15.11.17

[Resenha #1330] Inverno de Praga - Madeleine Albright @edobjetiva @cialetras


Inverno de Praga
Uma História Pessoal de Recordação e Guerra, 1937-1948
Madeleine Albright
ISBN-13: 9788539005710
ISBN-10: 8539005719
Ano: 2014 
Páginas: 480
Idioma: português 
Editora: Objetiva
Classificação: 3 estrelas
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Sinopse:  Madeleine Albright escreveu uma história notável de aventura e paixão, tragédia e coragem, tendo como pano de fundo a Tchecoslováquia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fazê-lo, forneceu percepções novas de eventos que moldaram sua carreira e nos desafiam a pensar profundamente sobre os dilemas morais que surgem em nossas próprias vidas.Václav Havel, ex-presidente da República Tcheca.
Antes que Madeleine Albright completasse 12 anos, sua vida foi abalada pela invasão nazista da Tchecoslováquia o país onde nasceu , pela Batalha da Inglaterra, pela destruição quase total das comunidades judaicas europeias, pela vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, pela ascensão do comunismo e pelo início da Guerra Fria. 
Em Inverno de Praga, a autora narra suas experiências e as de sua família durante os doze anos mais tumultuados da história moderna. Madeleine Albright reflete sobre a descoberta, muitos anos após o fim da guerra, da herança judaica de sua família; sobre a conturbada história de seu país natal; e sobre as escolhas morais que todos pertencentes à geração de seus pais tiveram de enfrentar. Inverno de Praga levará os leitores do castelo milenar na capital boêmia aos abrigos antibombas em Londres, da desolação do gueto de Terezín aos altos conselhos europeus e americanos. Ao mesmo tempo um livro de memórias extremamente pessoal e um incisivo trabalho de pesquisa, Inverno de Praga apresenta o passado através dos olhos de uma das mais fascinantes e respeitáveis figuras da política internacional dos dias atuais.




Resenha:

Madeleine Albright começa seu livro nos contanto que somente aos 59 anos, quando começou a servir como secretária norte americana descobriu a origem judaica de sua família; e através de um repórter do Washington post, em 1997 quando representou os estados unidos como embaixadora das nações unidas, soube que três dos seus avós e outros membros da família haviam morrido no holocausto.  A partir daí ele embarca em viagens em busca de evidências para recompor esse capítulo, até então oculto da sua família.






A autora começa a nos falar sobre a Tchecoslováquia, sua terra natal, na década de 1930. Como o país e seus líderes eram antes da Alemanha invadir, e os fatos que levaram a invasão alemã do país em 1939.
“ “Não é realmente horrível”, ele escreveu, “pensar que o destino de centenas de milhões depende de um homem, e que ele é meio louco? Vivo quebrando a cabeça para tentar descobrir um meio de evitar uma catástrofe” “ pág. 95
Na época da segunda guerra mundial, Madeleine e seus pais conseguiram vistos, devido a conexões e ao emprego do seu pai, e se refugiaram na Inglaterra, sua prima Dasa também conseguiu ir com eles; porém, seus avós, a maioria dos tios e primos não conseguiram ou não quiseram abandonar o país, e acabaram ficando numa Tchecoslováquia ocupada pelos partidários de Adolf Hitler. A história vai se desenrolando como a gente bem conhece, os nazistas começam a perseguir tanto os habitantes como os judeus que moravam no país, essa caçada e dominação dos nazistas levaram o presidente e os ministros ao exílio. 
“Àquela altura, o exército soviético havia penetrado, como um abutre, para devorar o leste da Polônia. Uma linha demarcatória separando as zonas alemã e russa foi traçada no meio do país. A Segunda Guerra Mundial havia começado”. Pág 140 



Temos a oportunidade de ler relatos sobre algumas memórias da autora de como a segunda guerra atingiu a Inglaterra, onde ela morava, e sobre as tão esperadas transmissões de rádio da BBC, das quais seu pai fazia parte. Também lemos o relato sobre seus familiares que foram transferidos para o gueto de Terezín, e lá eles se depararam com uma situação totalmente diferente do esperado: superlotação, fome, doenças contagiosas, e opressão. Alguns encontraram o fim da sua vida ali, outros foram transferidos para o campo de concentração de Auschwitz e lá suas vidas chegou ao fim através dos absurdos cometidos pelos nazistas, dentre eles as câmaras de gás.
“Bagagens por toda parte. Bagagens diante da comporta, nas plataformas, nos vagões. E todos possuem ridiculamente tão pouco, e mesmo isso provavelmente será retirado deles”. Pág 294
A parte dos relatos pessoais e até alguns relatos necessários sobre a situação da Tchecoslováquia foram bem enriquecedores no meu ponto de vista. Porém achei a leitura do meio para o final do livro muito lenta, isso porque a autora foca muito no aspecto político da Tchecoslováquia durante e principalmente após a guerra, como o pai dela foi ministro das relações exteriores após a guerra, ela teve acesso a muitos relatos e aspectos políticos, e coloca isso tudo no papel, deixando a leitura enfadonha e muito específica no meu ponto de vista. 


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