Edmund Wilson
ISBN-13: 9788535914757
ISBN-10: 8535914757
Ano: 2009
Páginas: 296
Idioma: português
Editora: Companhia das Letras
Skoob
Classificação: 4 estrelas
Sinopse: A descoberta, em 1947, dos manuscritos do mar Morto, datados de algo em torno de dois mil anos, foi um dos mais sensacionais acontecimentos arqueológicos do século. Desde então, os antiquíssimos pergaminhos têm sido tema de acirrada polêmica entre os estudiosos da História Sagrada. Mas não foram apenas eles que se apaixonaram pelo tema. Um exemplo disso é este Os manuscritos do mar Morto (1949-1969), escrito por um dos mais respeitados intelectuais americanos de todos os tempos.O próprio Edmund Wilson esclarece seu princípio básico de investigação: "Se o Velho e o Novo Testamentos representam a Revelação Divina, tais investigações não têm importância. Se eles são obra puramente humana, então é a curiosidade humana que nos impele a investigar como foram escritos e qual é sua relação com um culto de imenso prestígio".
Resenha:
Em novembro de 1947, um negociante de antiguidades trouxe um fragmento de um antigo pergaminho para E. L. Sukenik, o arqueólogo principal da Universidade Hebraica de Jerusalém. Quase oito anos depois, Edmund Wilson escreveu um livro inovador sobre a descoberta.
Wilson era o notável crítico literário dos anos quarenta e cinquenta, e seu trabalho influenciou as carreiras de vários romancistas, incluindo Hemingway, Nabokov e Faulkner. Ele contribuiu com mais de duzentos textos para a revista entre 1929 e 1975, incluindo quatro artigos sobre os manuscritos do Mar Morto. Os manuscritos foram descobertos pela primeira vez pelos beduínos, em 1947, nas cavernas localizadas perto do Mar Morto. À medida que mais e mais fragmentos foram examinados, surgiu uma biblioteca pertencente a uma antiga seita judaica conhecida como os essênios, e com ela, uma nova compreensão da evolução dos conceitos religiosos entre judaísmo e cristianismo.
Edmundo Wilson mostra no livro todo o impacto e as dificuldades que surgiram em devido ao surgimento desses manuscritos. E, como se pode imaginar, esses manuscritos incomodaram a muitas pessoas. Edmund Wilson conta que a ciência estava acostumada com um certo número de informações e com as teorias formuladas. Os manuscritos do mar morto foram um problema grande para os primeiros que reconheceram o seu devido valor, tiveram até que lutar contra o descrédito, encontrando especialistas, e mesmo enfrentando acusações de charlatanismo. Depois que os manunscritos foram finalmente reconhecidos, acabou por gerar disputas entre países, especialistas e financeiras. Os manuscritos do mar morto tratam, principalmente, de um grupo chamado de essênios e que seriam a ligação entre o judaísmo e o futuro catolicismo; isso gerou muitas disputas religiosas e desagradou católicos e judeus.
A primeira parte é a melhor, com Wilson informando sobre a descoberta dos pergaminhos e, ao mesmo tempo, dizendo como estão tensas as coisas no Oriente Médio. Toda a primeira parte se lê mais como um "livro", com eventos que seguem um certo ritmo. O autor realmente surpreende você com suas discussões sobre vários textos bíblicos, suas diferenças e repercussões. Tudo isso é a discussão dos Essênios - e de Jesus. Nada sensacional, mas fascinante, e sempre honesto. A segunda parte é mais do mesmo, mas ocorre de forma mais fragmentada, em capítulos curtos que não têm o mesmo impulso da primeira parte. Quase se lê como um grande apêndice, mas um interessante. E recomendo muito esse livro!
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