18.1.20

[Resenha #1699] Frida e Trótski - Gérard de Cortanze @PlanetaLivrosBR


Frida e Trótski
A história de uma paixão secreta
Gérard de Cortanze
ISBN-13: 9788542212518
ISBN-10: 8542212517
Ano: 2018 
Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Editora Planeta
Classificação: 4 estrelas
Skoob
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Sinopse: Quando o coração de uma das pintoras mais cultuadas de todos os tempos encontra o de um grande revolucionário 1937. Perseguidos pelo fascismo e pelas forças stalinistas, Leon Trótski e sua esposa, Natalia Sedova, fogem para o México, onde pedem asilo. Frida Kahlo e Diego Rivera oferecem abrigo aos dois russos, que são então acolhidos não apenas na célebre Casa Azul, mas também no agitado círculo de amigos intelectuais e artistas do casal mexicano. Depois de anos repletos de perigos e conflitos com o governo de seu país, os Trótski enxergam na hospitalidade de Frida e Diego um raio de esperança, a quase certeza de dias melhores.No entanto, a paz de Leon parece ameaçada pelos encantos e pela extravagância de Frida, mulher brilhante, sensual, livre e em constante ebulição, colocando o escritor em um conflito interno entre o dever e o desejo.A Cidade do México, sempre tão colorida e caótica, equilibrada entre a magia e a loucura, é palco da história desses dois amantes, dispostos a aproveitar cada encontro como se fosse o último. Mas a morte espreita a cada esquina, e os perseguidores do revolucionário russo estão prestes a encontrá-lo. Nessas circunstâncias, o amor pode ser uma urgência, mas a luta, um imperativo.




Resenha:

Esse foi o meu primeiro contato com a escrita de Gérard de Cortanze, me agradou bastante; adorei a diagramação da edição lançada pela editora planeta e achei a capa linda!!! acredito que todos nós já ouvimos falar pelo menos uma vez da pintora mexicana Frida Kahlo. Confesso que conheço a figura de Frida, mas nunca tinha lido nada a respeito. Nesse livro nos deparamos com a estória do romance secreto entre ela e o revolucionário Marxista Leon Trótski, quando ele e sua mulher foram se refugiar no México devido a perseguição de Stalin. 
Frida e seu marido Diego Rivera, também pintor, foram os anfitriões de Trótski e sua mulher Natália quando eles aportaram no México. E logo Frida e Leon se apaixonaram e iniciaram um romance secreto. O escritor fez um trabalho de pesquisa extenso para achar fatos e evidências dessa paixão, desde de consulta ao que saiu da imprensa na época, diários, testemunhos e memórias para contar essa história.
“ – A senhora é Frida Kahlo? – perguntou Natália- Sou – Respondeu a linda mulher, incapaz de tirar os olhos do homem que estava à sua frente”. Pág 22
Frida e Diego tinha uma relação conturbada, ele mantinha amantes e Frida também não ficava atrás, tinha relacionamentos com homens e mulheres para se vingar de Diego. Então logo que ela caiu de amores por Trótski não poupou esforços para conquistá-lo. Eles dois viveram um romance efusivo, em que a política não tinha papel, o palco era dedicado ao sentimento que envolvia a ambos.
“ Era estranho como aquele homem, vindo do outro lado da terra, parecia conhecê-la e compreendê-la tão bem. Quase lhe contou que pintara aquele quadro depois de um novo aborto, mas pensou que ainda era muito cedo para confessar coisas tão íntimas. Pegou então a mão dele, beijou-a e disse “obrigada”. O que o deixou confuso”. Pág 46
Durante a leitura pude conhecer mais e entrar em contato com os sentimentos dessa pintora que foram descritos pelo autor, ele recria diálogos, discussões e cenas de paixão. Também leva o leitor ao ambiente do México entre 1937-1954, período que abrange a segunda guerra.

O livro foca no romance de Frida e Leon, mas não é só isso, conhecemos outros momentos da vida da pintora, como por exemplo um acidente que sofreu e que deixou várias sequelas dolorosas que ela teve que suportar até o final de seus dias. O autor recria pensamentos e sentimentos de Frida, angústias e felicidades que estavam por trás de vários quadros que ela pintou, como: “Dois nus na floresta” pintado em homenagem a um relacionamento que ela teve França, “Hospital Henry Ford” que faz alusão aos seus abortos, dentre outros. Também temos acesso a momentos de Frida em que ela expôs seu trabalho em Nova York e em Paris.
“Às vezes, admitia que, no íntimo de si mesma, tinha medo daquela cidade. De dia, a cidade exalava uma espécie de charme enfeitiçante, mas, à noite, a abjeção oculta e o vício vinham à tona. Era aquela felicidade súbita da tarde no quarto de folhagem que a colocava diante desse medo. E se aquela história de amor, como todas as outras, terminasse mal?”. Pág 67
A leitura foi arrastada em pouquíssimas passagens, no mais ela correu fluída, e o começo do livro foi a parte mais interessante para mim, provavelmente porque foi meu primeiro contato com a personalidade de figuras tão importantes na história.  
“ – eu também gostaria que minha pintura e eu mesma fôssemos dignas das pessoas às quais pertenço e das ideias que me dão força; eu gostaria que minha obra contribuísse para a luta pela paz e a liberdade – prosseguiu Frida.




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