13.1.18

[Resenha #1506] Querido Scott, Querida Zelda As Cartas de Amor de Scott e Zelda Fitzgerald @cialetras


Querido Scott, Querida Zelda
As Cartas de Amor de Scott e Zelda Fitzgerald
F. Scott Fitzgerald
ISBN-13: 9788535907087
ISBN-10: 8535907084
Ano: 2005
Páginas: 487
Idioma: português 
Editora: Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 4 estrelas

Sinopse: Scott e Zelda Fitzgerald, o mais famoso casal da literatura do século XX, podem ter vivido tudo o que escreveram em seus romances e contos: os excessos e delírios dos anos 20 - a era do jazz - e as frustrações e amarguras dos anos 30 - os tempos da derrocada. Scott usou Zelda como modelo de suas fascinantes (e terríveis) personagens. Zelda fez o mesmo com Scott no único romance e nos poucos contos que publicou. Mas aquilo era ficção. Agora, tente imaginar o que mais pode ter se passado entre Scott e Zelda e que, de tão revelador e dramático, eles conseguiram esconder até de seus, personagens. Por sorte, não o esconderam um do outro. A verdade sobre o relacionamento deles está nestas cartas - centenas delas, extraídas de arquivos só recentemente abertos. Zelda não levou Scott ao alcoolismo, nem Scott levou Zelda à loucura. O que os destruiu, além do destino, foi uma paixão incendiária que - enfim se sabe - nunca terminou, e que talvez só conheça o ponto final com este livro. 



Resenha:

A relação entre Zelda Sayre e F. Scott Fitzgerald está como uma das lendárias histórias de amor literárias de todos os tempos. Fitzgerald escreveu uma ficção lírica e  com O Grande Gatsby criou uma das novelas americanas mais memoráveis do século XX. Pode-se argumentar que Zelda foi a fonte de sua inspiração. Para Zelda, ao que parece, Scott desempenhou o mesmo papel. Em duas décadas de casamento, eles conseguiram transformar um vale de fama, talento e amor em uma paisagem trágica de embriaguez, doença mental e dívidas sem fim.

"Querido Scott, Querida Zelda" é uma coleção de correspondências editada por dois professores da Universidade de Maryland que abrange um período de 22 anos, inclui algumas dúzias de cartas anteriormente não publicadas. A maioria das cartas é de Zelda. No entanto, há respostas suficientes do marido para dar credibilidade ao título e, o mais importante, dar uma sensação da simbiose muitas vezes triste de seu relacionamento.



Em 1918, Scott Fitzgerald conheceu Zelda, em um baile no clube de campo em Montgomery, Alabama, nos Estados Unidos. Zelda chamava a atenção de todos os rapazes por ser uma moça bonita e espirituosa. Scott e Zelda começaram a trocar correspondências.

Fitzgerald havia sido rejeitado pos alguns editores, mas ele nunca desistiu, sabia que tinha talendo e que era só questão de tempo até conseguir o que ele queria, ser um escritor famoso, ter dinheiro suficiente para pedir a mão de Zelda. 

Em 1920, dois anos depois de ter conhecido Zelda, Scott Fitzgerald conseguiu publicar seu primeiro livro, Este lado do paraíso, o qual vendeu toda a primeira edição, e uma semana depois, estava casado com Zelda. Um ano depois, tiveram uma filha, Scottie. Logo, ele publicou seu segundo livro, Belos e malditos. Em, 1925, ele publica seu mais famoso romance, O Grande Gatsby. Suas ficções foram feitas de sua vida juntos, e sua vida parecia uma ficção.

Em 1930, Zelda teve um colapso nervoso, e partir disso, a vida de Zelda se resumiu basicamente a diversas internações em clínicas e manicômios, e entre períodos de crises e aparente lucidez. Scott acabou por virar um alcoólatra, teve que se virar entre escrever seus livros e criar sua filha sozinho. E devido as internações da esposa, as despesas foram aumentando, e a dívida só crescia, e com isso ele se afundava ainda mais no alcoolismo.

Infelizmente, na época se sabia muito pouco sobre a esquizofrenia, doença na qual Zelda foi diagnosticada. E o alcoolismo não era visto como doença, e sim como falha de caráter. 

Scott morreu de um ataque cardíaco em 1940, enquanto ele estava no processo de completar o que muitos pensavam que poderia ter sido uma de suas melhores obras, O último magnata. Trinta pessoas apareceram para o funeral de Scott. Zelda morreu em 1948, queimou-se além do reconhecimento em um incêndio no Highland Hospital, uma instituição mental perto de Asheville, Carolina do Norte. 

Eu realmente goste das cartas de Zelda, elas eram poéticas, carregada de lirismo e figuras de linguagem, lindas mesmo. Através das cartas podemos perceber aprofunda ligação que esse casal tinha. A história deles foi realmente muito triste, com Zelda sendo hospitalizado por doença mental nos últimos anos de sua vida e o alcoolismo de Scott, mas o amor deles está sempre lá, não importa em que situações eles possam se encontrar. O amor é o fator duradouro aqui, em todas as suas muitas formas.

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