3.1.18
[Resenha #1417] Crianças Dinamarquesas - Jessica Joelle Alexander e Iben Dissing Sandahl @cialetras @Fontanar_BR
Crianças Dinamarquesas
O que as pessoas mais felizes do mundo sabem sobre criar filhos confiantes e capazes
Jessica Joelle Alexander e Iben Dissing Sandahl
ISBN-13: 9788584390533
ISBN-10: 8584390537
Ano: 2017
Páginas: 144
Idioma: português
Editora: Companhia Das Letras
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Por mais de quarenta anos, a população da Dinamarca tem sido eleita a mais feliz do mundo pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). Os dinamarqueses também foram considerados o povo mais feliz do mundo por todas as edições do Relatório Mundial da Felicidade, publicado pelas Nações Unidas. Qual seria, então, a fórmula desse sucesso? Depois de muita pesquisa, as autoras deste livro acreditam ter desvendado o segredo. E a resposta é bastante simples: toda essa felicidade vem da forma como os dinamarqueses são criados. A filosofia dinamarquesa de como educar os filhos gera resultados poderosos: crianças felizes, emocionalmente seguras e resilientes, que se tornam também adultos felizes, emocionalmente seguros e resilientes, e que reproduzem esse estilo de criação quando têm seus próprios filhos. Que tal, então, conhecer melhor esses costumes, atitudes e posturas? O método exige prática, paciência, força de vontade e autoconsciência, mas o resultado faz o esforço valer a pena. Não se esqueça de que esse será seu legado.
Resenha:
Dinamarca é um dos países que sempre costumam ser eleitos com a população mais feliz do mundo, e isso se deve como a forma que os dinamarqueses criam seus filhos. As autoras Jessica Joelle Alexander e Iben Dissing Sandahl — duas mães, uma americana casada com um dinamarquês e uma dinamarquesa nos mostra como essa educação é diferente.
A imersão no país escandinavo e na filosofia de educação dos filhos resultou nesse livro, que diz que crianças felizes, emocionalmente seguras e resilientes, se tornam também adultos confiantes e estáveis, que, por sua vez, reproduzem esse estilo de criação quando têm seus próprios filhos.
Jessica Joelle Alexander conta que quando ela teve seus filhos, soube instintivamente que queria educá-los 100% da ‘maneira dinamarquesa’”. Eles tem uma visão muito democrática, que põe o enfoque na empatia e no respeito pela integridade da criança. Estas são vistas como iguais aos adultos, necessitando apenas ser guiadas. Não são encaradas como crianças que requerem disciplina e obediência. Para ela, os principais erros cometidos na educação das crianças no restante do mundo são a tendência de alguns pais, que enchem as agendas dos filhos com atividades extracurriculares, incluindo vários esportes e outros cursos. A ideia defendida é a de que os mais novos devem simplesmente brincar — isto é, serem deixados sozinhos ou na companhia de amigos para brincar. Aqui, brincar não é o mesmo que praticar um esporte ou participar numa atividade organizada por um adulto, e o ato não deve ser encarado como um desperdício de tempo.
Acontece que a brincadeira ensina as crianças a serem menos ansiosas, mais resilientes e a lidar melhor com o stress. Para explicarem o quão importante a brincadeira é para a sociedade dinamarquesa, Jessica e Iben relatam que durante muitos anos as crianças de lá não começavam a escola antes dos sete anos, e que atualmente as crianças com menos de 10 anos terminam as aulas às duas da tarde.
Brincar é tão central na visão dinamarquesa da infância que muitas escolas têm programas que promovem a aprendizagem através do esporte, da brincadeira e do exercício para todos os alunos. Na escola e em casa, ensina-se ativamente a empatia. Bater nas crianças é proibido desde 1997. A brincadeira livre é considerada aprendizagem, de crucial importância. O hygge conceito que significa “passar tempo com a família” é um valor cultural que todos tentam implementar em casa, e que aumenta a felicidade. E a honestidade é levada muito a sério, os dinamarqueses são honestos com os filhos sobre todos os temas — sejam sexo, morte, ou qualquer outro assunto.
As autoras também defendem a importância da empatia, algo que parece estar cada vez mais em desuso entre os mais novos. Exemplo disso é um estudo da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, que mostrou que atualmente os estudantes universitários têm menos de 40% de empatia que os estudantes da década de 1980 e 1990. Em contrapartida, o narcisismo aumentou significativamente. E os dinamarqueses levam a empatia tão a sério que esta é considerada uma espécie de disciplina, com direito a ocupar uma hora por semana do calendário escolar, tendo em conta crianças dos seis aos 16 anos.
O livro também tem conselhos para incentivar jogos e brincadeiras, dicas que ajudam a reforçar a confiança, a valorização pessoal, a empatia, a honestidade e o trabalho em equipe entre as crianças
Crianças Dinamarquesas é um livro que todas as pessoas deveriam ler, sério, é um livro maravilhoso, e que se todos colocassem em prática o que é dito no livro, poderíamos ter um mundo bem melhor. Recomendo.
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