30.12.17

[Resenha #1405] As Irmãs Romanov - Helen Rappaport @edobjetiva @cialetras


As Irmãs Romanov
A vida das filhas do último tsar
Helen Rappaport
ISBN-13: 9788547000004
ISBN-10: 8547000003
Ano: 2016 / Páginas: 544
Idioma: português 
Editora: Objetiva
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Amazon

Sinopse: "Ao longo dos anos, a história da brutal execução das quatro grã-duquesas Romanov turvou nossa impressão a respeito de quem elas realmente foram. Com frequência, são vistas como um belo mas insignificante detalhe na história dos pais, Nicolau e Alexandra, o último casal imperial da Rússia. A imagem que prevalece é a de que eram jovens adoráveis e donas de uma vida invejável, mas a verdade é bem diferente. As irmãs Romanov reconstrói a vida da última família imperial russa com ênfase na rotina de Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. A alegria e a insegurança dessas jovens princesas são retratadas aqui tendo como pano de fundo os derradeiros dias da ordem mundial vigente até o início do século XX."



Resenha:

No livro da autora Helen Rappaport, nós acompanhamos a história da família Romanov, mas principalmente das irmãs Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. Os Romanov foram a última família imperial antes da Rússia se tornar uma república, e com o início dessa revolução política, a família imperial corria um perigo eminente. 

O livro parte do casamento de Alexandra e Nicolau, segue com o nascimento dos seus filhos, até a queda da família. Apesar de serem de uma família nobre, as jovens Romanov não eram deslumbradas. Com uma mãe muito rígida, problemática e fanática religiosa, as meninas possuíam várias obrigações e deveres como grã-duquesas. Justamente por isso, as meninas se tornaram jovens muitos conscientes e até mesmo humildes. 

Podemos dizer que o foco desse livro é o de retratar as meninas Romanov na intimidade do seu lar, mostrar quais eram seus sonhos e como eram suas personalidades, o que a autora faz de forma incrível e fluída. Porém, justamente por focar tanto nas “pessoas”, o livro não mostra o cenário histórico do resto da Rússia, o que faz com que o leitor se apegue somente a família em si, e se esqueça das dificuldades que a população russa passava na época.

Alguns leitores em decorrência disso podem achar o livro “tendencioso”, como se a autora demonizasse a população e defendesse a família imperial a todo custo, mas ao retratar a história dessas meninas de forma tão intimista, até o leitor mais imparcial vai acabar se apegando à algumas das Romanov e torcer por elas, afinal, elas não mereciam o final trágico que tiveram.

Essa é uma leitura muito fluída e intimista, uma aula de história nem um pouco maçante. 


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