16.12.17

[Resenha #1368] A Montanha Mágica - Thomas Mann @cialetras


A Montanha Mágica
Thomas Mann
ISBN-13: 9788535928204
ISBN-10: 8535928200
Ano: 2016
Páginas: 848
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras
Skoob
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Sinopse: Neste clássico da literatura alemã, Mann renova a tradição do Bildungsroman — o romance de formação — a partir da trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp. Durante uma inesperada estadia de sete anos em um sanatório para tuberculosos nos Alpes suíços, Hans relaciona-se com uma miríade de personagens enfermos que encarnam os conflitos espirituais e ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Lidando com uma variedade de temas — estados doentios e corpóreos, a arte, o amor, a natureza do tempo e da morte —, este livro, publicado originalmente em 1924, é um dos grandes testamentos literários do século XX e uma das obras inesgotáveis da ficção ocidental.


Resenha:

 É preciso reconhecer quando uma leitura não está dando certo. É preciso ter coragem para fechar o livro, respirar fundo e recitar para si mesmo que você tentou mas que falhou, que o enredo em que você estava não lhe transmitia nenhum prazer naquele momento.

Não é de hoje que busco a disciplina ao ler um clássico. Afinal, não é somente um enredo, por trás tem todo um esquema de fatos históricos que marcam o seu momento de criação e as teorias que o autor segue ou seguia no momento em que expôs no papel o seu pensamento, o seu imaginário, a sua ficção.

Tentei encarar com o queixo erguido uma das obras mais cultuadas da literatura alemã e falhei.

 A Montanha Mágica não é de leitura rápida, não se senta à beira da janela e espera ler 50 páginas ou mais numa tarde só. Não é uma obra para leitores famigerados, mas para aqueles que buscam uma leitura gradativa e se não conseguir... Bom... Tem algo que não está te prendendo, você não está conseguindo se agarrar ao raciocínio do autor. E foi justamente nessa saia justa em que me vi ao percorrer arrastadamente folha por folha e cochilar com o livro aberto ainda nas mãos. Hans Castorp pode ter subido aquela montanha para visitar seu primo Joaquim Ziemssen, mas eu fiquei logo no começo da viagem, ainda no verão de Hamburgo.

 Com uma característica que ao meu ver pode empatar qualquer avanço em narrativa ficcional, Thomas Mann descreve todo território em que Hans passa seja para situar melhor o leitor das localidades ou para expressar somente a sua inteligência ao criar uma narrativa detalhista e convincente.


 Deixei a leitura em hiatus durante semanas para melhor raciocinar e reunir coragem para encarar novamente, mas as tentativas de voltar ao enredo foram falhas e confesso que não ajudou nada procurar resenhas e videos falando a respeito da obra. Sei que não devia ter feito isso, mas procurava algum detalhe para me agarrar como um naufrago e seguir em frente. Infelizmente, não encontrei nenhum bote ou madeira para me apoiar seja na blogsfera literária como no Youtube.

 Tenho que estar mais preparado e armado na próxima vez que tentar enfrentar esse calhamaço. Quem sabe uma leitura coletiva ajude a vencer as barreiras que no presente momento me são intransponíveis no enredo criado pelo Mann.

 Aos navegantes de primeira viagem um aviso: muito cuidado ao ler esse clássico. Esteja preparado, recomendo ter um dicionário online pelo lado e o tão famoso site de buscas google para tentar entender certos diálogos.

 É vergonhoso fazer essa resenha de desistência, mas é melhor do que fechar o livro e sair de fininho sem dar nenhuma justificativa. A MONTANHA MÁGICA, em outra época te enfrento!


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