipulados para disfarçar a morte daquelas pessoas pelas mãos da cruel e fiel guarda nazista.







“ Um comentário crítico sobre Hitler ou seu novo governo era recebido como ‘Tome cuidado ou você vai acabar em Dachau”. Pág. 199
Hartinger juntou evidências para indiciar alguns desses membros, mas acabou enfrentando muita resistência para denúncia em uma nação que fechava os olhos para a realidade.

O livro traz muitas evidências desse início brutal de mortes em Dachau, e fornece ao leitor acesso as informações que foram relatadas nos documentos do promotor Hartinger, como também provenientes da memória e vivência dele.
“Hartinger demonstrou o potencial da coragem e da determinação pessoais em uma época de fracasso humano coletivo”. Pág. 234



A leitura traz informações bastante interessantes para os leitores que gostam de ler sobre o tema, informações que dificilmente serão encontradas em outros livros que abordam o assunto; e temos também a chance de saber como os campos começaram e como era a organização política na época em que Hitler tentava passar do cargo de chanceler para o de ditador com poder absoluto. A falta de diálogos, e muitas vezes a quantidade de informações jurídicas e políticas da época, tornou a leitura mais densa e arrastada para mim.


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