23.8.15

[Resenha #589] As cores do entardecer - Julie Kibler @Novo_Conceito @juliekibler


As cores do entardecer
Julie Kibler
ISBN-13: 9788581635910
ISBN-10: 8581635911
Ano: 2015
Páginas: 352
Editora: Novo Conceito
Skoob
Classificação: 5 estrelas
Compre: Amazon


A sonhadora Isabelle e o determinado Robert desejavam, com todas as suas forças, se entregar à paixão que os unia. Mas uma jovem branca e um rapaz negro não poderiam cometer tamanha ousadia em plena década de 30, em uma das regiões mais intolerantes dos Estados Unidos, sem pagar um preço muito alto.Diante dos ouvidos atentos da cabeleireira Dorrie, a história do amor trágico e proibido se desdobra, enquanto mudanças profundas se instalam em sua própria vida.
Com personagens humanos e, por isso mesmo, memoráveis, As Cores do Entardecer mostra que as relações afetivas muitas vezes são mais profundas que os laços de sangue. A cada etapa da viagem de Isabelle e Dorrie, as lições sobre otimismo e fé se multiplicam.


Oi Gente! 


As Cores do Entardecer é um livro que tive muita vontade de ler deste que li a sinopse, pois o tema sempre atrai minha atenção, mesmo que não queira – risos! É meio automático já e quando li uma resenha fiquei mais curiosa. O livro nos traz Isabelle e Robert, ela é branca e ele negro e nos anos 30 era proibido as relação entre pessoas “desiguais” em uma parte dos Estados Unidos. 



Isabelle sempre foi diferente das pessoas de sua família. Os irmãos são egocêntricos e irresponsáveis, mas a culpa é da mãe, que sempre lhes deu liberdade e nunca os reprimiu por seus erros, apenas dizia que era coisa de menino. As coisas de menino os transformaram em monstros, capazes de tirar a vida de outro ser humano e destruir uma família em nome de um preconceito nojento!



O pai de Isabelle nunca enfrentou a esposa e sempre atendia seus pedidos por mais injustos que eles fossem. Se os filhos estivessem maltratando os animais era para deixá-los fazendo, pois era coisa de meninos. Sinceramente, eu odeio mães assim e sei que elas existem não apenas em livros, mas na vida real também e claro pais como o de Isabelle que sempre abaixam a cabeça para tudo e para todos.


A obra é ambientada nos anos 1930, onde a segregação racial dos Estados Unidos não toleraria tal afronta: uma moça branca de uma família de renome social, jamais poderia sequer imaginar unir-se a um negro, ainda mais amá-lo. E um negro que atrevesse a desafiar a lei pagaria um preço muito alto por não manter-se em seu lugar.


Sempre que vejo ou leio algo a respeito do racismo fico pensando como ‘nós’ podemos ser desumanos ao ponto de encontrar diferenças em cor de pele, julgar pelas formas dos fios de cabelos, como somos capazes de julgar um semelhante sem olhar o brilho de seus olhos, sem ver o caráter e muitos menos, sem ver sua alma. Como é possível pensar que uma cor é melhor que outra!?

Ser negro, nem sempre foi fácil, pois muitas pessoas racistas te condenam apenas pela cor da pele e confesso que nunca entenderei o que diferencia uma pessoa da outra, se perante Deus somos todos iguais, se todos nos somos a imagem e semelhança D’Ele! 


Em As Cores do Entardecer não conhecemos somente Miss Isabelle, mas também Dorrie, sua cabeleireira, e é através dessa relação que conheceremos a vida de uma mulher, que sofreu pelas mãos da própria família. Miss Isabelle, foi condenada a sofrer por que sua família não aceitava o seu amor, não aceitava que independente de cor de pele, existe amor e duas almas que anseiam por vivê-lo.

No mais, parabenizo a Novo Conceito pela bela edição da obra! E claro, recomendo que leiam!


“Com personagens humanos e, por isso mesmo, memoráveis, As Cores do Entardecer mostra que as relações afetivas muitas vezes são mais profundas que os laços de sangue.”


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