18.2.18

[Resenha #1580] As Tumbas de Atuan - Ursula K. Le Guin @editoraarqueiro


As Tumbas de Atuan
Ciclo Terramar # 2
Ursula K. Le Guin
ISBN-13: 9788580417074
ISBN-10: 8580417074
Ano: 2017
Páginas: 160
Idioma: português 
Editora: Arqueiro
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Compre: Amazon
Sinopse: Quando Tenar é escolhida como suma sacerdotisa, tudo lhe é tirado: casa, família e até o nome. Com apenas 6 anos, ela passa a se chamar Arha e se torna guardiã das tenebrosas Tumbas de Atuan, um lugar sagrado para a obscura seita dos Inominados.Já adolescente, quando está aprendendo os caminhos do labirinto subterrâneo que é seu domínio, ela se depara com Ged, um mago que veio roubar um dos maiores tesouros das Tumbas: o Anel de Erreth-Akbe. Um homem que traz a luz para aquele local de eternas trevas, ele é um herege que não tem direito a misericórdia.Porém, sua magia e sua simplicidade começam a abrir os olhos de Arha para uma realidade que ela nunca fora levada a perceber e agora lhe resta decidir que fim terá seu prisioneiro.Finalista da Newbery Medal, que premia os melhores livros jovens de cada ano, As Tumbas de Atuan dá continuidade ao elogiado Ciclo Terramar com uma singela história que rompeu com os paradigmas de heroína quando foi lançada.



Resenha:

Para minha surpresa, este volume não começa imediatamente após aos acontecimentos do primeiro livro. Em vez disso, seguimos a vida da pequena Tenar que, por ter nascido no dia em que a Suma Sacerdotisa das Tumbas de Atuan morreu, é levada da família para ocupar o seu lugar, pois segundo a crença, a sacerdotisa sempre reencarna no dia em que morre, e por isso Tenar, com apenas 5 anos é retirada de seus pais e é obrigada a esquece-los e até mesmo o seu nome e assumir o nome de Arha. E agora, seu único objetivo é de servir os inominados e guardar as Tumbas de Atuan. 


Assim, na primeira metade deste livro acompanhamos Tenar, agora Arha, na aprendizagem das suas funções. Mais ou menos no meio do livro, quando Arha tem quinze anos, surge de novo o nosso conhecido Ged, que visita as Tumbas de Atuan em busca da metade perdida do anel de Errth-Akbe, tentando cumprir a profecia que diz que quando o anel estiver inteiro a paz em Terramar será restaurada. Apesar das suas reticências iniciais, Arha aceita ajudar Ged e, com isso acaba por alterar seu destino.

Semelhante ao livro anterior, este também é uma história de transição para a idade adulta. Arha, ou Tenar, vive num mundo oprimido, com uma série de preconceitos e com o destino da sua vida traçada. A sua inquietude e vontade de saber são determinantes para que aprenda a questionar as coisas por si própria e ver para além dos limites que lhe são impostos. É impressionante como um livro tão pequeno consegue ser tão marcante, passando uma mensagem importante sobre liberdade e coragem. 

O enredo deste livro tem pouca ação e foca-se mais em Tenar e da sua vida de reclusão como grande suma sacerdotisa dos inominados. Ged assume um papel mais secundário. Eu gostei mais de ler o primeiro volume da saga que tem mais ação e é mais complexo e o seu enredo mais impressível. Mas apesar disso eu acho que este livro tem qualidades e que a introdução da Tenar poderá ser muito importante no futuro da saga. 

Ursula Le Guin é um dos nomes incontestáveis da ficção-científica e da literatura fantástica. Com milhares de cópias vendidas por todo o mundo, essa série tem feito parte do imaginário de todos, demonstrando que os ingredientes mais básicos podem criar uma história inesquecível e que ultrapasse tudo o que se pode imaginar.


Assim como no livro anterior, a autora demonstrou em As Tumbas de Atuan toda a profundidade de suas palavras, a beleza das suas mensagens metafóricas e o poder de seus personagens. Este livro é intenso e profundo, e de uma beleza extrema, e com uma linda mensagem do verdadeiro sentido da liberdade. Recomendo!


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